Jesus pegou os pães, agradeceu a Deus e distribuiu aos que estavam sentados. Fez a mesma coisa com os peixes. E todos comeram o quanto queriam.
Paz e Bem!
Esse trecho do Evangelho de João 6,1-15 que a liturgia deste domingo apresenta, traz particularidades que nos ajudam a compreender melhor os ensinamentos deste relato. Os demais evangelistas também registram o que se convencionou chamar “a multiplicação dos pães”.
Em todo seu Evangelho João identifica não milagres, mas sinais da manifestação de Jesus, o Cristo. Todos os sinais destacados por João confirmam o caráter messiânico da vida de Jesus. Ele é o escolhido, ele é a promessa de Deus cumprida, Nele se dá, já, a realização do Reino de Deus.
Por isso, a multidão que vai ao encontro de Jesus identificada com sua palavra, confortada pela cura que ele promove, disposta a estar com ele, sabe e pode afirmar: “Este é mesmo o Profeta que devia vir ao mundo”.
Mas Jesus não é apenas o profeta, não pode ser confundido com um ambulante que encanta fazendo mágicas ou fazendo milagres a preço baixo ou em busca de aplausos.
Jesus é o Reino que anuncia. Quem dele se aproxima faz parte desse Reino e com ele contribui.
A pergunta que Jesus faz a Felipe: “Onde vamos comprar pão para eles comerem?” Indica com clareza a proposta de Jesus. Para que seu Reino seja experimentado por todos é necessário que todos participem.
A presença de Jesus entre nós é compromisso para que haja partilha, para que haja solidariedade, para que haja preocupação com a necessidade dos demais, para que juntos busquemos soluções para matar a fome que desumaniza a tantos, nos envergonha a todos e clama aos céus.
A nós, discípulas e discípulos de Jesus, o Evangelho continua a desafiar, continua a nos provocar para que nossa vida venha a ser sinal da justiça e da bondade para que o mundo inteiro experimente a saciedade, sinal evidente do Reino de Deus.
Assista a reflexão do Frei Paulo Roberto.