Frei Robson: “a bênção que Deus nos dá traz reconciliação e paz”

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Paz e Bem.

A primeira Celebração Eucarística do ano de 2023 no Campinho do Convento da Penha, teve a presença de centenas de fiéis e foi presidida pelo Frei Robson de Castro Guimarães. Muitos pela tradição, outros pela devoção, outros ainda pela vontade de estar mais próximos de Deus ao iniciar um novo ano… Cada um do seu jeito e no seu objetivo, louvando a Mãe Padroeira no primeiro dia do ano novo. Foi assim que ficou marcado o 1º de janeiro de 2023, Dia do Senhor.

Ao iniciar a Eucaristia, Frei Alberto Gamba, jovem angolano estudante do tempo da filosofia, acolheu os fiéis com muita alegria, vivas e felicitações de bom ano novo. “Quero sentir essa energia positiva para seguirmos no ano de 2023. Paz e Bem! Viva a Mãe da Penha! Quero também desejar boas vindas ao novo ano de 2023, para que seja um ano de muita alegria, muita prosperidade e que Deus esteja sempre em nossa vida e andando conosco. Hoje a Igreja está celebrando a Solenidade da Grande Mãe de Deus, aquela Mãe que no dia 25 nos trouxe seu Filho Salvador e hoje também temos a graça de celebrar a Solenidade dela; hoje também celebramos o Dia Mundial da Paz e portanto, vamos rezar  para que o mundo viva em paz, para que o mundo tenha aquela alegria, aquele amor. Que Nossa Senhora possa sempre interceder pela paz no mundo junto de seu Filho Jesus Cristo”, na sequência, Frei Alberto completou: “Embora sob o peso das consequências da longa pandemia e das polarizações, com esperança no coração nos reunimos para a primeira celebração do ano civil, amados e acolhidos com afeto materno pela Mãe de Deus, peçamo-lhe que nos acompanhe ao longo do ano, que ela nos ajude em espírito de Igreja a superar o ciclo da intolerância e nos anime a construir uma sociedade mais justa, pacífica e solidária”, animou o jovem frade.

Na homilia, Frei Robson iniciou dizendo: “Deus nos concedeu esta graça de passarmos, terminarmos mais um ano da nossa vida, nossa existência neste mundo que Ele criou e também nos abre as portas da possibilidade de vivenciarmos outras experiências, novas experiências guardadas para nós neste novo ano que começa com o dia de hoje. Somos extremamente gratos a Deus por esta oportunidade de fazermos parte desta vida e da história que tem sua continuidade neste ano”.

Ao falar da liturgia da Palavra, Frei Robson explicou que o Livro dos Números (Números 6,22-27) fala do povo que é regido por Deus no deserto, de duas formas. “Primeiro pela nuvem que os acompanhava protegendo-os do sol, da insolação e a nuvem que apontava a direção que eles deveriam caminhar. Esta nuvem simboliza a poderosa mão de Deus que estava sobre eles, abençoando-os e os orientando para qual direção caminhar. Depois um outro aspecto, a Lei que Deus concedeu a eles, os dez mandamentos… Deus que organiza a vida do seu povo! Deus se manifesta através da nuvem e através da lei, mas não uma lei que é imposta como uma obrigação, pelo contrário, é a maneira carinhosa que Deus tem para com eles para organizá-los como seu povo, para que Deus seja o seu Deus”, depois, falou da bênção contida na Leitura. “Nessa bênção é invocado o nome do Senhor por três vezes. A bênção é dada por Aarão, um sacerdote que tem uma intimidade com Deus (como todo sacerdote) e a partir dessa familiaridade, intimidade com Deus, sua função também é ensinar ao povo essa intimidade. A bênção começa dizendo ‘o Senhor te abençoe e te guarde’; dar a bênção significa o sentido de proteger nossa vida. O mundo que hoje pede e gera a morte, Deus nos abençoa e protege nossa vida… A bênção que Deus nos dá, da sua força, sua presença, seu sorriso, traz para nós essa reconciliação e nos deixa em paz”, explicou.

Na sequência, para encerrar sua reflexão, o frade falou sobre o Evangelho (Lucas 2,16-21). “O evangelho narra o encontro dos pastores com a Sagrada Família. Os pastores, que não eram considerados, era gente sem a menor importância… A eles foi anunciada a chegada do Salvador. Eles se dirigem com pressa. Neste mundo em que vivemos temos pressa para tudo! Temos pressa chegarmos em casa, para chegarmos no trabalho, nas filas que temos que enfrentar por aí, pressa para sermos atendidos, de respostas às perguntas que fazemos ao outro… Agora e com Deus? Temos essa pressa de querermos estar com o Senhor ou só as coisas do mundo é que nos movem para termos pressa? A pressa que os pastores têm para encontrar Jesus é a pressa mais importante, de irmos buscar a Deus. Jesus, desde o momento da sua concepção traz para si o poder de atrair todas as atenções para Ele”, disse Frei Robson.

Confira a reflexão na íntegra:

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