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04/09/2025

Missa da Saúde: “amar é tratar as pessoas com carinho”

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Paz e Bem.

Na tarde desta quarta-feira (3), Frei Robson de Castro presidiu a Missa da Saúde no Campinho do Convento. Centenas de fiéis participaram da celebração, especialmente idosos, pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes.

Na homilia, Frei Robson refletiu, inicialmente, sobre uma experiência de uma jovem que buscou viver extraordinariamente com profundidade na vida e o indagou sobre “o que fazer para se tornar uma pessoa sábia”, o frade então recordou de um ensinamento que teve ne época acadêmica. “O que devo fazer para me tornar uma pessoa sábia? Olha que pergunta extremamente interessante. Revela em alguém que, apesar da pouca idade, está buscando viver a sua existência não numa superficialidade das coisas, mas dentro de uma profundidade, com mais raiz. Quer entender melhor as coisas, quer se relacionar melhor com Deus, com o próximo, consigo mesmo. Daí essa pergunta magnânima. Normalmente todo mundo quer saber como ficar mais rico, mais inteligente, ter mais bens, ser mais santo. Agora, sabedoria? Poucas as pessoas têm essa busca”.

“E eu me recordei que um velho professor meu, já falecido, ele era japonês, que estudou após a Segunda Guerra Mundial, foi para a Alemanha, imagino um japonês tendo que ir para a Alemanha, aprender o alemão, entrar dentro da cultura alemã para aprender filosofia. Ele teve que fazer um esforço grandioso, mas foi. E ele se tornou um mestre, um sábio. E eu me recordei de uma vez que ele nos falou em sala de aula, e eu passei essa experiência minha, na sala de aula com esse professor, para ela, quando ele nos disse assim, o mais importante na vida não é ter respostas para as perguntas, o mais importante é você saber fazer a pergunta. Se você souber fazer bem uma pergunta, ela já estará contida nela a resposta. E é uma verdade.  Porque se nós olharmos a figura de Jesus, todo interlocutor, interlocutora que chega diante dele, trazendo alguma situação, ele não responde, ele simplesmente devolve aquela questão, aquela pergunta, fazendo outra pergunta. O que ele está querendo dizer com isso? Ele ali, ele mostra que ele não subestima a inteligência da pessoa, ele sabe que aquela pessoa tem capacidade de raciocinar, pensar bem, refletir, analisar bem a questão, até o momento, que é um processo, até o momento que ela tem uma clara evidência daquilo que ela está buscando. Aí eu falei isso para essa moça, eu falei, olha, faça como Jesus. Em vez de você buscar muitas respostas, ou muitas respostas, aprenda a perguntar bem, a fazer as perguntas certas, que nas perguntas estarão já as respostas. É como aquele episódio fantástico de Jesus, quando chega aquele homem, em que ele e o seu irmão estão brigando para divisar, para dividir os bens, eles dizem, senhor, fala para o meu irmão dividir melhor os meus bens, não sei o quê, ele está me roubando. Aí Jesus vai colocar uma outra pergunta, quem me fez juiz entre você, o seu irmão e os seus bens? É uma verdade”, enfatizou Frei Robson.

“Então a sabedoria não vem do fato de alguém ter respostas a todas as perguntas, mas alguém que sabe colocar a pergunta certa. Então isso é a verdadeira sabedoria. Na primeira leitura de hoje da carta de São Paulo aos Colossenses, é interessante, vocês sabem, hoje ninguém mais escreve, obviamente, ninguém escreve carta para ninguém mais, isso é uma coisa que já caiu de moda, é desuso, mas eu me recordo que em casa, o único tio que eu tinha, que já morreu, escrevia para a minha mãezinha, para a minha avózinha, dizendo como estava, e eu me lembro que era uma liturgia, aquela carta chegava, sentava-se à mesa, ninguém abria a carta em pé, sentava-se em torno de uma mesa, pegava um objeto para cortar a ponta da faca da carta, não podia rasgar a carta por inteiro, dava aquela emoção, abria a carta, era toda uma liturgia”, completou.

“Amar significa, eu sempre gosto de usar essa expressão, amar é tratar as pessoas com carinho. Independente da situação financeira, do estado social, da condição, da cor da pele, da idade, não é só tratar com respeito, não é só isso. Isso aí nós recebemos, essa educação recebemos dos nossos pais, que não está errada. Mas é ter algo a mais, entende? É saber um pouco daquela pessoa, ouvir a história dela, o que ela tem a dizer, deixar ela falar, deixar ela nascer aquilo que ela é, tratar com uma diferença, tratar com carinho. Por isso que eu digo assim, os nossos pais, quando nós éramos crianças, por exemplo, nós tratávamos os nossos pais com carinho, claro. Chamávamos de papai e mamãe. À medida que nós crescemos, cortamos o papai e mamãe, ficamos só com pai e mãe. À medida que eles vão envelhecendo, nós voltamos a tratá-los de uma outra maneira, chamamos eles de paizinho, de mãezinha. Eu chamo meu pai de paizinho, eu chamo a minha mãe de mãezinha. E não é no sentido pejorativo, claro, porque eles são menores do que nós na altura, não é nesse sentido. Mas no sentido de dizer, tratá-los com carinho. E depois, deixa eles serem o que eles são. Deixa eles pensarem o que eles quiserem, falarem o que eles quiserem, comerem o que eles quiserem, deixa”, destacou.


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