Paz e Bem!
Celebrando o 24º Domingo do Tempo Comum, a fraternidade do Convento se reuniu na Capela para a Missa das 9h, um encontro já tradicional das manhãs de domingo pelas redes sociais do Convento da Penha. Os franciscanos que cuidam da Casa da Mãe, também partilham o Pão da Palavra e da Eucaristia diariamente com os fiéis, sobretudo aqueles que estão impossibilitados se saírem de casa e que ainda estão respeitando o isolamento social.
Frei Luiz Flávio Adami Loureiro, frade capixaba, presidiu a Celebração Eucarística que trouxe como tema o “perdão”, a partir dos ensinamentos do Evangelho e das Leituras. No texto do Evangelho, Jesus responde à pergunta de Pedro, sobre quantas vezes deveria perdoar: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.
Durante a homilia, Frei Luiz falou da dificuldade de perdoar alguém mas relacionando com a importância de viver bem, viver em comunhão e de perdoar. “Perdão é algo que as vezes custa muito, porque muitas vezes ficamos em situações de lembrar as mesmas coisas. A gente não se liberta, a gente não consegue visualizar o que é melhor. Todos nós deveríamos abrir nosso coração pois sabemos que o ser humano, por melhor que ele seja, ele é falho, como qualquer um. Por mais que queiramos ser bons, só Deus é bom”, falou o frade no início da reflexão.
“Nós às vezes ficamos naquele ‘ranço’ e isso vai nos destruindo… Um dos sacramentos que Jesus nos deu foi o sacramento da RECONCILIAÇÃO, chamado de sacramento da confissão. É justamente quando nós sabemos dos nossos pecados e sabemos dos pecados dos outros que nos deixou ressentidos. Se nós não soubermos perdoar aqueles que nos ofenderam, como fica o Pai Nosso que todos os dias nós rezamos nas nossas comunidades e na nossa vida?! Então perdemos aquilo que a própria oração nos impõe que é a oração do perdão”, explicou Frei Luiz Flávio.
O frade ainda refletiu a passagem bíblica em que o Senhor fala da parábola do rei que tem o coração generoso e olha com misericórdia para o seu devedor. Comentou também a violência crescente em nosso país. “Hoje estamos vendo que qualquer coisinha o cara tira o revólver e dá um tiro no outro… Estamos perdendo a humanidade, aquilo que é a essencial do ser humano. Se não houvesse o perdão, o que seria de nossas comunidades? O que seria de nossa sociedade? Como viveríamos? Pior que bicho! Porque os animais irracionais se respeitam e muitas vezes nós não nos respeitamos. Se nós somos imagem e semelhança de Deus, temos de ter atitude de Deus”, explica.
Por fim, Frei Luiz indicou algumas atitudes de perdão necessárias para todo bom cristão, destacando principalmente o perdão verdadeiro dado ao outro sem “jogar na cara o mal que ele fez”.
Veja a reflexão completa abaixo.