Frei Roberto: “O povo do passado tem muito a nos ensinar e não podemos perder nossa história”

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Paz e Bem.

Centenas de fiéis participaram da tradicional Missa da Saúde no Campinho do Convento, na tarde de quarta-feira (15). A celebração foi realizada nas intenções por todos os doentes, enfermos, idosos e pelas pessoas que não conseguem subir até a Capela e foi presidida pelo Frei Roberto Aparecido Pereira, da fraternidade do Santuário e Convento São Francisco, localizado no Centro de São Paulo. O frade é natural de Lençóis Paulista (SP)

Ao iniciar a Eucaristia, Frei Roberto acolheu os devotos de Nossa Senhora da Penha. “Saímos de nossas casas, subimos o morro do Convento e agora, três horas da tarde, nos encontramos com o Senhor e por Maria, chegamos a Jesus. Estamos aqui para nos encontrar com o Senhor e o Evangelho e as leituras estão nos levando ao Domingo de Pentecostes. Possamos nos preparar bem, possamos estar com a comunidade reunida para receber as luzes do Espírito”, disse.

O frei também destacou, no início, que muitas intenções levam os fiéis ao Convento. Muitos fiéis rezaram pedindo a Deus, conforto pelo falecimento de um familiar, saúde para o corpo, paz onde ainda há guerra, cura dos males físicos e muitas outras intenções.

Na homilia, o frei começou enfatizando que é necessário observar o nosso passado para não perder a própria história. “O povo do passado tem muito a nos ensinar. Nós vamos perdendo, muitas vezes, nossa história, porque quando não olhamos para o passado, esquecemos de viver bem o futuro. Muitas vezes quando a vida balança, quando a gente fica meio preocupado com a vida, paramos um pouco e pensamos lá trás. As mães contam para os filhos como foi difícil cria-los. A mãe e o pai trabalhavam muito para conseguir que todos os filhos tivessem alguma coisa. Nós devemos voltar ao passado para viver bem o futuro. Até mesmo nas nossas liturgias, porque nossa fé é herdada lá do passado. Alguém te ensinou a rezar uma Ave Maria, a mãe, o pai, avó, uma tia, alguém te ensinou e todas as vezes que saímos de casa para ir à Missa, vamos para honrar essas pessoas, honrar a fé deles e é isso que vamos lembrar, essa é a maior herança que podemos deixar para os filhos: a fé”, afirmou.

Confira a homilia na íntegra abaixo:

Frei Roberto ainda fez uma pequena catequese, com um momento da Liturgia Eucarística que, muitas vezes, passa despercebido. “Quando nós rezamos ou cantamos o Cordeiro de Deus, acontece aqui no Altar a ‘Fração do Pão’. O padre pega a hóstia maior, quebra no meio, tira um pedaço e coloca dentro do cálice. Tem um sentido teológico nisso. O ‘pedacinho’ é para mostrar que nossa vida está unida a vida do Cristo, para mostrar que não se separa, é um único corpo”.

No final, Frei Roberto voltou a acolher as preces que os fiéis levaram e apresentou um bebê. “É bonito quando alguém traz uma criança para ser apresentada. Nosso mundo aí fora, o povo pouco reza, pouco vai à Missa e tem gente que traz criança para ser apresentada na Igreja, isso é bonito. O pequeno Kaleo, apresentá-lo e rezar uma Ave Maria por ele, para que ele possa crescer e ser um menino bom” e depois o bebê foi consagrado à materna proteção de Nossa Senhora.


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