Paz e Bem.
Neste 22º Domingo do Tempo Comum (31), mesmo com a instabilidade do tempo, muitos fiéis participaram da Missa das 9 horas, presidida pelo Frei Claudino Dal’Mago. As famílias se encontraram desde às 8 horas e subiram meditando os mistérios do terço, conduzido pela Pastoral Familiar.
A celebração também encerrou o mês de oração pelas vocações, rezando pela vocação que anuncia o Evangelho de Jesus Cristo, evangeliza à luz da fé católica e leva no coração o chamado de Deus: a vocação dos catequistas!
“Irmãos e irmãs, o nosso destino é a festa, é o banquete, um dia em definitivo. E lá o Senhor nos acolhe, e Ele vem colher de nós, então, os bons frutos. Aos que se acham mais importantes, então, lá naquela ocasião, naquele espaço, naquele ambiente, aqueles que se colocam, talvez que se preocupam em estar lá na frente, nos primeiros lugares lá da festa, nosso Senhor não vê isso com muito bons olhos. Aos que se aproximam Dele, o Senhor, o dono da casa, os acolhe. Ele lhes dá o lugar e os convida, e convida cada um. Irmão, irmão, podemos dizer assim, vem para a frente, vem para cima, isto é, com as obras, com a prática do bem, na nossa humildade, na nossa simplicidade”, disse Frei Claudino durante a reflexão.
Sobre a primeira leitura, o frade contextualizou: “É preciso simplesmente fazer o bem. Fazendo o bem perseverantes nesta ação, nós, com certeza, vamos tendo a benevolência do dono da festa, dono, patrão, o dono que nos convidou, que nos convida para a festa. A festa, então, também já especializamos, definimos, digamos, a festa da própria Eucaristia. Na medida em que fores grandes, então, aqui nos lembra uma palavra, uma passagem da primeira leitura que nós ouvimos do livro Eclesiástico. Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade. E, com certeza, os altaneiros, aqueles ilustres, no entanto, aos olhos de Deus, eles devem se lembrar que maior ainda é aquele que pode recompensar por todo o bem feito. Deus revela os seus mistérios aos pequeninos. Então, aqui, os maiores, os menores. Quem são os maiores? Quem são os menores? Maior é todo aquele que se faz pequeno. Por que são os pequenos? É aquele que se humilha que é exaltado, é elevado. E aquele que se eleva será humilhado. Aqui já podemos apontar nas entrelinhas o próprio Cristo. Ele se humilhou, se fez um de nós, igual a nós, exceto no pecado. Ele se humilhou até a morte, morte de cruz. Foi elevado. Ele foi o grande servo que se humilhou para doar a sua vida, para mostrar que a sua vida é uma entrega em benefício de todos. E a carta, então, aos hebreus, que também ressoa dentro de nosso coração. Vós vos aproximastes de Jesus, o mediador da nova aliança”, explicou.
“Deus se aproxima primeiro. Ele se aproxima de todos, mas Ele é sempre o primeiro a se aproximar. Ele se aproxima, então, como nós ouvimos, de todos, indistintamente. E parece assim, então, de modo especial, Ele se aproxima dos pobres, dos humildes. E os soberbos, Ele os vê de longe. Irmãos e irmãs, quem pratica o bem, quem faz, entrega a sua vida, dedica a sua vida em nome do Senhor, já vai inscrevendo o seu nome no céu. Os nossos nomes vão sendo inscritos, porque o bem que fazemos, o bem que praticamos, não se perde. Vai sendo, por assim dizer, acumulado para o Senhor nos dar a recompensa. Não porque nós, em primeiríssimo lugar, mereçamos, mas porque Deus é extremamente bondoso, generoso. Ele recolhe e colhe todo o bem feito, por menor que seja. Até mesmo um copinho d’água dado com amor não ficará sem recompensa. Mas então, Jesus, agora na parábola, Ele está ali na casa de um dos chefes, dos fariseus. Eles observavam, mas Jesus também observava o comportamento, ou Ele notou, entre os convidados, aqueles que assim que iam chegando lá para a festa, festa de casamento, eles ocupavam, se preocupavam em procurar, em sentar-se nos primeiros lugares. O dono da casa, para dizer simplesmente, aquele que lá estava, lá no fundo, aquele que entrou talvez até por último, mas que esteve lá ocupando o último lugar, então Ele ouvia a palavra, amigo, vem mais para cima. Então, vir mais para cima, é o Senhor que concede, para perto dele, para perto da sua palavra, amigo, vem mais para cima. Então, essa expressão, mais para cima, não é, sim, em primeiro lugar, por merecimento nosso, como dissemos, mas por atenção e generosidade do dono da casa, que exalta os humildes. Quem humilha, quem se humilha, será exaltado, quem se exalta, será humilhado. Quem se humilhou por primeiro, o próprio Filho de Deus. Ele assumiu, como lembramos, a forma humana, Ele se fez pobre, se fez humilde, Ele que passou pela morte, pelo sofrimento, pela morte, esvaziou-se de si mesmo, Ele foi exaltado. Aqui, então, o próprio Senhor Jesus, que nós lembramos, que passou pela morte, passou pelo sofrimento, pela morte, ressuscitou, foi elevado. A grande recompensa, sim, Ele é Deus, Ele é o Filho de Deus, mas nos mostra qual seja a nossa feliz sorte também”, enfatizou Frei Claudino.
Por fim, o frade explicou sobre a recompensa que os cristãos devem se esforçar para alcançar. “A recompensa, irmãos e irmãs, não está a nível material, não está simplesmente a nível horizontal. A recompensa maior cabe somente a Deus. Então, por isso que nosso Senhor fala, vem para mais perto, como se Ele dissesse para cima, vem para mais perto de mim, porque a recompensa sou eu que vou concedê-la. Então, as recompensas, sim, os benefícios humanos, os benefícios materiais, os benefícios físicos, são bem-vindos, mas a recompensa, a vida para dentro da eternidade, pelo bem que fazemos, por mais humilde que seja a nossa posição, a nossa atitude, o bem, a recompensa que o Senhor nos dá, é porque Ele é infinitamente bom, generoso, nos dá a recompensa eterna, um dia em definitivo, mas Ele pede que assim nós cultivemos. Então, como Ele nos indica a recompensa que Ele nos concede. Aí, sim, compreendendo e assimilando essa verdade, nós podemos ouvir do Senhor, feliz, feliz és tu, porque receberás a recompensa na ressurreição. A nossa vida, o banquete vai acontecendo, a nossa vida é o banquete, para dentro dessa caminhada nós estamos, estamos dentro dela. Então, irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor, que Ele, na nossa caminhada, na prática do bem que nós, diariamente, nos empenhamos, ao qual nós nos empenhamos, lembremo-nos que o Senhor está atento a toda a nossa boa ação. Como dissemos, a recompensa é todo o bem que nós fazemos, e a recompensa, um dia, em definitivo, com certeza, o Senhor nos a concede, porque nós aceitamos o convite, irmão, irmã, sempre mais para cima”, finalizou.































