“Tu és, Senhor, o me Pastor. Por isso nada em minha vida faltará” (Salmos 22)
“Nós cremos na vida eterna, e na feliz ressurreição. Quando de volta à casa paterna, com o Pai os filhos se encontrarão”
Foi com estes cantos que o Convento da Penha abriu, na tarde desta quinta-feira (29), a segunda Missa em memória dos falecidos, uma celebração emocionante que teve o objetivo de trazer esperança, conforto, palavras de solidariedade e alento às famílias enlutadas que perderam seus entes queridos, principalmente as que perderam os seus no tempo da pandemia e não tiveram sequer a oportunidade de velar, de realizar cerimônias de despedidas.
A celebração foi presidida pelo Frei Paulo César Ferreira e acompanhada por famílias de várias partes do Brasil que enviaram fotografias dos seus familiares e entes queridos. Além de serem abraçados, ainda que virtualmente, os fiéis rezaram na certeza da misericórdia de Deus diante daqueles que nos precederam na Eternidade. “Nós rezamos e celebramos pelas intenções dos nossos falecidos, aqueles que partiram, na certeza e na esperança que nos precederam, nos antecederam na vida plena… Mesmo que bata uma profunda tristeza e uma inconformidade com a perda de um ente querido, desesperar? Jamais! Jamais perder a esperança, a confiança nas promessas de Jesus, como caminho, verdade e vida; como Bom Pastor que nos conduz à Casa, à Morada do Pai, cujo amor é infinito, é todo misericórdia”, afirmou o frade ao iniciar a Missa.
“Esta celebração de hoje, aqui do Convento da Penha, é em sufrágio da alma de nossos entes queridos e também pelo conforto espiritual de todos os enlutados. É compreensível a dor, a saudade… Batem forte! Dói, dói demais. Mas é grande a nossa esperança e essa é a celebração da confiança e do abraço, da esperança, estamos em comunhão de fé, temos a certeza que o amor do Pai é misericordioso e jamais desampara os seus filhos. Nossa vida não nos pertence, está nas mãos de Deus. Passemos por essa vida de maneira consciente, vivamos bem, restituindo a Deus o dom, nossa vida, nossa inteligência, nossa capacidade de crescer e sermos melhores, vamos juntos em companhia do Cristo, nos voltar – mente e coração – para esse Deus que é o grande responsável por nós”, disse Frei Paulo César às famílias.
Nestes tempos de pandemia, ainda que nossos amigos faleçam por outras doenças, os velórios continuam com muitas restrições e rápidos… Alguns são sepultados sem a última despedida ou cremados sem podermos reunir muitos familiares para a despedida. E é por isso, que compassivos com a dor do que sofre, os freis do Convento se unem aos familiares com compaixão e ternura, rogando à materna proteção de Deus por aqueles que nos antecederam na glória dos céus.
Confira a Celebração completa abaixo