Gerações se encontram na Romaria dos Ciclistas

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Moacir Beggo

Vila Velha (ES) – Aos 86 anos, o sr. Alcides participou de quase todas as Romarias dos Ciclistas e o pequeno Artur gostou da sua primeira experiência. Em onze anos da romaria, o número de participantes cresceu muito neste ano, chegando segundo cálculos dos organizadores, perto de 5 mil.

Os ciclistas fizeram um percurso de Cobilândia ao Convento em duas horas. A concentração se deu em Cobilândia, às 8h30, onde foram enviados pelo Pe. Lúcio Lameira Bravim, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e foram acolhidos na Prainha por Frei Gustavo Medella,  Frei José Luiz Alves e Frei Mário Tagliari.

alcides
Sr. Alcides: devoção a Nossa Senhora

“Nesta manhã abençoada de céu de brigadeiro, sintam-se acolhidos, primeiro por Deus, depois pela Mãe de Deus e por nós, os freis, que temos a responsabilidade do serviço pastoral neste Convento. Que bom tê-lo aqui, a sua alegria é a alegria da Mãe e a nossa alegria”, acolheu Frei Gustavo Medella. Mesmo com o sol quente, os participantes nem pareciam que tinham feito um percurso longo de bicicleta: cantaram, dançaram e rezaram, numa demonstração de fé e devoção, animados pela banda “Presença Real”.

Frei Mário Tagliari leu um trecho do Evangelho de São João (“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andarás nas trevas”) e pediu aos ciclistas para terem um cuidado especial com a vida.

Fotos Moacir Beggo
Vanessa: diversão e devoção

“Estamos todos a caminho e saíremos daqui hoje abençoados se formos, como nossas bicicletas, sinal da presença de Deus”, disse Frei Mário, que é Definidor Provincial e representante do Governo Provincial na Festa da Penha. “Hoje, vemos as cidades reféns de grandes congestionamentos e já se começa a refletir e a buscar mobilidade urbana. A bicicleta, de repente, lidera como alternativa de meio de transporte. Mas para que essa cultura aconteça, é preciso que aprendamos ainda muita coisa, como por exemplo, respeito no trânsito. É preciso que os motoristas de carros respeitem os ciclistas, por sua vez, os que andam a pé sejam respeitados pelos ciclistas e por quem está de carro. Todos precisamos aprender o caminho do bem-querer e ser sinal de Deus”, ensinou Frei Mário.

O frade disse que os ciclistas têm um papel importante na questão de locomoção.  “Vocês, nos seus pedais, podem ajudar a tornar o seu bairro, a sua cidade, o nosso mundo mais justo, mais fraterno e mais respeitoso. Que a Virgem interceda a Jesus por nós e nos livre dos atropelamentos. Que Ela interceda pelo bom senso de cada um, pelo respeito, pelo cuidado de sua própria vida, dom de Deus, e da vida do outro que você cruza no caminho”, completou.

O sr. Alcides Laurenti, aos 86 anos, não estava cansado de ter feito o trajeto e era só elogios à Romaria: “Nota mil”, resumiu, informando que dois filhos seus também participaram. Devoto de Nossa Senhora, só não participou de uma vez da romaria porque esteve internado devido a um acidente. Morador de Piaçu, Vila Velha, voltaria ainda para casa pedalando.

marcos

O pequeno Artur veio com o pai, Marcos Antônio e não queria sair da bicicleta. Segundo Marcos, é uma forma de educá-lo para um meio de transporte sadio e para uma devoção importante na vida. Quem os acompanhou foi um vizinho, João Vítor, que também gostou da experiência.

No meio dessas gerações, está a jovem Vanessa Silva Moreira, que acha uma combinação perfeita: devoção a Maria e diversão. “É muito gostoso estar num grupo tão grande de ciclistas. Ainda carreguei meu namorado com a perna quebrada. Mas foi tranquilo”, completou.

 

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