Paz e Bem!

Na tarde da última sexta-feira, dia 12 de outubro, feriado da Mãe, Rainha e Padroeira do Brasil, centenas de pessoas participaram da Santa Missa das 15h30, no Campinho do Convento. Com uma temperatura agradável, muitas nuvens e um sol não muito intenso, muitas crianças também estiveram presentes.

A Solenidade em honra à Nossa Senhora Aparecida foi presidida pelo Frei Pedro de Oliveira Rodrigues e concelebrada pelo Guardião do Convento Frei Paulo Roberto Pereira e pelo Frei Pedro Engel. Nos cânticos e animação, Frei Paulo César juntamente com a equipe de música do dia.

Nos comentários iniciais foi contada a história da aparição de Nossa Senhora aos três pescadores, Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, no ano de 1717 no Rio Paraíba do Sul. Três crianças representando os pescadores, entraram com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, enrolada em uma rede. Chegando ao altar, a Imagem foi coroada e vestida com o manto.

Na saudação inicial, Frei Pedro agradeceu a presença de todos, especialmente das crianças. Na homilia, o ele refletiu o Evangelho de João capítulo 2, que narra o conhecido casamento em Caná, onde Maria diz “fazei tudo o que ele vos disser”. “Queremos trazer presentes todos nossos irmãos e irmãs, de modo especial aqueles que foram lançados às margens, às margens de uma sociedade excludente que mata e destrói o que há de mais valioso que é a vida… Se em Caná da Galileia, a água foi transformada em vinho, símbolo da vida; em 1717 nas águas do Rio Paraíba, Deus transforma a dor, a angustia, a inquietação daquele povo em vida e esperança. Das águas ressurge novamente a vida. E assim nós temos a Mãe que intercede, a Mãe que pede, a Mãe que está sempre atenta às necessidades dos seus filhos e filhas”, afirmou. 

Ele disse ainda que neste Dia das Crianças não há muito o que comemorar. “Hoje 12 de outubro, recordando o dia da criança, o que temos a comemorar? Não muito, não muito. Quando o jornal traz a triste notícia: ‘No Espírito Santo mais de 47 mil meninos e meninas entre 5 e 17 anos trocam as diversões da infância pelo trabalho’, isso é doloroso, isso é doloroso. Trocam o sonho pelo trabalho, trocam, infância perdida”, lamentou. Frei Pedro continuou afirmando que o causador desta grande desgraça é o “sistema excludente que vivemos”, e citou exemplos de crianças que trabalham para ajudar em casa, ao invés de estarem estudando, trabalham, “um direito ceifado à estas crianças”.

Por fim ele afirmou que Jesus jamais deixa de atender um clamor do povo, destacando a importância da intercessão de Maria. “Jesus jamais deixará de atender o clamor desse seu povo. Peçamos a Maria, a Mãe atenta, a Mãe que cuida, a Mãe que zela… Hoje queremos pedir ‘Mãe Aparecida, olhe por este nosso Brasil…”

Confira a homilia na íntegra abaixo

Após a comunhão e antes da bênção final, Frei Pedro convidou todas as crianças para subirem ao palco. Diante da Imagem da Mãe Aparecida, foi feita a consagração e uma homenagem à todas as crianças. Em seguida, as crianças receberam doces e balas.

Um dos momentos mais belos marcou o encerramento da Festa da Rainha do Brasil. A Imagem foi conduzida até o portão da casa dos Freis. O Frei Ari do Amaral recebeu e conduziu a imagem de Nossa Senhora até o alto do Convento, finalizando a Solenidade.