Paz e Bem.
Todos os anos o Convento da Penha recebe inúmeros turistas, romeiros e peregrinos, seja para uma prece aos pés da padroeira dos capixabas ou apenas para contemplação da natureza, o Santuário é o lugar certo para o encontro de amigos, famílias e devotos. Na manhã deste domingo (8), o 27º do Tempo Comum, dois feriados levaram muitos visitantes ao Convento, especialmente para a Missa das 9h, no Campinho. Os feriados de Nossa Senhora Aparecida e do Dia dos Professores, 12 e 15 de outubro, respectivamente, fazem parte de um feriadão estudantil, ou seja, não há aula nas faculdades e escolas.
A Missa no Campinho foi presidida pelo Frei Paulo César Ferreira e contou com diversas romarias, como dos jovens da Paróquia São Francisco de Assis de Jardim da Penha, Vitória; e de Guarapari. Ao iniciar, Frei Paulo apresentou as motivações para a Missa e acolheu os peregrinos. “Como é bom vê-los aqui no Campinho do Convento aos finais de semana, agora no feriadão, é sempre uma alegria muito grande tê-los aqui entre nós. Ficamos também impressionados, estamos a serviço do povo de Deus, mas lucramos muito, é muito gratificante receber vocês, encontrar vocês aqui, vemos expressões de fé, de devoção, de louvor a Deus… Temos pessoas a passeio, porque é um ponto turístico, pessoas de tantos lugares, de diversas religiões, e olhando para vocês, podemos dizer com toda certeza que são irmãos e irmãs nossos, povo de Deus da comunidade na missão e outros visitantes que estão pela primeira vez, estão a contemplar a beleza da natureza, recebendo as bênçãos, graças de Deus, temos essa certeza de que aqui recebemos essas graças”, iniciou o frade.
Na homilia, o Vigário do Convento refletiu o Evangelho de Mateus 21,33-43. “A vinha do Senhor, é seu povo, nós crentes e na visão do amigo do Senhor, o profeta, que denuncia a desonestidade dos governantes, que passam a produzir uvas azedas de injustiça, de violência, de exploração dos mais fracos, o povo é convidado a corresponder aos cuidados do Senhor, sendo obediente, fiel a Deus, ocupando-se do que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, a terem confiança no Senhor, mediante a prática da oração piedosa, fervorosa. Através de uma parábola (vinhateiros homicidas) Jesus denuncia a perseguição aos profetas e a Ele próprio, ao mesmo tempo, questiona a todos nós, a respeito dos bons frutos que devemos produzir, uma vez unidos à Ele. Certa vez Ele nos comparou à videira, ‘eu sou o tronco, vocês são os ramos, unidos a mim, vocês vão produzir bons frutos’. Cadê os frutos?! A parábola de hoje também nos questiona a respeito da missão que herdamos dele, compromisso de todos nós, até porque, uma Igreja estagnada, ensimesmada, é inconcebível. Sabemos que Deus cuida do seu povo e que não nos desampara, mas é preciso dar ouvidos, para produzirmos os frutos esperados, desejados, gestos de bondade, de justiça, de fraternidade, por isso Ele nos envia seu Filho, que nos ensina a amar, a sermos também misericordiosos de coração. Aqui é indicada a tarefa, a missão da Igreja, depois da morte de Jesus, a pedra angular rejeitada pelos construtores. A Igreja tem a missão de continuar Jesus, nenhum cristão se sinta excluído ou dispensado desse mistério, desse compromisso”, refletiu.
Por fim, Frei Paulo continuou explicando que a Igreja é continuadora da missão de Jesus. “A nossa eleição da parte de Deus, Espírito Santo, exige de cada um de nós uma resposta pessoal. Jesus prometeu que as potências do mal não prevalecerão contra a Igreja, portanto, os difamadores, os maledicentes que se cuidem. Sigamos confiantes em preces, sempre unidos com o magistério da Igreja, atentos ao melhor jeito de ser cristão e de viver o Evangelho”, concluiu.