Paz e Bem.
A Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo foi celebrada com muita alegria no Convento da Penha. Pela manhã, a tradicional Missa dominical das 9 horas foi presidida pelo Vigário, Frei Paulo César Ferreira e contou com a presença de muitos devotos da Virgem da Penha, especialmente peregrinos provenientes do interior do Espírito Santo. Os cantos ficaram sob a responsabilidade da equipe da comunidade Imaculada Conceição, do bairro Porto Novo, Cariacica.
“A Palavra proclamada nos convida ao Reino do Filho amado de Deus, contemplando o mistério do seu amor e da sua misericórdia”, disse Frei Paulo ao iniciar a reflexão. “Olhos fixos na cruz, que por iniciativa de Deus, nos fez passar das trevas do pecado para o reino do Filho, tornando-nos herdeiros das promessas. Ouça bem isso de coração aberto! Neste último domingo do ano litúrgico, exaltamos com imenso júbilo o primado absoluto de Cristo em nossas vidas, em nossos corações, na história. Jesus é apresentado como justo sofredor. Por quê? Solidário, compassivo, que sofre tudo por todos, de uma vez por todas”, explicou.
Ele também ressaltou que Jesus é “enviado para conduzir seu povo”. “Jesus não é um simples justo qualquer. É também rei e salvador. E por isso chama, chama, Jesus chama ao seu reino, ao seu reinado, ouça bem, os que confiam nele. Jesus é enviado a conduzir o povo de Deus, a nos guiar para o Pai. Ele tem o primado sobre tudo, porque nele o Pai pôs a plenitude do seu amor. No entanto, Lucas, no evangelho (23,35-43) apresenta a realeza de Jesus, aonde? Num trono de ouro? Na cruz, com o sinal, com o símbolo do seu amor, da sua fidelidade ao Pai. Quando trazemos a cruz em nossa companhia é o nosso ‘sim’, a nossa entrega, a nossa doação, a nossa confiança, a nossa fidelidade. Jesus é crucificado com mais dois ladrões, como a indicar que sua realeza é a do amor, da compaixão, da misericórdia. A realeza de Jesus é a realeza, o reinado de Jesus é o reinado do perdão, da reconciliação”, comentou.
“Em nossos relacionamentos, em nossos momentos mais difíceis, na convivência, que é desafiador. Com isso, ele chega a inaugurar, olha só, uma nova humanidade libertada das alienações do pecado. Oferece a cada um de nós fazer parte dela, da sua história, da salvação que ele nos trouxe. O desígnio do Pai, os planos do Pai, que é amor e que nos ama como seus filhos e filhas. Jesus exerce e manifesta, então, sua realeza como um ‘perdoador’ a serviço da reconciliação, da comunhão com Deus e entre nós. Foi do agrado de Deus, Pai, reconciliar consigo todas as coisas por meio de Cristo Jesus. Estabelecendo, então, a paz e o bem no sangue que Ele derramou na cruz. Quebrando a corrente do ódio e da inimizade”, refletiu Frei Paulo.
Por fim, o Vigário afirmou que é muito triste testemunhar atitudes de ódio. “É muito triste… Nós sabemos, temos notícia, ou testemunhas, sermos testemunhas, de situações de ódio, de desavença, de inimizade, sobretudo quando parte de nós que professamos a nossa fé em Jesus, que comungamos a sua mesa. Como entender isso? Ou é maldade demais ou é doença. Não é possível. Reconhecendo que Jesus, então, é rei, nós nos submetemos ao seu senhorio, em sua obediência ao Pai, procurando viver a vida que ele viveu”, finalizou.





































