Paz e Bem.
Nem mesmo o calor intenso, provocado pelo sol forte, desanimou os devotos de Nossa Senhora da Penha que subiram ao Santuário do Perdão e da Graça na manhã do último domingo (7). Logo cedinho, às 7 horas, um grupo de crismandos da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, bairro Praia de Itaparica, Vila Velha, subiu e realizou um momento de espiritualidade, reflexão e oração. Às 9 horas foi celebrada a tradicional Missa Campal de domingo, presidida pelo Frei Paulo César Ferreira e com animação dos cantos de Edigar Barraqui.
Ao iniciar a Eucaristia, Frei Paulo acolheu os fiéis presentes no Campinho e também os que acompanhavam de casa pelas redes sociais. “Também acolho as intenções que são enviadas, as intenções apresentadas e por todos que se recomendaram as nossas orações. Trazemos presentes também nossos voluntários, benfeitores, colaboradores, pessoas abnegadas, pessoas que por devoção, gratidão à Nossa Senhora estão sempre conosco, dispondo de seu tempo, do seu serviço em prol dos peregrinos e devotos, toda equipe de transmissão, enfim, todas as pessoas…”, disse Frei Paulo no início.
Na homilia, Frei Paulo César comentou a mensagem contida na Primeira Leitura (Atos 6,1-7), trata-se de notícias das primeiras comunidades cristãs. “Hoje temos notícias da comunidade primitiva em Jerusalém, temos também uma notícia da organização interna da comunidade, da Igreja nascente. Dominava o ministério apostólico, que nas assembleias litúrgicas pronuncia a oração e a pregação da Palavra. Apresenta também outras necessidades da comunidade… Vemos o surgimento de um outro ministério chamado ‘serviço às mesas’, talvez aqui a origem do diaconato. O poder era participado! É preciso ter um coração afinado nessa frequência, pois a vida de comunidade exige comunhão, participação, mas precisamos ter corações abertos, ‘corações ao alto’, coração em Deus. Em nossas comunidades há muito medo porque às vezes se perde muito em números, mas o importante é qualidade, mas é assim, vamos encolhendo, diminuindo e depois vamos crescendo, portanto, tudo leva à uma reflexão, uma revisão de vida, o modo de ser, o modo de testemunhar nossa fé. Então precisamos ir purificando nosso jeito de ser cristão, porque assim, tudo ressurge, tudo renasce. A comunidade primitiva sabia como partilhar os bens em favor dos mais necessitados. Assim foram surgindo os ministérios da Igreja em resposta às necessidades concretas que levaram a formar estruturas de serviço na Igreja”, afirmou o frade.
Frei Paulo também explicou que na Segunda Leitura (1 Pedro 2,4-9), São Pedro exorta sobre a vida cristã, a vida do cristão à luz do mistério pascal. “O cristão é unido pela fé à Cristo, nossa rocha, nosso chão, nosso sustento, nosso alicerce. Por sua morte [pedra rejeitada], Cristo ressuscitou, é Pedra Viva, forma e participa com seus seguidores, seus irmãos, a construção do novo povo de Deus capaz de oferecer sacrifícios espirituais. Sacramento é sinal do nosso pertencimento e nosso compromisso com Jesus Redivivo, unidos à sua Palavra. Todos participamos da única mediação sacerdotal de Cristo. Oferecemos tudo que temos, tudo que somos, com Cristo ao Pai. Sejamos morada, casa de Deus, a testemunhar suas obras, as maravilhas que o Senhor opera em nossas vidas”.
Sobre o Evangelho (João 14,1-12), o Vigário do Convento da Penha disse que o cristão precisa enfrentar as dificuldades, tribulações e provações. “Jesus disse ‘não se perturbe o vosso coração, eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Tendes fé em Deus e em mim também’. No coração do Pai todos têm lugar e vez, eu estou dizendo, para lá Eu volto e vos levarei comigo. Já pensaram onde estamos? Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim, eu estou no Pai e o Pai está em mim. E quem acredita em mim, fará o que eu fiz e muito mais. Jesus é o caminho para o Pai, a verdade enquanto nos revela para o Pai e a vida que consiste na comunhão de amor ao Pai. Jesus é caminho e companhia, com quem aprendemos a compreender e a amar a Deus dando o melhor de nós pelo bem de todos”, refletiu Frei Paulo.
Confira a reflexão completa abaixo: