Imagem de Nossa Senhora da Penha percorre unidade prisional

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Detentas devotas da Padroeira do Espírito Santo acompanharam a peregrinação da imagem no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC)

Pela primeira vez na história, a imagem de Nossa Senhora da Penha foi levada para uma unidade prisional do Estado. Detentas devotas da padroeira do Espírito Santo acompanharam a peregrinação da imagem no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), na manhã desta terça-feira (02).

“Estive preso, e vocês me visitaram, é o que nos pede Jesus no anúncio do Evangelho. Por isso, a visita às nossas irmãs que estão reclusas, para levar a mensagem do Evangelho junto à imagem de Nossa Senhora. É para que elas também se sintam participantes desta grande festa de Nossa Senhora da Penha. Elas não podem vir aos pés de Nossa Senhora, então Ela, Nossa Senhora, vai até elas na imagem que a representa. Será um momento de encontro de Deus através de Nossa Senhora, é Ela quem nos conduz ao filho, Cristo, vivo e ressuscitado. Ele veio para perdoar e acolher a todas aquelas e todos aqueles que se colocam num caminho de conversão com o propósito de uma nova vida. O Pai não rejeita nem exclui ninguém que o procura de coração sincero. Então levar a imagem de Nossa Senhora é levar a Mãe que não abandona seus filhos e ao mesmo tempo mostrar às mulheres reclusas que Jesus está sempre recebendo a todas de braços  misericordiosos, para aquelas que o buscam de coração sincero”, disse Frei Jorge Lázaro, que acompanhou a visita da Imagem.

Esta é a 454ª edição da Festa da Penha. Na ocasião, a Imagem percorreu as galerias, o alojamento materno-infantil e as oficinas de trabalho, com cantos marianos e orações.

A celebração no local faz parte das ações de assistência espiritual desenvolvidas nas unidades prisionais do Estado. Atualmente, 2.712 voluntários religiosos atuam em todas as 37 unidades prisionais do Estado. São 27 denominações, divididas em 154 grupos.

“Neste ano, a Pastoral Carcerária recebeu com muita alegria a proposta da organização da Festa da Penha de visitar um presídio e levar a imagem de Nossa Senhora da Penha até lá. Prontamente topamos a missão e escolhemos sem titubear o presídio feminino, que tem as marcas de tantas mulheres de fé e de luta. Desejamos que a passagem de Nossa Senhora da Saúde e das Alegrias possa reanimar nossas vidas e corações”, destacou Kamila Moura, coordenadora Arquidiocesana da Pastoral Carcerária.

A Assessoria de Assistência Religiosa (ASRE) da Secretaria da Justiça (Sejus) coordena os trabalhos desenvolvidos nas unidades prisionais do Estado, em conjunto com o Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional (Ginter).

“É a primeira vez que o sistema prisional recebe a peregrinação da Nossa Senhora da Penha. A atividade dá início às comemorações da Festa da Penha, com a possibilidade de as fiéis do presídio feminino exercitarem a sua fé”, explica a coordenadora da Assistência Religiosa (ASRE), Maria Jovelina Debona.

“Além de ser um direito previsto na Lei de Execução Penal (LEP), procuramos promover ações de espiritualidade nas unidades prisionais como forma de ressocialização. O respeito às diversas crenças e cultos é garantido para as pessoas privadas de liberdade e conseguimos, dessa forma, reunir diversos segmentos religiosos para atender às necessidades da população carcerária que deseja proferir sua fé, de acordo com sua crença”, pontua Maria Jovelina Debona.

Sobre o Ginter
O Ginter é composto por assessores teológicos que contribuem de forma voluntária com a Sejus para a assistência religiosa no sistema prisional. Além de qualificar os voluntários que atuam nas unidades prisionais, o grupo também atua na ampliação da assistência espiritual oferecida nos presídios.


Texto: Sandra Dalton (Sejus), com colaboração de Jaqueline Vianna (Festa da Penha)

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