Frei Róger Brunorio visita projetos culturais no Convento da Penha

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Paz e Bem.

Entre os dias 16 a 19 de junho, esteve no Convento da Penha, Frei Róger Brunorio, museólogo e coordenador do Departamento dos Bens Culturais da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Nestes dias o frade veio conhecer e dar apoio aos projetos culturais que estão acontecendo no Convento: os inventários museológico e arquivístico.

Frei Róger é capixaba, e entre os anos de 1990 e 1991, acompanhou as obras de restauração do Convento; em 1997, colaborou com a inventariação do acervo museológico e também em outras atividades culturais realizadas no Santuário. Para ele é motivo de alegria conhecer de perto dois projetos culturais realizados neste que é “um dos monumentos históricos, religiosos, culturais e franciscanos mais antigos e importantes do Brasil”.

Ainda segundo o frade, o trabalho de inventário dos bens móveis já havia sido feito em 1997, e comtemplou na época alguns importantes objetos do acervo, sobretudo os objetos do antigo Museu de Nossa Senhora, inaugurado em 31 de janeiro de 1952, e desativado desde os anos 80. Em 2000, um novo museu com parte do acervo existente e a nova “Sala dos Milagres” foram instalados na “Casa dos Romeiros”, no local da antiga lanchonete. O museu funcionou até 2016 e seu acervo acabou ficando disperso pelos espaços do monumento.

A inventariação de um bem deve ser primordial e é um processo dinâmico e interdisciplinar, e por isso, é importante de tempo em tempo ser revisto e atualizado com novas informações, bem como anexar novas obras. A ficha de inventário de um objeto é a “carteira de identidade” de um bem. O inventário de bens móveis e integrados possui uma série de informações importantes sobre o bem, cujos objetivos são identificar o objeto, sua história e suas relações, sua fatura, material, as características técnicas, ornamentais, iconográficas, história, estado de conservação e segurança, entre outros itens. O inventário e a catalogação também são importantes para desenvolver pesquisas, estudos, salvaguarda, proteção e divulgação.

Frei Róger explica que o Convento possui relevante acervo museológico e arquivístico que merece toda atenção para sua preservação, promoção de estudos e divulgação por meio de exposições temáticas e de longa duração. “Neste santuário mariano e franciscano temos um acervo móvel e integrado de arte sacra dos séculos XVI até a atualidade. Todo esse patrimônio necessita de constantes ações de conservação e estudos. Estes dois projetos em andamento são ações que vemos com bons olhos e a partir deles deverá haver a continuidade e outros projetos culturais relacionados a este valioso acervo”.

A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e o seu Departamento dos Bens Culturais estão em sintonia com os órgãos de proteção e com a Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja. Nesse sentido, “estar aqui nestes dias com os frades e com os profissionais envolvidos nestes dois projetos foi não só para conhecer, mas também para ratificar e dar todo nosso apoio. Gosto de lembrar que para nós os bens culturais também estão a serviço da evangelização”, explica o frade capixaba.

Citando a Carta Circular “Necessidade e Urgência da Inventariação e Catalogação”, Frei Róger finaliza com a frase: …”Cuidar do patrimônio histórico-artístico eclesiástico é uma responsabilidade cultural, que atinge a Igreja em primeiro plano. Tendo-se sempre declarado ‘perita em humanidade’, ‘a Igreja promoveu em cada época o desenvolvimento das artes liberais, bem como o cuidado com aquilo que foi criando para cumprir a sua missão evangelizadora’. Na verdade, ‘quando a Igreja chama a arte a apoiar a própria missão, não é só por razões de estética, mas para obedecer à ‘lógica’ mesma da revelação e da encarnação’…”

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