Coroa Franciscana das Alegrias de Maria: toda terça um momento especial de devoção

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Paz e Bem.

Na noite desta terça-feira (24), as redes sociais do Convento da Penha apresentaram mais uma edição do encontro semanal com a meditação do Santo Terço. Trata-se do Rosário Franciscano, onde são meditadas as Sete Alegrias de Nossa Senhora. Os fiéis foram levados a meditar os sete momentos em que o coração da Virgem Santíssima se encheu da mais perfeita alegria. O “Terço das Famílias” é uma ocasião propícia para reunir a família ao redor da mesa, diante da TV ou mesmo com o celular na mão, para a devoção franciscana.

O momento celebrativo foi apresentado pelo Frei Jorge Lázaro, com cantos na voz do Frei Paulo César e do Frei Vinícius de Oliveira Betim, frade estudante que está no Ano Missionário em Colatina-ES. O terço também contou com a presença dos primos do Frei Jorge, Edvaldo Santos e esposa Bruna, que residem em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

“Maria, mil vezes Maria! Nos lábios, no coração! Maria, eu quero chamar-te nas horas de aflição. Maria, teu lindo nome é todo encanto e luz, quando te chamo, Maria, tu logo chama Jesus”, foi cantando esta bela oração, que Frei Paulo César Ferreira e Frei Vinícius abriram a transmissão acompanhada por centenas de fiéis de várias partes do Brasil.

Nos intervalos de cada alegria de Nossa Senhora, Frei Jorge apresentou as intenções dos devotos, as preces que os visitantes apresentam e também uma breve explicação das alegrias. “Também queremos recordar que a Palavra de Deus nos alimenta, nos dá força, nos dá coragem para seguir nossa vida de missão e evangelização”, iniciou o frade.

Rezar o Terço é uma das mais singelas formas de chegar ao coração de Deus. Por meio da repetição das Ave Marias, os fiéis elevam a prece sincera que brota do coração. Não é apenas uma oração repetitiva, pelo contrário, ela faz seus devotos meditarem desde o Anúncio do anjo à Maria, até a morte e ressurreição de Jesus. A família reunida é um verdadeiro dom de Deus, uma graça. Rezar em família reforça a responsabilidade de ser no mundo, sal e luz.

O Rosário Franciscano é uma devoção franciscana iniciada em 1442, no tempo de São Bernardino de Sena, quando se difundiu a notícia de uma aparição de Maria a um noviço franciscano. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. A primeira alegria, “A Anunciação do Anjo”. “Com o anuncio do Anjo a Maria, algo novo começa a acontecer. Deus voltou o seu olhar a Maria. Viu nela a mãe do seu Filho. A mãe daquele que nos traria a Salvação. Maria, mulher cheia de graça, mulher corajosa, mulher de fé, porque depositou toda a sua confiança em Deus. Obrigado Maria pelo seu sim. Que possamos seguir o seu exemplo e a cada momento que Deus vem ao nosso encontro possamos dizer também o nosso sim com a mesma confiança de Maria”, refletiu Frei Jorge.

Depois “A Visita de Maria a sua prima Isabel”. “O sim de Maria nos trouxe Jesus. Jesus se faz carne da nossa carne. Oh quão grandioso mistério da nossa fé! Deus se faz homem. Quer passar pela nossa condição humana sem deixar de ser Deus. Que este gesto de amor de Deus por nós nos leve ao profundo amor por Ele e que, convertidos, transformemos a nossa natureza humana em divindade”.

A terceira alegria é o Natal, ou seja, “O Nascimento de Jesus”. “Maria não se fecha em si mesmo porque foi a escolhida de Deus, esperando ser servida. Pelo contrário, sabe que Deus a chama para servir e não ser servida. Aí está a grandeza de Maria, se preocupa com os demais. Por isso vai apressadamente ao encontro de sua prima Isabel para cuida-la. Que, a exemplo de Maria, encontremos no irmão e na irmã a possibilidade de servi-lhes colocando em pratica o amor que Deus há derramado em nós”.

A quarta alegria tem relação com o Nascimento do Senhor, é “A Adoração dos Reis Magos”. “O Nascimento de Jesus não poderia ficar escondido. Dentro de quatro paredes. Ele veio para ser conhecido por todos. Os reis magos sabendo do nascimento de Jesus se apressam para levar-lhe presentes. Um gesto de gratidão àquele esperado por todos.  Que no cotidiano de nossa vida sejamos generosos com aqueles que menos esperam de nós. Que nossos pequenos gestos ajudem a reconhecer nos pequenos a presença de Jesus”, recordou.

A quinta alegria medita “O Encontro do Menino Jesus no Templo”. “Querer conhecer os ensinamentos de Deus é sinal de humildade. Padre Zezinho tem uma canção que diz assim, “eu sei que da verdade eu não sou dono. Eu sei que não sei tudo sobre Deus, às vezes quem duvida e faz pergunta é mais honesto do que eu…”. Jesus se encontrava no meio dos teólogos da época para discutir com eles sobre Deus. Que tenhamos a humildade para não nos acharmos conhecedores dos ensinamentos de Deus fechando-nos, assim, ao nosso conhecimento e não à verdade revelada por Ele”, comentou.

Na sequência, “Maria vê a Jesus Ressuscitado” e por fim, a sétima alegria, “A Assunção de Maria e sua Coroação no Céu”. “Nascemos para a luz e não para as trevas. A ressureição de Jesus nos dá esta certeza. Qual não foi alegria de Maria depois de passar pelo sofrimento da morte de Jesus, encontrá-lo vivo! Mais ainda, saber que, com a ressurreição de Jesus, todos, partir da fé, também nós ressuscitaremos. O sofrimento de Jesus, o sofrimento de Maria, sua mãe, não foi em vão. Que o nosso sofrimento não seja em vão, que seja fundamentado na Palavra de Jesus. Pois Ele diz: na casa do meu Pai há muitas moradas. Viver eternamente na presença de Deus. Não pode haver alegria maior. Sem saber como será temos a garantia do amor do Pai que nos ama já aqui na terra e quer que todos se salvem. Maria não foi somente salva, mas participa em plenitude, de corpo e alma, deste amor, sendo reconhecida por Deus por tudo o que viveu. Pois ela foi coerente com a sua fé. Por isto foi coroada no céu como rainha dos anjos e santos.  Que nunca percamos a fé de Maria que depositou toda a sua confiança em Deus e sejamos reconhecidos por Ele como seus discípulos, quando buscando fazer a Sua vontade e não a nossa”, explicou Frei Jorge Lázaro.


Confira a oração na íntegra abaixo:

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