Paz e Bem!
O dia 4 de outubro de 2020 entrou para a história do Espírito Santo e para a missão franciscana nessas terras. Celebrando o dia de São Francisco de Assis, Patrono da Ecologia e protetor da natureza, a fraternidade franciscana do Convento realizou o plantio de três árvores no Convento.
Os 50 hectares de Mata Atlântica preservada agora contam com mais árvores. Foram plantadas na manhã deste domingo (4) duas palmeiras imperiais no Campinho e um Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis – Mat – Kuntze) na subida da Estrada da Penitência. O plantio faz parte das comemorações da festa em honra à São Francisco de Assis e foi pensada como uma forma de contribuir com o planeta e com o Tempo da Criação.
Ao final da Missa, Frei Paulo Roberto Pereira, explicou que “quando Frei Pedro Palácios chegou a este lugar, por indicação divina, ele deveria construir a casa da Mãe de Deus no lugar onde houvesse duas palmeiras e ele escolheu este monte, esta montanha, essa pedra firme. A firmeza da pedra, o vigor que sustenta toda construção é o próprio Jesus Cristo. As palmeiras marcam o lugar escolhido por Deus. As palmeiras também são sinais da longevidade, da eternidade que almejamos e além disso as palmeiras no nosso país, sobretudo, são sinais da diversidade. Nosso bioma brasileiro contém uma diversidade infinita de palmeiras. É sinal da escolha de Deus, é sinal da longevidade que queremos para todos, vida plena para todos, é sinal da diversidade que devemos nos respeitar dentro das nossas diferenças”.
Pietra Casagrande Schettino ao nascer em 2012, ganhou de seu pai, uma muda de Jequitibá-Rosa, plantada em 2010. Pietra ajudou a cuidar e aprendeu a amá-la, assim como a natureza. Agora, depois de oito anos, Pietra e seus pais Luiz Fernando Schettino e Maria Leila Casagrande, trouxeram a muda para seu habitat: a floresta do Convento da Penha, símbolo de fé, devoção e amor a Deus, à vida e à natureza, mas a menina continuará a amar esta e todas
árvores para sempre.
A atitude da pequena garota mostra a preocupação dos pequenos em relação ao cuidado com a Casa Comum, sobretudo quando essa atitude deixa explícito que a educação ambiental, de casa e das instituições de ensino, é fundamental para a construção de uma sociedade consciente e ecologicamente preocupada com as futuras gerações.
Plantar árvores não é apenas uma maneira de contribuir com a criação, vai muito além. É uma resposta ao sonho de Deus, que ao criar o mundo e as belezas naturais, deu ao ser humano a tarefa do cuidado. Cuidar da criação perfeita do Pai é se atentar ao seu sonho e projeto para a humanidade.
A muda foi produzida em 2010 de sementes oriundas do Sul do Estado e cuidada pelo Professor Luiz Fernando desde então com o pensamento de que se ele viesse a ter filho(a) que este(a) pudesse aprender com ela o amor a natureza e, desde sempre foi pensado plantá-la no Convento da Penha, por ser esta espécie “Símbolo por Lei do
Estado do Espírito Santo”, a Lei Estadual nº 6.146, de 08 de fevereiro de 2000 (clique para ler), que declara o jequitibá-rosa, árvore símbolo do estado do espírito santo, institui o dia estadual do jequitibá-rosa para o dia 21 de Setembro.
A árvore foi plantada em saco plástico e depois passou para vasos, sucessivamente trocados, conforme o crescimento da mesma e, consequentemente, com o aumento das necessidades da planta com seu crescimento. A árvore foi mantida em vaso, com a finalidade de ser plantada no momento oportuno, pela pequena Pietra, no Convento da Penha, visando contribuir para a consciência ambiental.
O destaque da planta é que ela atinge uma longevidade grande, podendo viver muitos anos, e segundo alguns estudos, pode ultrapassar a idade de 500 anos. No entanto, há registro de indivíduos com mais de 3 mil anos, no
estado de São Paulo existe uma árvore com 4.500 anos.
Para o Governador do Estado, o “jequitibá-rosa é uma árvore imponente e bonita, estando em sintonia com o que é o Espírito Santo, além disso a atitude de plantar demonstra também aquilo que é proteção do meio ambiente. Mostra também que as futuras gerações estão preocupadas com a destruição dos biomas brasileiros, mas ao vermos crianças como a Pietra, de novo renovamos nossas esperanças de proteção ao ambiente”.
Fotos: Marcos Antoniazi