Paz e Bem!
A Solenidade de Pentecostes marca o início da caminhada cristã no anúncio do Reino de Deus. Cristo Ressuscitado, cinquenta dias depois, foi de volta ao Pai mas nos enviou o Espírito Paráclito, Consolador, Santo. O Espírito que soprou sobre os discípulos e sobre Maria Santíssima, reunidos no cenáculo, é a promessa de Jesus cumprida na nossa humanidade. Ainda hoje, o mesmo espírito que Ele nos garantiu como unidade de fé, vem até nós em amor e bondade. Celebrar o Divino Espírito Santo é celebrar os dons diversos que o Senhor nos dá.
No Estado do Espírito Santo, celebrar Pentecostes é recordar com vigor o início da colonização, dos povos, dos primeiros habitantes. Aos pés do morro da Penha, em 23 de maio de 1535, festa do Divino Espírito Santo, abarcaram os portugueses para colonizar terras. Por ser uma data tão importante para toda a Igreja, chamaram inicialmente de “Vila do Espírito Santo”, tempos mais tarde, o estado ficou com o nome de Espírito Santo; a nova “ilha” colonizada depois, de “Ilha de Santo Antônio” (hoje, Vitória) e a antiga vila (onde primeiro eles chegaram) passou a ser a “Vila Velha”.
O Convento da Penha faz parte da fundamental história do Espírito Santo. Marcado na identidade do povo capixaba, o Santuário foi idealizado por Frei Pedro Palácios em 1558, até então só havia a Igrejinha dedicada à Nossa Senhora do Rosário na Prainha. As histórias se misturam e hoje em dia é impossível falar da história do estado (e até mesmo do Brasil) sem citar os principais (e históricos) monumentos de fé do povo. Vila Velha é a terceira mais antiga cidade do Brasil.
Diante desses motivos tão expressivos e importantes, a fraternidade franciscana do Convento da Penha realizou um momento de graça e que mais uma vez entrou para a história. O povo “Canela-Verde” (como são chamados os habitantes da cidade de Vila Velha) recebeu a Bênção do Santíssimo Sacramento. Ao final da Missa, os frades conduziram o Ostensório com a Hóstia Consagrada do altar até o mirante do lado de fora da Capela. Frei Alessandro Dias do Nascimento presidiu a Celebração e concedeu a Bênção com o Santíssimo.
Veja o momento em que o Frei abençoa o povo com o Santíssimo.
Durante a homilia na Missa, Frei Alessandro iniciou dizendo que Pentecostes é o ‘aniversário da Igreja’. “É o aniversário da Igreja no sentido em que Pentecostes, é um período em que está se encerrando o tempo pascal mas mostra a vinda do Espírito Santo sobre toda a Igreja e sobre todos nós. Vimos a presença de Nossa Senhora no Natal de Jesus, nos apresenta Maria como a Mãe de Jesus. Pentecostes, Maria também está presente e Deus nos apresenta ela como Mãe da Igreja, Mãe de todos nós… A festa de hoje já acontecia na época do povo judeu. Eram três festas muito importantes: a páscoa, depois de 50 dias a festa das tendas e pentecostes. Hoje é dia também das comunidades eclesiais de base, muitas vezes são essas pequenas comunidades onde ali se vê a presença de pessoas de bem, pessoas que cultivam uma fé profunda, uma fé vivencial, arraigada na realidade. As pequenas comunidades eclesiais de base sustentam a vida da Igreja, vão espalhando o Evangelho”, disse o frei.
Sobre o Evangelho, Frei Alessandro comentou sobre o sopro de Jesus ao nos enviar em missão. “Jesus no Evangelho, ouvimos o apelo e o sopro que faz sobre nós, sopra sobre nós o espírito santo: ‘recebei o Espírito Santo’ e nos envia em missão, ‘como o Pai me enviou assim também eu vos envio’. Os apóstolos vão testemunhar a sua fé em Jesus, mas isso é só mediante a ação do Espírito Santo. O que é acolher o Espírito Santo? Muitas vezes em nossa vida o que causa os conflitos em nós, é o pecado do orgulho”, refletiu.
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