Paz e Bem.
Na manhã do último domingo (5), milhares de fiéis participaram da Santa Missa da Solenidade de todos os Santos de Deus, celebração transferida do dia 1º de novembro. A Eucaristia foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães. “Neste primeiro domingo de novembro, nós do Convento da Penha, vamos celebrar com o novo Missal Romano, a terceira edição típica, que possui algumas mudanças, algumas alterações. Vocês vão perceber que no momento da Oração Eucarística algumas palavras diferentes. É uma nova fórmula que a Igreja no Brasil adota a partir desse fim de ano. É uma fórmula que nos recorda um momento mais piedoso, voltado de uma maneira mais devocional à invocação do Espírito Santo sobre as oferendas colocadas sobre o Altar”, disse Frei Robson ao iniciar.
Na homilia, o frei começou falando sobre o chamado de santidade que o Senhor nos faz. “Jesus é envolto num mistério que nós só haveremos de compreender, vê-Lo quando chegarmos na Eternidade. Deus vem ao nosso encontro todos os dias, chamando-nos atenção, através das situações e circunstâncias da vida, pedindo ou mendigando – vamos dizer assim uma expressão mais forte -,a nossa atenção para nos abrirmos a Ele, percebermos a sua presença para amá-Lo, a medida em que me abro a Ele, vou amando, Ele vai aos poucos se autorrevelando a nós. A sua revelação plena, total, só se dará após a sua morte corporal… Deus, por iniciativa própria, vem ao encontro de cada um de nós, chamando-nos atenção para percebermos a presença Dele e nos abrirmos para ama-Lo. Deus tem de vir, a cada dia de novo, ao encontro de cada criatura, lançando-se sobre todas as coisas para que tudo se mantenha vivo e de pé. A este esforço que Deus faz diariamente, é que precisamos perceber e reconhecer… Naquela realidade futura descrita na primeira leitura (Apocalipse 7,2-4.9-14) todos estarão vestidos com a veste nupcial, veste branca. Mais do que uma roupa como a que usamos, mas significa essa dignidade do qual seremos revestidos plenamente”, refletiu.
“Todos nós somos felizes porque somos privilegiados. Deus inspirou a cada um, da sua maneira, do seu jeito, e colocou no nosso coração o desejo de subir à esta Montanha para estar com Ele e aqui nos revelar o seu grande amor para conosco. Jesus sabiamente vai nos dizer que felizes, bem-aventurados são aqueles pobres em espírito. Ele elenca uma série de posturas humanas. São aqueles que não se apegam de uma forma demasiada às coisas, pessoas… Bem-aventurados são aqueles que passam por aflições, aqueles que são perseguidos por causa do Reino Deus. Alegrai-vos e exultai porque sereis recompensados, talvez não neste mundo terreno, mas na vida eterna quando poderemos fazer parte em definitivo da grande família de Deus”, concluiu a reflexão.