Frei Djalmo: “Jesus é o pão do amor e da doação, Ele sacia nossa fome de vida”

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Paz e Bem.

A Solenidade de Corpus Christi foi celebrada nas paróquias da Arquidiocese de Vitória. Dois anos depois, os tradicionais tapetes efeitaram as ruas das cidades para as procissões. A festa litúrgica é a ocasião em que os fiéis manifestam publicamente a fé e a adoração à Santíssima Eucaristia. O pão e vinho, depois de consagrados se tornam o corpo e sangue de Jesus Cristo. É também a única vez que o Santíssimo Sacramento sai da Igreja e percorre as ruas. A festa acontece 60 dias após o domingo de Páscoa.

No Convento da Penha, principal monumento religioso capixaba, não houve confecção dos tapetes, mas a Missa das 15h, presidida pelo Frei Djalmo Fuck, contou com a participação de muitos fiéis. Em entrevista, o Guardião do Convento, afirmou que celebrar Corpus Christi é recordar o significado da razão da Igreja. “A Igreja tem esse dia para fazer memória de forma solene daquilo que significa a razão, a força, o sustento da Igreja, que é a Eucaristia. Nos reunimos em torno do altar para celebrar a Eucaristia, expressão da comunhão, da unidade e da partilha e, ao mesmo tempo, temos os tapetes de Corpus Christi. Muitas paróquias fazem os tapetes e querem ser expressão daquilo que deve ser nosso coração. Jesus passa pelos tapetes que preparamos, mas quer também passar no tapete que preparamos no nosso coração”, explicou.

A Missa foi celebrada em tons de solenidade, com “turíbulo e naveta” (objetos litúrgicos ministrados pelos seminaristas Rian e Marlon) e com a presença de todos da fraternidade local completa. Na homilia, Frei Djalmo fez uma contextualização histórica da celebração de Corpus Christi e a importância de recordar sempre a Sagrada Eucaristia. “Além da fome física que o homem e a mulher trazem dentro de si, há uma outra fome, uma fome que não pode ser satisfeita com o alimento normal, aquele alimento que preparamos lá em casa. Nós falamos aqui de fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. Jesus nos dá este alimento, mais do que isso, é Ele mesmo o Pão vivo que dá a vida ao mundo. Seu corpo é verdadeira comida, – sob as espécies do pão, seu sangue é verdadeiramente bebida, – sob as espécies do vinho. Não se trata apenas de um alimento do qual nós saciamos os nossos corpos. O Corpo de Cristo que hoje comemos e adoramos, é o Pão dos últimos tempos, é o pão capaz de dar vida eterna, porque este pão, – Jesus Eucarístico, tem um ingrediente especial: amor! Jesus é o pão do amor, é o pão da doação, é o pão da Eucaristia”, afirmou.

Frei Djalmo também alertou sobre os “alimentos a nossa volta que não são do Senhor, mas sim do mal”, e precisamos nos afastar deles. “Percebemos que há tantas ofertas de alimentos que não são do Senhor e que aparentemente satisfazem mais. Alguns de nós, quem sabe, podemos ser nutridos pelo dinheiro, outros com o sucesso, pela vaidade… Outros com o poder e o orgulho, mas a comida que nos alimenta e que realmente nos satisfaz é apenas aquela que o Senhor dá. O alimento que o Senhor nos oferece é diferente dos outros alimentos e talvez ele não pareça tão saboroso como os alimentos que estamos acostumados a comer e que o mundo nos oferece… Hoje Deus nos dá um alimento que nos permite sermos livres, cada um de nós! Cada um de nós é convidado a se perguntar: e eu, onde gostaria de comer? Em qual mesa eu quero me alimentar? Na mesa do Senhor ou sonho em comer alimentos saborosos, mas na mesa da escravidão, na mesa do pecado?”, questionou o Guardião.

Por fim, ele lembrou o que Jesus disse aos discípulos na última Ceia, pedindo que saibamos entender o que o Mestre ensina, ao termos cuidado com o “pão falso, pão que ilude, esse pão é fruto da autossuficiência, do pecado”.

Depois da comunhão, os freis fizeram um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento e Frei Djalmo abençoou os fiéis com o Santíssimo Sacramento.

Confira a reportagem abaixo:

 


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