Moacir Beggo
Vila Velha (ES) – Numa manhã nublada, com clima agradável, fiéis e peregrinos se reuniram, às 8 horas, no portão principal do Morro da Penha para vivenciar a primeira celebração desta de Sexta-Feira Santa (29/3) no Convento da Penha, em Vila Velha (ES): a Via-sacra.
O guardião do Convento, Frei Valdecir Schwambach, presidiu a celebração no trajeto de 1.200 metros de caminhada pelo percurso feito pelos carros, já que pela Ladeira da Penitência, muito mais íngreme, não comportaria tanta gente. No início, Frei Valdecir destacou que naquele momento não estavam apenas celebrando um passado na história: “Ao fazer o caminho de Jesus através estações da via-sacra, estamos celebrando a vida de cada um de nós. Por isso, é um momento especial de reflexão. É um momento para colocarmos a nossa vida em sintonia com aquilo que Jesus viveu, através daquilo que Jesus abraçou na sua vida e viveu até às últimas consequências”, disse.
“Interessante também que nós nos vejamos neste caminho que Jesus fez”, frisou Frei Valdecir. “Dessa forma, nossa via-sacra será vivencial. Neste momento queremos rezar por todas as pessoas que também estão precisando de nossas orações. Por todas as pessoas que têm algum tipo de sofrimento, seja ele corporal ou da alma, por todas as pessoas que enfrentam dificuldades em nossos relacionamentos”, acrescentou o guardião do Convento.
Frei Valdecir não esqueceu de pedir orações para os jovens, que neste ano são lembrados na Campanha da Fraternidade, como convoca a Igreja do Brasil. “Vamos rezar pelos jovens, especialmente por aqueles que estão no mundo das drogas, dos vícios, por todos aqueles que estão afastados dos valores bons de nossa vida”.
Para a grande maioria de peregrinos, que vêm de todos os cantos do país, subir o morro a pé é uma forma de penitência, de pagar promessas e agradecer a Nossa Senhora pelas graças alcançadas. O que se viu no percurso da via-sacra não foi diferente. As pessoas rezavam com devoção, fé e emoção a cada narrativa das estações da via-sacra.
Hoje no Convento, além da Via-sacra haverá a Adoração da Cruz, às 15 horas, uma vez que não é celebrada a Santa Missa. Com a instituição da Santa Ceia na tarde da quinta-feira, a liturgia não voltará a celebrar a Eucaristia até a noite pascal. Assim, a liturgia desta sexta-feira evoca a morte de Jesus, que não deixa de estar em íntima união com a missa de Quinta-feira Santa, já que o pão consagrado ontem é consumido hoje.
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