“Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la.”
Paz e Bem!
Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, centenas de fiéis participaram, virtualmente e presencialmente, da Missa das 9h, no último domingo (4). A Fraternidade Franciscana se reuniu em torno da Mesa Eucarística para a tradicional celebração do Dia do Senhor no Campinho do Convento. A Missa foi presidida pelo Guardião, Frei Paulo Roberto Pereira, que lembrou de saudar as crianças (os pais que levam as crianças ao para apresentar à Nossa Senhora da Penha), representadas em grande número.
A Solenidade litúrgica em honra a Pedro e Paulo, as colunas da Igreja, ocorreu na última terça-feira (29 de junho), no entanto, a Igreja no Brasil celebra com festa os dois santos no domingo próximo à data, desta forma, ninguém fica privado de festejar os apóstolos. “A Igreja não quer privar nenhum cristão católico da celebração da festa desses que são as colunas da Igreja. Por isso, neste domingo nos vestimos de festa e de alegria, por ser domingo e por ser também, o dia de São Pedro e de São Paulo”, explicou Frei Paulo.
Na homilia, o Guardião do Convento, explicou inicialmente, que “devemos nos sentir estimulados a fazer o que o santos fizeram. Para isso celebramos os padroeiros, para isso destacamos os santos, veneramos. Trazemos presente na nossa forma de viver a religião, o exemplo dos santos e sua fraterna intercessão. O testemunho dos santos revigora o nosso testemunho”, afirmou.
Frei Paulo comentou sobre a fidelidade de São Pedro à Jesus, falou ainda que além de manifestar confiança, fidelidade ao Senhor, o apóstolo “é aquele que sem medidas fez muitas coisas”. “Sabemos que ele foi frágil na humanidade, negou Jesus por três vezes, mas por três vezes disse também que O amava, Pedro é muito parecido conosco. Na fragilidade humana, queremos amar Jesus Cristo e testemunhar isso” e completou explicando a importância de São Paulo: “São Paulo também nos dá exemplo de fidelidade. A convicção dos apóstolos de que Deus não nos abandona, a convicção de que Deus nos chama, nos dá a missão e nos sustenta na caminhada, deverá ser nossa convicção também”.
Ele ainda enfatizou com ânimo que Deus liberta, sustenta “Se você acha que o desânimo vai tomar conta da sua vida, coloca firme o pé no chão e diz: ‘eu sei em quem eu estou esperando! A coroa da glória está reservada para mim! Essa tempestade vai passar! Deus me sustenta, me liberta, me salva! Essa convicção devemos renovar hoje!”.
Diante da pergunta que Jesus faz aos discípulos – e a todos nós – “quem eu sou para vocês?”, Frei Paulo Roberto trouxe o exemplo das promessas de matrimônio. “Os casais chegam diante do Altar e prometem fidelidade e amor por toda a vida… Se os casais só responderem naquele dia e nunca mais se ocuparem disso, o que vai acontecer com o casamento? Os casais têm de se lembrar todos os dias, desde a hora que acordam até a hora de dormir, que fizeram um juramento ‘sim, sim e sim’, disseram três vezes ‘sim’. Da mesma maneira nós, se quisermos que nosso relacionamento com o Senhor seja fecundo e criativo, diariamente devemos responder: ‘Jesus Cristo é o Senhor da minha história, é o Filho do Deus Vivo, é o Messias, o Cristo que ungido nos liberta, nos cura, nos salva”.
Por fim, o frade disse que as colunas da Igreja servem para suportar, dar suporte, ou seja, é o grande desafio do nosso dia a dia. “Quem é que precisa de suporte? Quem está mais frágil. Quem é que precisa de ser suportado? Aquele que está meio ‘perrengue’, meio deficiente… Nós somos colunas na família, na sociedade, neste mundo que está caindo, caindo exatamente porque estamos abrindo mão de ser suporte. Estamos nos furtando da nossa missão de suportar uns aos outros, de oferecer suporte, de oferecer apoio, de oferecer segurança… Dar suporte uns aos outros é viver a essência da nossa vida de Igreja que é a fraternidade, a solidariedade” e pediu: “suportemo-nos uns aos outros, homens, mulheres, crianças, juventude, nós todos somos colunas de um mundo novo”, finalizou.
Veja a homilia na íntegra abaixo.