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13/10/2025

Do chamado à missão: Frei Felipe celebra a Primeira Missa e recebe a cruz do sacerdócio

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Paz e Bem.

Encerrando a homilia da Primeira Missa de Frei Felipe Medeiros Carretta, o pregador, Frei Clarêncio Neotti, presenteou o neo-presbítero com um símbolo profundamente pessoal: uma cruz que o acompanha desde a sua Primeira Missa, celebrada em 8 de janeiro de 1961. “Felipe, é a cruz que o pregador da minha Primeira Missa me deu. Ela me acompanhou até agora, ajudando-me a superar fragilidades, a perdoar e a ser perdoado, a evangelizar com alegria. Estando eu a terminar o bom combate, passo esta cruz aos seus cuidados, para que nunca se esqueça de completar a obra de Cristo crucificado na sua vida, na sua vida sacerdotal e na sua vida franciscana”.

Com este espírito, na manhã do dia 12 de outubro de 2025, às 11h, Frei Felipe presidiu sua Primeira Missa no Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES). A celebração, que coincidiu com a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, foi marcada pela alegria e pela gratidão da comunidade reunida. Ordenado presbítero no sábado (11/10), Frei Felipe celebrou com serenidade e profunda devoção, tendo ao seu lado os concelebrantes Frei Vanderlei Neves, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, e Frei Augusto Luiz Gabriel.

“Nós nos reunimos aqui no Santuário Divino Espírito Santo, para com muita alegria, neste domingo, dia do Senhor, celebrarmos também a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Para que possamos entrar em clima de oração, vamos juntos entoar um canto muito conhecido desta solenidade, desta devoção: Santa Mãe Maria, nesta travessia, cubra-nos com teu manto cor de anil. Guarda a nossa vida, Mãe Aparecida, Santa Padroeira do Brasil”, introduziu Frei Gabriel Dellandrea, no comentário inicial.

Antes da homilia, o guardião e reitor do Convento da Penha que também faz parte da da equipe provincial do Serviço de Animação Vocacional (SAV), explicou aos fiéis uma tradição entre os frades: “Existe um costume de que o presbítero recém-ordenado, em sua primeira missa, convide outro irmão presbítero para fazer a homilia. Frei Felipe escolheu Frei Clarêncio Neotti, que trabalha nesta paróquia, pelo carinho que tem por este irmão. Então, Frei Clarêncio fará a homilia da primeira missa de Frei Felipe.

“Completai em mim a obra começada”

Com 91 anos de vida e mais de seis décadas de sacerdócio, Frei Clarêncio Neotti emocionou a assembleia com uma homilia que entrelaçou a história vocacional de Frei Felipe à própria experiência do seguimento de Cristo.

“Minhas irmãs e meus irmãos, Dona Kátia, que desde ontem é mãe dos frades, também meus confrades concelebrantes e caro Frei Felipe, ontem, nós tivemos a certeza, a certeza da repetição de um fato contado pelo evangelista João. Um dia, depois de convidar o próprio João e os irmãos Simão e André, Jesus encontrou Felipe e disse: ‘Segue-me’. E Felipe aceitou o convite. Ontem, tivemos a certeza de que, neste mesmo santuário, Jesus o chamou, Frei Felipe, e você o seguiu”.

Em tom poético e com a força de quem fala da experiência, Frei Clarêncio recordou o chamado do jovem frade, ligando-o à trajetória de perseverança e fé: “Você quebrou pedras, subiu ladeiras, engoliu amarguras para que esse momento acontecesse. Em momento nenhum Jesus prometeu facilidades aos apóstolos, mas pediu coragem para carregar a cruz, pediu fé e superação dos medos. Hoje, cheio de alegria, você celebra a primeira missa solene. Hoje, Dona Kátia, sua mãe, e Camila, sua irmã, estão cheias de alegria. Hoje, seu pai, Luís Carlos, cercado de anjos e santos, rejubila-se no paraíso”.

A homilia seguiu como um verdadeiro testamento espiritual, relacionando o lema de ordenação de Frei Felipe, “Completai em mim a obra começada” (Sl 137,8), ao carisma franciscano: “E você, Felipe, feito bom ladrão, roubou de São Francisco o verso do Salmo 137: Completai em mim a obra começada. Que obra começada! O sacerdócio, o dom sagrado de fazer, às vezes, do Cristo. Você não pediu a realização pessoal, nem o ruído dos aplausos, nem vida longa. Você pediu para completar a obra da crucificação de Jesus. Você foi ousado no pedido, ouse também na coragem, ouse em permanecer no abraço do Cristo crucificado”, indicou o pregador.

Com voz firme, Frei Clarêncio partilhou conselhos profundos: “O trabalho sacerdotal é um trabalho embebido de fé, e a fé se alimenta do amor e da oração. Faltando o amor e a oração, o trabalho sacerdotal vira profissão, gera cansaço e cedo pode se anular. O Calvário e o Alverne, sem amor e sem oração, se tornam palco de vaidade”, ensinou.

“Um pregador deve sempre se fazer ouvir mais por seus atos do que por suas palavras, mais pelas pegadas que deixa no caminho do que por indicar com palavras por onde e para onde os ouvintes devem caminhar”, recordou, citando o Papa São Gregório Magno.

Encerrando sua homilia, Frei Clarêncio selou o momento com um gesto simbólico e comovente: entregou a Frei Felipe a cruz que o acompanhou desde sua Primeira Missa, em 8 de janeiro de 1961, como sinal de fé, fraternidade e continuidade na vocação franciscana.

“Felipe, é a cruz que o pregador da minha primeira missa me deu. Ela me acompanhou até agora, me ajudou a superar fragilidades, a perdoar e ser perdoado, a evangelizar com alegria. Estando eu a terminar o bom combate, passo esta cruz a seus cuidados, para que nunca esqueça de completar a obra de Cristo crucificado na sua vida, na sua vida sacerdotal, na sua vida franciscana”.

No altar de Maria, Frei Felipe celebra sua Primeira Missa e reafirma seu chamado franciscano

A Santa Missa teve continuidade com a profissão de fé, preces e liturgia eucarística. Antes da bênção final, visivelmente emocionado, Frei Felipe dirigiu palavras de gratidão:

“Mais uma vez, gostaria de externar os meus agradecimentos a toda nossa Paróquia Nossa Senhora do Rosário, com todas as suas dez comunidades, que muito bem nos ajudaram a preparar estas celebrações desde a semana missionária. Ontem, ordenação. Hoje, a primeira missa. Agradeço também à fraternidade da Penha por começarmos juntos o serviço missionário lá no Convento da Penha. Que Deus vos abençoe a todos. E mais uma vez, obrigado, Frei Clarêncio, pelas sábias palavras. Guardarei no coração”.

Em seguida, Frei Felipe concedeu a bênção da Solenidade de Nossa Senhora Aparecida: “O Deus de bondade, que pelo Filho da Virgem Maria salvou o gênero humano, vos enriqueça com a Sua bênção”. Com a imagem de Nossa Senhora Aparecida erguida nas mãos, o novo presbítero abençoou os fiéis e encerrou a celebração ao som do cântico: “Viva a Mãe de Deus e Nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”

E assim, a comunidade do Santuário do Divino Espírito Santo despediu-se com o coração repleto de alegria e fé, contemplando o início do ministério sacerdotal de Frei Felipe Medeiros Carretta, marcado pela entrega, pela cruz e pela esperança franciscana.

Texto: Frei Augusto Luiz Gabriel | Fotos: Amarildo Moulin


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