Frei Pedro: “Onde o lucro fala mais alto, a vida jamais será respeitada”

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Paz e bem!

No domingo Solenidade da Ascensão do Senhor, a Santa Missa das 9h, celebrada na Capela do Convento da Penha, foi presidida pelo Frei Pedro de Oliveira Rodrigues. Na ocasião, também foi celebrado o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais e o início da Semana de Oração pela Unidade Cristã. Todas essas motivações foram recordadas pelo Frei no começo da celebração, após a saudação. Muitas pessoas subiram à Penha para rezar, visitar e participar das Missas.

Na homilia, Frei Pedro começou explicando que ao celebrar a  Solenidade da Ascensão estamos nos encaminhando para a conclusão do fim do tempo pascal, onde por quarenta dias, os discípulos puderam estar com o Ressuscitado. “Durante quarenta dias os discípulos puderam fazer uma experiência pessoal com o Senhor Ressuscitado. Comeram com Ele, caminharam com Ele, se alegraram com Ele e chegou o final, o momento da despedida. Chegou o momento em que Ele deve voltar para o Pai, mas Ele é fiel, prometeu jamais deixa-los sós. Prometeu que a sua presença continuaria atuando, agindo no mundo através dos discípulos e discípulas e através do Espírito Santo. Ele é fiel, foi fiel aquilo que prometeu… No fundo, a ascensão é este estar ‘antenado’ com o Cristo, manter este olhar voltado para o céu… Mas muitas vezes nossos olhares se voltam para as coisas desnecessárias e não para o bem supremo que deve ser Ele”, explicou o Frei.

Frei Pedro disse também que o Evangelho de Lucas nos recorda a Ascensão do Senhor, que ocorreu em Betânia, que é um local que tem um significado forte, pois foi onde Jesus realizou um de seus grandes milagres, que foi a ressurreição de Lázaro, onde ele mostrou seu poder, a sua missão neste mundo: Restaurar, resgatar a vida. “A Ascensão de Jesus quer nos mostrar que nosso destino final não é a terra, mas é o céu. Somos cidadãos do infinito e não da terra. Ao mesmo tempo que nosso olhar nos tenta a ficarmos extasiados olhando para o alto, ao mesmo tempo Jesus diz que devemos ser testemunhas d’Ele neste mundo caótico e difícil que vivemos. Testemunhas do Evangelho, testemunhas do Evangelho da vida diante de tantos sinais de morte, da esperança diante de tanto desespero…”, citando as diferentes ações de testemunhar o Cristo.

O Frei ainda criticou os gananciosos…

“A tragédia de Mariana… Não muito tempo tivemos a tragédia de Brumadinho, o que foi feito? Agora Barão de Cocais ameaçada! Mas é uma covardia isso, simplesmente dizer ‘olha vocês saiam a tempo, nós vamos dar um abrigo, antes que a barragem os engula, antes que a lama os engula’… De repente alguém diz que eles podem sair, se não quiserem ser engolidos pela lama da soberba, da ambição, do egoísmo. Quem projetou tais barragens não pensou no ser humano, pensou unicamente no lucro e onde o lucro impera a morte se faz presente, onde o lucro fala mais alto que tudo, a vida jamais será respeitada”, alertou.

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