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14/10/2025

Convento recebe a visita de Dom Beto Breis: uma peregrinação para revigorar o dom da fé

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Paz e Bem.

Com satisfação e alegria o Convento da Penha acolheu na manhã desta terça-feira (14), a visita do Arcebispo da Arquidiocese de Maceió (AL), Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM e do Reitor do Seminário São João XXIII – Propedêutico, Padre Leandro Lira. Os dois realizam uma peregrinação jubilar ao Espírito Santo e decidiram subir à Penha para render louvores a Deus pela intercessão da Padroeira do Espírito Santo.

Dom Beto, como é conhecido, nasceu em São Francisco do Sul, Santa Catarina e é frade menor desde a década de 1980. Ele ingressou na Província Franciscana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, se transferiu para a Província de Santo Antônio do Brasil, no nordeste, onde professou solenemente na Ordem dos Frades Menores.

Durante a peregrinação ao Convento, o bispo e o padre foram recebidos pelo Guardião e Reitor do Santuário, Frei Gabriel Dellandrea, que apresentou um pouco da história desde a chegada de Frei Pedro Palácios em 1558, passando pelos quadros que representam diversos acontecimentos, como a ilustração do quadro “O Milagre da Seca de 1769”, “A Visão dos Holandeses”, obras de Benedicto Calixto; obras de Vitor Meirelles; a famosa “Nossa Senhora da Pietá”, de Carlo Crepaz; e a estampa de Nossa Senhora das Alegrias colocada num quadro no Convento.

Frei Gabriel conduziu a visita pelos principais locais do Convento. Além de conhecerem a história, eles também se encantaram com a vista dos mirantes, a janela mais famosa do Estado e até a sacristia. Dom Carlos Alberto e Padre Leandro partilharam com a fraternidade um café da manhã e o almoço na residência dos freis.

Em cada ponto da Capela os dois visitantes contemplavam a beleza física, sobretudo o valor histórico, mas também a expressão espiritual do peregrino que sente a presença de Deus e de sua Mãe Maria. O próprio Santuário, da agitação provocada pelos turistas ao silêncio da prece e do olhar fixo na milagrosa Imagem majestosa no trono, todo momento convida à oração, contemplação e ato de devoção.

Como um bom franciscano, Dom Beto contemplou a Imagem de São Francisco de Assis que fica no Altar-Mor. E lembrou do amor que o Seráfico Pai teve pela Virgem Santíssima, a tal ponto de saudar a Mãe: “Em vós residiu e reside toda plenitude da graça e todo o bem”, diz um trecho da Saudação à Virgem Maria.

Às 11 horas teve início a Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo de Maceió e concelebrada pelo Padre Leo e Frei Gabriel. “Assim como tantos que aqui vêm são também peregrinos, vocês hoje escolheram o Convento da Penha como destino para suas preces. Então, Padre Léo, Frei Beto, se assim posso chamá-lo, porque somos frades juntos, quero acolher vocês em nome de todo o nosso Convento. É uma alegria recebermos vocês e que esta peregrinação possa revigorar o dom da fé e que a Virgem das Alegrias, a Mãe de todo o povo capixaba, possa também acolher vocês aqui na casa dela, concedendo as graças e bênçãos que vieram buscar. Sejam bem-vindos!”, acolheu Frei Gabriel no início da Missa.

Na homilia, Dom Beto Breis iniciou recordando que a Igreja está vivendo Ano Jubilar. “Nós estamos, como Igreja num ano extraordinário, um ano especial. Um ano jubilar, ano santo da redenção. A cada 25 anos nós somos chamados a celebrar de uma forma mais intensa, mais profunda, o que está no coração do Evangelho, a novidade do Evangelho. Deus se fez carne. Deus veio morar no meio de nós. E como sempre dizia o Papa Francisco, de uma forma surpreendente, em São Francisco de Assis, era enamorado. O Filho de Deus, que é Deus, da mesma natureza do Pai, onipotente, pode tudo, imenso, ou seja, nem tamanho tem, sem medida, eterno, infinito, humildemente, humildemente desceu e se fez um de nós, nosso irmão. É como se nesse ano todo tivéssemos que olhar para o presépio. Aquele menino pequenino, frágil, delicado, como toda criança que acaba de nascer, se manifesta Deus a nós. Vem, como dizia Santo Antônio, Ele desce para nos elevar. Ele vem ao nosso encontro para nós irmos ao encontro Dele. Essa é a boa notícia, por excelência. E se alguém tem dúvida de que nós somos amados por Deus, é só se lembrar do menino reclinado no coxo, em Belém, lembrar daquele que aprende o ofício de carpinteiro na oficina de José, sendo criador de todas as coisas. E o mistério da cruz. Amou-nos até o fim”, explicou.

O bispo destacou os 50 anos da Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”. “Não cremos num Deus distante e inacessível. Esse ano celebramos os 50 anos de um documento precioso de um grande Papa do nosso tempo, São Paulo VI. ‘O Anúncio do Evangelho’. Ele usa uma metáfora, uma comparação muito profunda. Ele diz que, por vezes, o Evangelho, em nossas vidas, na sociedade, é como se fosse algo decorativo, enfeite. Ou, como ele diz, como um verniz. Vamos imaginar esse móvel aqui, que é envernizado. Se a gente pegar nessa mesa do altar, raspar com uma faca, num instante aparece a madeira crua, nua. Porque o verniz não penetra. Ele é só uma camada decorativa, por cima. E o Papa São Paulo VI dizia que é um risco também do Evangelho, nas nossas vidas, na sociedade que se diz cristã, ser apenas uma camada. Tem que penetrar em nós. Para que nós, encantados e enamorados, pela boa notícia de um Deus que vem ao nosso encontro, aprendamos a viver o Evangelho. Essa proposta do Filho de Deus que vem ao nosso encontro”.

Sobre o Evangelho (Lucas 11,37-41), Frei Beto chamou atenção para o “perigo da hipocrisia”. “Jesus adverte o perigo da hipocrisia. O hipócrita é pior do que o medíocre, porque o medíocre fica no meio, medíocre. Hipo, em grego, quer dizer, sob, abaixo. Os fariseus, a palavra ‘fariseu’ quer dizer separado. Eles se achavam acima dos outros, porque observavam uma infinidade de tradições, mas a lei maior, que é o amor, a caridade, não praticavam. Se incomodavam com as minúcias, ou uma religião de aparência, de fachada. Lembra aquela música antiga? ‘Aparências nada mais sustentaram nossas vidas’. É o hino dos fariseus. Uma religião de fachada, de aparência. E nesse mundo moderno, o pós-moderno, nosso, em que a imagem ocupa tanto lugar, às vezes eu chego aqui e quero primeiro tirar foto antes de contemplar, de olhar a imagem é mais importante do que a realidade. A hipocrisia se torna, às vezes, um recurso em que a gente se preocupa em aparecer do que ser. É o perigo da hipocrisia. E a pior hipocrisia é a religiosa. É se usar de Deus, da fé, para viver uma farsa, uma aparência”, exortou.

Ao final, Dom Beto perguntou de onde os visitantes estavam vindo. Havia turistas de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Norte e do Mato Grosso do Sul. Depois, concedeu a Bênção de Nossa Senhora da Penha.


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