Paz e Bem!
A dois meses da principal mobilização social do Dia 7 de setembro, entidades e movimentos populares do Brasil promovem ações em vista da divulgação e preparação para o Grito dos Excluídos. Neste dia 7 de julho, eventos e iniciativas nas redes sociais marcam o primeiro Dia D do Grito.
Nos encontros da coordenação nacional do Grito dos Excluídos, surgiu a proposta da criação de um Dia D do Grito, a ser realizado nos dias 7 de cada mês, antes e depois do 7 de Setembro. De acordo com os organizadores, a ideia, entre outras que possam surgir a partir de cada realidade local, é produzir materiais de comunicação para divulgar e subsidiar os debates em torno do tema, lema, objetivos e eixos do 26º Grito.
“Em tempos de pandemia, os gritos ecoam ainda mais fortes, diante do sofrimento que a doença e o descaso dos governos, sobretudo o federal, impõem a milhares de pessoas que perderam e perderão sua vida, ou familiares, amigos e conhecidos. A Covid-19 escancarou o abandono a que a saúde pública já vinha sendo submetida pelo não cumprimento do que está previsto na Constituição Federal de 1988, o desmonte gradativo do SUS e as reformas neoliberais que visaram a retirada de direitos sociais“, afirma a coordenação nacional do Grito.
No ano passado, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reforçou o apoio às mobilizações reforçando que, mesmo dando destaque ao dia 07 de setembro, o Grito dos/as Excluídos/as não quer se limitar a esta data.
“Vai muito além. Envolve o antes, o durante e o depois. Em preparação ao evento são promovidas rodas de conversa, seminários, fóruns temáticos envolvendo entidades, instituições, movimentos e organizações da sociedade civil fortalecendo as legítimas reivindicações sociais e reforçando a presença solidária da Igreja junto aos mais vulneráveis, sintonizando-a aos seus anseios e possibilitando a construção de uma sociedade mais justa e solidária“.