Paz e Bem.
Centenas de fiéis participaram da tradicional Missa campal, aos pés do Santuário de Nossa Senhora da Penha, na manhã do último domingo (16), o 11º do Tempo Comum. A celebração foi presidida pelo Frei Jeâ Paulo Andrade, do Serviço de Animação Vocacional da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Também estiveram presentes, quatro jovens vocacionados, que participaram ao longo do fim de semana, de um encontro vocacional no Convento da Penha.
Na homilia, Frei Jeâ destacou, as parábolas que Jesus disse no Evangelho (Marcos 4,26-34), onde o Senhor utiliza a imagem de uma “semente”. “Nós, que já vivemos num ambiente mais urbano, na cidade, não estamos tão acostumados com o plantio, com a colheita dos produtos da terra, mas Jesus tenta se aproximar daquela linguagem que os seus discípulos, que a comunidade daquele tempo pudesse compreender. Uma região onde o plantio era bastante comum, Jesus utiliza dessas parábolas da semente. Ele utiliza para falar da construção do Reino de Deus. Esse então é o conteúdo dessas parábolas e Jesus então utiliza a imagem da semente que é muito pequena, mas que, ao cair na Terra, ela vai fazer o processo de germinação e depois pode surgir frondosas, bonitas árvores, onde os pássaros do céu podem construir os seus ninhos, podem produzir a sombra tão boa para nos abrigarmos, também do Sol e o Reino de Deus se estabelece”, explicou Frei Jeâ.
Ainda no contexto da semente, Frei Jeâ continuou: “A imagem da semente nos faz lembrar que o Reino de Deus, começa como a semente simples, humilde, pequena, que cai na terra e que para germinar ela precisa encontrar um terreno fértil, um terreno bom. Isso quer dizer que para o Reino se estabelecer entre nós, precisa encontrar boa disposição. É preciso encontrar corações generosos que escutem essa palavra, por menor que seja, mas deixa brotar no coração e assim construirmos juntos no reino de paz, de amor, justiça, de misericórdia, de perdão entre nós. Talvez a gente tenha ainda a tentação de querer que o reino aconteça a partir da nossa vontade ou com a nossa velocidade, no nosso tempo e a gente sabe que para uma semente germinar e crescer, tem o tempo”, enfatizou.
Por fim, Frei Jeâ sugeriu a seguinte indagação: “qual o sentimento, que diante dessa Palavra, eu carrego comigo? Que sentimento eu tenho diante desses ensinamentos do Senhor? Será que estou contribuindo para fazer crescer o reino de Deus ou só esse que deixa a semente cair mais pisa, não dá atenção, não rega? Ou ajuda para que essa árvore do Reino de Deus possa crescer e ficar frondosa? Que a nossa vida seja sempre essa resposta ao Senhor, nós recebemos também a semente da fé pelo nosso batismo, recebemos esse compromisso e é esse compromisso que nos faz uma única e sua família. Somos um único povo de Deus”. concluiu.
Veja a reflexão completa abaixo:
Antes da bênção final, Frei Jeâ convidou os quatro vocacionados para que subissem ao presbitério e foram apresentados aos fiéis. “Temos encontro vocacional dos franciscanos aqui no Convento e também na Arquidiocese de Vitória. Nós sabemos que, para o Reino de Deus acontecer, é necessário que a gente se disponha a construir e as diferentes vocações na Igreja, na vida religiosa, a vida sacerdotal, aqueles que se casam, se unem também em matrimônio, aceitam a proposta de Deus, de fazer essa semente do Reino, brotar, crescer, multiplicar. Que mais pessoas escutem o chamado de Deus, deem o sim ao chamado da vida religiosa, matrimonial…”, disse.