Moacir Beggo
Vila Velha (ES) – O sétimo dia do Oitavário, momento devocional franciscano, foi celebrado neste sábado, 11 de abril, antes da Santa Missa no Campinho. Frei Valdecir Schwambach, o guardião do Convento da Penha, fez a acolhida e motivou as pessoas a verem sempre o lado bom da vida: enfrentando com alegria as dificuldades; sorrindo sempre e acolhendo os outros com cordialidade, com o coração.
A reflexão sobre o tema da família, em sintonia com o tema da festa “Maria, Mãe da Família, Santuário da Paz!”, foi feita por Frei Gustavo Medella, coordenador da Frente de Evangelização da Comunicação da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Ele escolheu como base um trecho da exortação “Familiaris Consortio”, de São João Paulo II, que diz o seguinte: “No plano de Deus Criador e Redentor a família descobre não só a sua ‘identidade’, o que ‘é’, mas também a sua ‘missão’, o que ela pode e deve ‘fazer’. E porque, segundo o plano de Deus, é constituída qual ‘íntima comunidade de vida e de amor’, a família tem a missão de se tornar cada vez mais aquilo que é, ou seja, comunidade de vida e de amor”.
Segundo Frei Medella, ouve-se uma queixa muito frequente de pais e avós que dizem assim: “Meus filhos são criados, são pessoas maravilhosas, mas não querem vir para a igreja. Alguém já ouviu uma história parecida? (a resposta em coro: já!). Meu filho é maravilhoso, inteligente, mas não quer vir para a igreja. Dorme com um barulho assim! O que nós podemos fazer?”, perguntou o frade.
Para responder, ele buscou ajuda do Papa Francisco. “Primeiro quando ele nos pede para sermos uma Igreja de saída, ou seja, se eles não vêm à igreja, nós temos a responsabilidade de levar a Igreja até eles, sem medo, com coragem e com força. Mas como vamos fazer isso? Precisamos usar nossa criatividade e a nossa inteligência e pedir a iluminação do Espírito Santo”.
Frei Gustavo, então, deu três pistas do Papa Francisco, para isso: “Primeiro modo de levar a Igreja para o seio de nossas famílias: Olhar com todo carinho e atenção para as extremidades da existência. Um tema que o Papa gosta muito de apontar: a infância e a terceira idade. Perguntar pessoalmente não é muito educado, mas numa multidão, acho que não tem problema. Quem aqui já passou dos 70? Quem já passou dos 80? Olha só, quanta gente! E agora quem tem criança de colo, levante! Coloque no alto para a gente ver. Cuidar com carinho da infância e da velhice. Deixar que a criança entre em contato com o idoso. Desde pequenininho ter respeito pela avó, pelo avô, mesmo que esteja doente, às vezes um pouco esquecidos”, ensinou.
O segundo modo, segundo, Frei Medella é transpor os muros da raiva, do ódio e da falta de perdão. “E aí o Papa nos dá três ações: em vez de repelir e espantar, visitar; em vem de xingar e amaldiçoar, abençoar; em vez de combater, acolher. Vamos ver se vocês recordam!”, disse, repetindo o as três ações.
O terceiro modo é apostar sempre na cultura do encontro. “Deixar que seu coração se alegre pelos encontros que a vida lhe proporciona, até mesmo com aquela pessoa que você encontra todo dia. Cada dia é um novo dia, e aquela pessoa é uma nova pessoa. E esse encontro deve encher o nosso coração”.
E nos inspirarmos pelo Espírito Santo, vamos estar levando a Igreja para nossos filhos, netos e às nossas famílias”, completou.