Uma verdadeira missão de amor e cuidado! ❤️🩹
Na última quarta-feira (4), uma força-tarefa entre o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) e a equipe do Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacica realizou o sonho da dona Maria da Penha Rosa de Oliveira. Aos 49 anos, ela é uma mulher que representa a luta e a resiliência diante das adversidades. Portadora de malformação congênita do tipo espinha bífida, foi cadeirante por alguns anos, mas, atualmente, encontra-se totalmente acamada há quase um ano, tendo sido internada no HEAC há pouco mais de um mês. Espinha bífida é uma malformação congênita que ocorre quando a coluna vertebral do feto não se forma de forma adequada, podendo afetar a medula espinhal e os nervos.
Dona Maria expressou o desejo de conhecer o Convento da Penha, em Vila Velha, e fazer um passeio no shopping. E foi exatamente isso que aconteceu! Com todo suporte de transporte e equipe multidisciplinar, ela foi levada ao Convento, onde a equipe do CBMES se encarregou de levá-la até a Capela em segurança.
Com uma infraestrutura de transporte e suporte personalizado, o passeio aconteceu nessa quarta-feira (04). A paciente foi levada da unidade hospitalar em uma ambulância da Secretaria da Saúde (Sesa) e, ao chegar ao Convento da Penha, uma equipe do Corpo de Bombeiros estava preparada para levá-la até o santuário, já que, em alguns trechos, o acesso não é viável para ser realizado por maca.
O momento foi emocionante e tocou a todos que estavam presentes. Foi um encontro de Marias da Penha. A Virgem da Penha, que acolhe e abraça a todos e sua devota. A ação chamou atenção das pessoas que passavam pelo local e observaram a movimentação e parabenizaram os envolvidos na ação. Maria da Penha também conheceu a Sala dos Milagres, a sala de exposições e recebeu a bênção de Nossa Senhora pela imposição das mãos do Frei Alessandro Dias.
Após conhecer um dos principais pontos turísticos do Estado, a equipe levou a paciente para passear em um shopping na Capital Vitória, onde, após circular pelos corredores, teve o momento concluído saboreando uma pizza.
“A Maria da Penha é uma paciente que está em cuidados paliativos no HEAC, e nosso intuito é proporcionar, da melhor forma possível, o bem-estar deles. Fizemos uma mobilização com a nossa equipe multidisciplinar, que organizou a ação de acordo com o quadro clínico dela. Também pudemos contar com o apoio do Corpo de Bombeiros, para que tudo transcorresse sem intercorrências para ela. Foi muito gratificante para todos nós proporcionar essa tarde para ela”, relatou o diretor do HEAC, Felipe Goggi.
Ao longo da vida, Maria da Penha enfrentou múltiplas lesões por pressão, que eram tratadas com sucesso na Unidade Básica de Saúde e pronto atendimento na cidade onde mora, Viana. No entanto, a condição dela se agravou há um ano, quando começou a apresentar feridas mais complexas e extensas. Após seis meses de hospitalização e múltiplos esquemas antibióticos sem a resposta esperada, Maria da Penha passou por intervenções cirúrgicas, além da necessidade da confecção de uma colostomia e inserção de uma sonda vesical de demora, medidas necessárias para a proteção das lesões.
“A história da paciente retrata a importância do cuidado contínuo e da atenção à saúde, especialmente para aqueles com condições crônicas. Sua luta não apenas inspira aqueles que estão ao seu redor, mas também destaca a necessidade de um suporte mais robusto para pacientes em situações semelhantes”, disse Goggi.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sesa