Paz e Bem!
A Fraternidade do Convento da Penha conta agora com um reforço. Trata-se de um frade capixaba, que decidiu seguir a vida franciscana a partir da devoção à Nossa Senhora da Penha. O Frei Luiz Flávio Adami Loureiro é natural de Vitória-ES, nascido no dia 17 de fevereiro de 1949; é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo; ingressou na Ordem dos Frades Menores em 10 de janeiro de 1984 e estava à serviço da Província Franciscana no Santuário São Francisco de Assis em São Paulo.
Frei Luiz Flávio viveu momentos especiais e inesquecíveis no Convento da Penha. Desde muito novo, sempre cultivou o desejo de se tornar sacerdote, no entanto, teve outros planos na adolescência e juventude. Pensando em manter uma vida matrimonial, Luiz chegou a ser noivo, mas viu no modo de vida dos freis do Convento, um modelo bonito a ser copiado.
Como sabemos, o testemunho de muitos frades, religiosos e padres, tem início no Convento da Penha. Seja por uma pregação, pelo sermão, pela Festa da Penha ou mesmo pelo estilo de vida dos franciscanos, muitos sentem o chamado a vocação, observando o testemunho de alguém. Como exemplo, o Frei Lucas Moreira, Frei Josiélio Oliveira, Frei Pedro de Oliveira e tantos outros que ouviram a voz de Deus e decidiram seguir os passos de Francisco e Clara de Assis, a partir do Convento da Penha.
Podemos dizer que o Santuário da Mãe das Alegrias está em consonância com a canção “mais sacerdotes, ó Mãe envia, sábios e santos, Ave Maria…”, porque o local possui esse caráter de despertar a vocação ou mesmo respostas que muitos buscam. Alguns procuram no alento maternal de Nossa Senhora, a coragem para assumir o “sim”, seja ele dado à esposa ou à Igreja.
Frei Luiz possui uma passagem pelo Convento da Penha em 2008, ano importante para o Espírito Santo já que o monumento celebrava 450 anos de história. Agora, 12 anos depois, quando celebraremos os 450 anos da Festa da Penha, o franciscano terá a oportunidade de viver um momento inesquecível.
O Frade foi ordenado presbítero em 02 de fevereiro de 1991. Ele conta que quando era jovem brincava de celebrar Missa e contava com a ajuda dos irmãos. Seus pais sempre apoiaram a decisão de seguir para o seminário. Na incerteza se continuava o projeto do matrimônio ou se tornaria religioso, Frei Luiz procurou resposta na initimidade com Deus. “Eu fui à Catedral em Vitória e na capela do Santíssimo, pedi muito ao Senhor que Ele abrisse o caminho, eu precisava ter uma direção e foi justamente naquela noite, depois que fui à Igreja, tive um sonho e senti a presença de São Francisco. Não vi o rosto de São Francisco, só vi que ele estava de hábito e me disse três vezes ‘olha aqui para o meu lado!’, era a chaga que ele tinha no peito [estigma]. Daí em diante, minha vida de cabeça para baixo, eu já não sabia mais o que fazer. Eu conversei com minha ex-noiva e ela falou que eu teria de rezar muito para o casamento dar certo… Decidi vir ao Convento, conversei com o Frei Virgílio e ele me ajudou a identificar o chamado de Deus. Hoje, me sinto feliz, realizado, agraciado pelo Senhor”, conta Frei Luiz.
Em entrevista para a equipe de comunicação do Convento, Frei Luiz Flávio comenta a devoção à Nossa Senhora das Alegrias, a Senhora da Penha, sobretudo nesses tempos difíceis que estamos vivendo, em que não podemos perder a esperança, o amor e a fé. “Nossa Senhora das Alegrias é a alegria verdadeira, como diz o Papa Francisco, o sacerdote, o religioso, deve ser alegre, como alegria, é o coração, a vida, a alma, o espírito que faz a gente reavivar nossos carismas, nossa vivência sacerdotal, religiosa, a gente precisa reacender a chama do amor e da fé do povo”, comenta.
Confira a entrevista com o Frei Luiz Flávio Adami Loureiro.