Frei Paulo César: “a Igreja é comunidade de serviço, de caridade e de inclusão”

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Paz e Bem!

Respeitando os protocolos sanitários exigidos pelas autoridades de saúde, centenas de fiéis subiram ao Convento da Penha para a tradicional Missa das 9h, aos pés de Nossa Senhora da Penha, a Virgem Padroeira e Mãe do povo capixaba. Apesar de ainda estarmos no inverno, o clima quente e o mormaço provocou muito calor aos devotos que rezaram no Campinho da Penha Sagrada. Ao chegarem, uma acolhida fraterna da equipe de canto vinda da Comunidade Imaculada Conceição de Porto Novo, Cariacica. Houve ainda o registro de romeiros de estados vizinhos como Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A Celebração Eucarística foi presidida pelo Frei Paulo César Ferreira, que saudou os fiéis presentes fisicamente no Santuário e os fiéis que rezavam em casa (de diversas partes do Brasil e do mundo). A acolhida inicial ficou por conta da voluntária Lygia Herkenhoff que falou um pouco do mistério a ser celebrado.

Já no início da homilia, Frei Paulo César fez questão de acolher a todos, especialmente aqueles que “subiram à Penha para rezar e agradecer cheio de alegria, satisfação, pela caminhada, pelos êxitos pelas conquistas”. Ele reafirmou que Deus se faz presente em cada situação, especialmente “aqueles que passam por situações de dificuldade, tribulações pessoais e familiares, necessidades físicas, enfermidades, desemprego…”

O frade pediu “humildade e serviço” na busca por um mundo menos individualista, interesseiro, ambicioso. “Entre nós e nas nossas comunidades devemos cultivar: humildade! Nos espelhamos em Cristo Jesus que, em condição divina, despojou-se de si mesmo e assumiu nossa condição humana, basta ver o presépio. O Filho de Deus num cocho onde comiam os animais. Humildade… Ele que se coloca junto aos seus amigos lavando os pés deles. Não dá para seguir Jesus com mania de grandeza, com apenas os critérios humanos. Jesus disse entre seus amigos íntimos: ‘entre vocês, quem quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos’. Ele pega uma criança como exemplo de último. O pobre, o órfão, a viúva, como exemplo de último, alguém que é dependente e que precisa da gente”.

“A pregação e a ação de Jesus, no entanto, se orientavam noutro sentido como anúncio de salvação a partir de dentro do nosso coração, de dentro das pessoas, da conversão do coração. Em Jesus, o resgate do ser humano, o resgate da vida, a restituição da vida plena, a vida em abundância… Jesus faz sua a missão do servo. Manso, humilde de coração, amigo dos pobres e pecadores, até mesmo em meio aos seus discípulos, está Ele ali como aquele que serve. Como prova de seu amor, entrega sua vida pela salvação de todos. Infelizmente não resolvemos o problema das precedências em nosso ambiente cristão, questão de ambição e tudo mais”, explicou Frei Paulo César.

Por fim, o frei afirmou o papel da Igreja na sociedade. ” A Igreja é, na sua essência, comunidade de serviço, sacramento, sinal de salvação. Um serviço de unidade, um serviço de caridade, de inclusão, de dignidade ao mundo inteiro. Precisamos desse discernimento cristão diante das situações da vida, tanta inveja cobiça, ambição, uma constante ameaça para nós. Jesus nos quer bem conscientes da sua missão e da nossa, dos seus riscos e consequências”, finalizou.

Confira a reflexão na íntegra abaixo.

Frei Paulo Cesar ainda recordou, antes da bênção final, o segundo ano de passagem do Sr. Theodoro Effgen, um músico devoto de Nossa Senhora da Penha, que faleceu aos 93 anos no ano de 2019.

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