MAIO DE TODAS AS MÃES

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Frei Valdecir Schwambach, ofm

Foto: Anny Freire

MAIO DE TODAS AS MÃES

Velar… que é velar?

Verbo assemelhado ao debruçar-se.

Perguntai-o às mães e elas saberão!
Mãe: síntese de todas as acolhidas
De todos os aconchegos e receptividades
Que a vida, enquanto é vida, produziu.
Mãe, ventre, colo, regaço, braços abertos.
É o encontro possível de todos os diferentes.
Confluência de todos os que chegam,
Lágrimas de todos os que vão,
Consentimento e conselho aos que partem.
A clarear as noites, mãe é lua cheia no céu.
É a erva que se transforma em chá
E se faz conforto, por inteiro, sem meias medidas.
Mãe é incansável debruçar-se.
Debruçar-se que vela o lento desenvolver do amado.
É olhar sereno, mesmo carregado de sono.
Mãe é construção lenta, sem pressa de terminar.
Mãe é um ser, para sempre, não um mero “estar”.
Mãe é dádiva, conquista, mérito,
Presente inigualável trazido dos céus.

 

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