Paz e Bem!

Infelizmente vivemos um luto constante. Todos os dias milhares de irmãos e irmãs perdem a vida. Ontem, 20 de junho, em todo o Brasil, chegamos a mais de 50.058 e mais de 1.070.139 casos confirmados para o coronavírus. Não são apenas números, mais que isso, são vidas, são famílias dilaceradas pela dor da perda, pela dor da ausência de seus amigos, entes queridos… É triste saber que pessoas, pais, mães, irmãos, filhos, maridos, esposas… Tantas pessoas continuam perdendo a vida para um inimigo invisível.

Nosso apelo, desde o início da pandemia, é o mesmo: Por favor, se você pode, fique em casa! Não desdenhe a doença e o alto poder destrutivo dela. A covid-19 já ceifou a vida de milhares de pessoas em todo o mundo e certamente já dilacerou uma família que você conheça. Não seja insensível a dor do outro, não seja indiferente ao sofrimento alheio. Ouça as autoridades sensatas, ouça o que dizem os especialistas sérios do país.

Em solidariedade às famílias que tanto sofrem com o falecimento de seus entes, os franciscanos da Província da Imaculada Conceição estão promovendo há mais de um mês, a Celebração do Abraço e da Esperança, abraço de Deus e esperança do céu para todos os que choram neste momento difícil e jamais vivido na história. Todos os sábados às 17h a Celebração é realizada no Convento da Penha, com transmissão ao vivo pelo Canal TVFranciscanos no YouTube, pelo Instagram e Facebook do Convento.

A celebração do fim da tarde de ontem (20) foi conduzida pelo Frei Paulo César Ferreira. Como sempre, sereno, calmo e proporcionando um clima orante, o frei homenageou as vítimas da pandemia, os falecidos neste tempo em que os velórios estão restritos (alguns casos não ocorre velório ou cerimônias de despedidas) e trouxe conforto às famílias enlutadas.

A transmissão teve início às 17h com imagens do pôr do sol visto do alto do Convento da Penha, com a canção do Salmo 23. “Tu és Senhor, o meu Pastor, por isso nada em minha vida faltará…”. Frei Paulo César começou dizendo que “a celebração é o abraço da esperança aos irmãos enlutados” e é uma proximidade solidária a todos os que sofrem pelos entes que partiram, nos antecedendo na vida plena junto do Pai. A saudade dói, porém Deus abraça a todos. “Vocês, enlutados não estão sozinhos, não estão desamparados. Estamos aqui para dizer a você, em alto e bom som, que nossa vida está nas mãos do Senhor, não nos pertence, vamos restituir ao Senhor da Vida, nosso Pai, Criador, Redentor, Santificador, tudo que temos, tudo que somos… Também, nossos irmãos tão queridos, pais, mães, irmãos, amigos… Sobretudo estes que perderam a vida e se foram nesta pandemia, estamos em comunhão hoje direto do Santuário do Perdão e da Graça”, abriu.

No momento de perdão, Frei Paulo César recordou treze falecidos (abaixo) e disse que “a Palavra de Deus é que conforta, encoraja e é luz para os passos, ela consola, inspira a superar todas as dificuldades, toda a dor, toda a saudade, porque ‘esperamos no Senhor’. A Palavra de Deus é nosso bálsamo”, refletiu a partir de alguns trechos bíblicos.

Segundo o Frei, o ‘justo’ descrito na bíblia é imortal. “Quem é justo? Quem se une ao Senhor, quem se abre à Sua Palavra, quem a cumpre, a coloca em prática, quem dá ouvidos ao que o Senhor diz” e encerrando o momento de reflexão, pediu: “façamos então, por merecer, a imortalidade”. Após, cantou “A certeza que vive em mim, é que um dia verei a Deus, contemplá-Lo com os olhos meus, é a felicidade sem fim…”

Por fim, depois de proclamar mais uma Leitura, o Evangelho e refletir, Frei Paulo César encerrou dizendo: “vida eterna consiste em comprometer-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, seguir seus ensinamentos, amar incondicionalmente, abrir-se para Deus em todas as situações, quando a gente diz isso, significa conviver bem, dar o melhor de si por amor a Deus, querer ser melhor, contando com a oração dos irmãos e irmãs na comunidade e na família. Quem dá o melhor de si, tem de Deus a recompensa”.

Veja a Celebração completa abaixo