Na celebração em honra ao primeiro santo brasileiro, o Guardião do Convento destacou a criatividade, a fé e o espírito polivalente do povo brasileiro, ligando essas virtudes à missão evangelizadora do Convento.
Paz e Bem.
Na tarde do último sábado (25), o Convento da Penha viveu um momento histórico de profunda alegria. Durante a Festa de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro, Frei Gabriel Dellandrea apresentou aos fiéis e peregrinos a nova identidade visual do Santuário de Nossa Senhora da Penha, marcando a união entre tradição, fé e renovação na comunicação do Convento.
A Missa contou com a presença do Frei Felipe Carretta, recém-ordenado; do Padre Alci, da Diocese de Campos, e de grupos de fiéis peregrinos. Frei Gabriel também recordou os lugares franciscanos ligados a Frei Galvão – como o Mosteiro da Luz e o Santuário de Guaratinguetá, destacando o sentimento de comunhão entre as fraternidades da Província Franciscana da Imaculada Conceição.
Inspirado na vida e na santidade do primeiro santo brasileiro, Frei Gabriel refletiu sobre o “ser brasileiro” como expressão de criatividade, alegria e resistência. A partir da imagem de um trabalhador “polivalente”, o frade comparou o povo brasileiro ao próprio Frei Galvão – “um santo que sabia fazer de tudo: construtor, confessor, pregador e devoto de Maria… Povo brasileiro que somos, ardemos e, por isso, somos polivalentes. Sabemos fazer muita coisa. E assim, hoje, como povo brasileiro, nos ardemos de alegria, porque celebramos a memória do primeiro santo brasileiro. Como bom brasileiro que foi Frei Galvão, ele sabia fazer muitas coisas. Também não desistiu, porque aí sua história não foi fácil. Quando desejou ser religioso, encontrou muitos desafios. Inclusive, teve que quase desistir do seu sonho. Mas o seu pai, um terceiro franciscano, o incentivou a permanecer firme no seu desejo à vida religiosa. E, por isso, ele venceu os desafios da vida. E não podia ser diferente. É brasileiro. E brasileiro não desiste nunca. E Frei Galvão não desistiu e, por isso, viveu o caminho da vida religiosa e à santidade. Assim como ouvimos na primeira leitura, com a humildade de quem se deixa trabalhar por Deus e exposto totalmente à vontade do Senhor, se fez humilde”, disse..
O Guardião recordou ainda que o santo franciscano não desistiu diante das dificuldades, vivendo com humildade e entrega total à vontade de Deus, sendo instrumento de paz e bem. “Frei Galvão viveu a humildade de quem se deixou trabalhar por Deus, foi instrumento de Deus. E ao final de sua vida, depois de uma entrega total, ele se entregou ao mestre e partiu, voou para o alto. E hoje repousa entre os santos e santas da igreja e o primeiro do Brasil. E assim, ouvindo a voz do Cristo, que hoje ouvimos no Evangelho, vinde para o descanso. Ele hoje descansa na certeza da esperança da ressurreição. Ele descansa porque, como todo bom brasileiro, no domingo a gente também gosta de assistir um Fla-Flu, descansar um pouquinho. Como bom brasileiro que é, também sabe cantar com o coro dos anjos, porque aqui, brasileiro que foi, cantou as alegrias de Deus, mas também, como bom brasileiro, cantava para espantar a tristeza. Como bom brasileiro que é, deve estar no banquete do reino dos céus e comendo um pouquinho de tudo, mas não tudo, porque é assim que aprendemos como brasileiros. Ele faz a festa lá no céu, porque contempla Deus face a face. E nós, brasileiros que somos polivalentes, que a vida nos exige ser, criativos e ardorosos, também queremos alcançar a graça da festa do céu. Mas ainda presos a esta terra, nós não ficamos aqui desamparados. A palavra do Senhor é o nosso estímulo e o primeiro brasileiro no altar é o nosso modelo. Que tenhamos a ousadia, a alegria, a obediência de Frei Galvão, que se colocou à disposição da missão do Senhor. E que sejamos também polivalentes. Polivalentes no amor, na misericórdia, na alegria, na compreensão, na busca pela justiça, na santidade, na busca pela paz. E parece ser muita coisa, não é verdade? Mas nós somos brasileiros e sabemos fazer um pouquinho de tudo”, disse Frei Gabriel.
Ainda na reflexão, encerrou com uma oração de Frei Galvão. “Na minha aflição, dai-me consolação, meu Santo Frei Galvão. Na minha aflição, dai-me consolação, meu Santo Frei Galvão!”
Após a Oração depois da Comunhão, Frei Gabriel fez a apresentação da nova identidade visual. A nova logo, nas palavras do Reitor do Santuário, representa tradição, fé e futuro
A silhueta do Santuário representa o topo da montanha e o abrigo de Nossa Senhora; a cruz remete à missão evangelizadora; as janelas simbolizam a visão do céu a partir da terra; as palmeiras evocam a natureza e a história do lugar; e a pedra marrom recorda o carisma franciscano e a solidez da fé.
“O Convento da Penha é casa sobre a rocha, refúgio de fé e abrigo de esperança. Nossa nova logo expressa isso: tradição e abertura ao futuro, sempre com o toque amoroso de Maria. A nova marca busca refletir a essência franciscana do Convento e fortalecer sua missão de comunicar o Evangelho com leveza, beleza e autenticidade, unindo arte, fé e acolhida”, explicou Frei Gabriel.
A celebração terminou com o “Virgem da Penha, Minha Alegria”. Frei Gabriel convidou os fiéis a viverem com a mesma criatividade e esperança de Frei Galvão, sendo também “polivalentes no amor, na alegria, na busca da paz e da justiça”.
 
				 
								 
											






























 
								 
								 
								 
								 
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