Paz e Bem.
Iniciando o itinerário em preparação para o Natal do Senhor, em comunhão com toda a Igreja, o Convento da Penha celebrou o tempo de esperança, o 1º Domingo do Advento. A Missa das 9 horas, celebrada no Campinho, contou com a presença de muitos fiéis, especialmente as famílias da Pastoral Familiar das áreas Serra/Fundão e Vila Velha.
Na celebração, Frei Gabriel Dellandrea, Guardião, conduziu o momento do acendimento da primeira vela e bênção da Coroa do Advento. As velas marcam a espera, a preparação e a alegria pela chegada do Menino de Belém.
Na homilia, de maneira descontraída, Frei Gabriel saudou os flamenguistas e palmeirenses, depois da final da Copa Libertadores. Ele fez uma analogia do campeonato de futebol com o Advento. “É um tempo que vem para também nos libertar, para nos dar um novo impulso e no tempo do Advento não tem ‘quem vai perder e quem vai ganhar’, se nos abrirmos à graça de Deus, somos vencedores e colecionaremos a taça não de um campeonato, mas é da vitória da vida, porque encontraremos no Senhor o verdadeiro sentido da nossa existência… Realmente não estamos preparados para o tempo do Advento e é proposital isso. O Advento que nos prepara, é tempo que nos força a mudar a nossa direção, que nos obriga a pisar um pouco no freio e olharmos para o futuro com a esperança de que o menino Jesus irá nascer em nossos corações”, refletiu.
“Envolvidos na realidade dessa existência, somos expostos a tantas coisas e pode ser que um dia preparemos tudo para que chegue o tempo do advento… Aquele exame que estava marcado lá no SUS vai aparecer, aquela parede lá em casa vai mofar e sempre teremos algo a fazer e nunca teremos a nossa consciência livre totalmente para que possamos bem nos preparar para o tempo do Advento. Nós somos preparados pelo Advento, é por isso que ele existe, e aí uma vez eu fiz essa reflexão. A condição favorável para vivermos o Advento nunca será preparada por nós, será preparada por Deus, deveremos viver o advento mesmo com tantas coisas para fazer, ou então se já não temos tanta coisa a fazer, na condição de vida, de saúde, de realidade que estamos, o tempo não para, para que nós possamos nos preparar. É o Advento que preparará o nosso coração e é por isso que nós vivemos esse tempo, em que a palavra ‘vigilância’ aparece, ao mesmo tempo que estaremos abertos para que o Advento se transforme numa perspectiva real de vida para nós e transforme o nosso coração, nós também estaremos abertos à vigilância, como disse Jesus no evangelho”, explicou Frei Gabriel.
Por fim, o Guardião enfatizou que é momento de expectativa pelo Natal. “No calendário, Natal é 25 de dezembro, mas na nossa vida o Senhor pode nos visitar a qualquer instante, e assim como na gruta em Belém, pode nascer no nosso coração a qualquer momento, e isso não deve nos preocupar, porque ‘quem não deve, não teme’, não devemos ficar apavorados. ‘Meu Deus, o Senhor virá e agora, o que é que eu faço?’ Mas a nossa mudança de perspectiva deve ser a alegria. ‘Meu Deus, o Senhor virá. Que bom estou esperando por ele!’ E essa expectativa se transforma, é claro, também em ações, há quem aproveite o tempo do advento para começar a fazer a limpeza da casa, em cima do armário não precisa tirar o pó. Agora dentro do nosso coração é bom que tiremos o pó assim, porque é o Advento que vem para nos preparar, e vem também para limpar o nosso coração, e na segunda leitura nós ouvimos o convite de São Paulo aos Romanos, já é hora de despertar, sim temos muitas coisas para serem feitas e muitas aparecerão, mas despertemos. Há sinais externos para demonstrar os nossos interesses, mas internamente, além da camisa do Flamengo, da Pastoral Familiar, ou da cor litúrgica roxa, somos convidados a nos revestirmos de Cristo, e isso é o Natal. Ele vem e nasce em nosso coração, nos veste com uma nova forma de viver, e transforma a nossa vida”, finalizou.


































