Como a vida, a Festa da Penha também é feita de momentos

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Paz e Bem!

Há uma máxima que diz: a vida é feita de momentos, alguns, muitas vezes bons, outros nem tanto, no entanto, todos os momentos nos trazem lições, aprendizados ou mesmo experiências. É importante viver esses momentos com intensidade e renovado vigor, e, nesses tempos pandêmicos, podemos pensar que os momentos são ainda mais únicos e devem trazer a marca do sensível respeito pela vida.

Há momentos em que não sabemos como agir e como rezar, assim, na simplicidade da vida vamos encontrando motivações que servem de suporte para nossa caminhada. Por isso que a gente persiste em ouvir: cada momento é único! Vivamos com intensidade, com mais empenho. Os momentos, mais que temporais, são carregados de ações. A Festa da Penha, por exemplo, é constituída desses momentos.

Foto: THALITA MATHIAS | Procissão Fotográfica | Faesa

Cada momento na festa, tem uma particularidade, uma característica que logo identifica. Muitas pessoas, só de olhar já conseguem identificar qual momento é da Festa. E não precisamos ir muito longe no pensamento para conseguir compreender essa dimensão. Na Missa, alguns momentos não têm mais a “narração” que o comentarista (em alguns lugares chamado de “animador”) exercia, mesmo assim, todos já sabem, já conhecem, já entendem o momento.

A Romaria das Mulheres tem como principal característica a beleza, o encanto e o aroma das singelas flores ofertadas à Nossa Senhora e ofertantes à Mãe Maria. O que marca a identidade delas é o horário, já tradicional e o modelo da procissão. As bolas, que durante muito tempo enfeitaram à festa, deram lugar aos lenços e às rosas.

Outra romaria que tem na própria identidade a “certificação” da originalidade é a dos Militares. Fardados, enfileirados e apostos como se estivessem à trabalho, os militares romeiros percorrem um trajeto de quase 2km, da Prainha (onde há o 38º BI do Exército Brasileiro e a Marinha do Brasil) até o alto da Penha Sagrada. Nisso, nem é preciso dizer que a romaria é com eles, porque todos já entendem o momento apenas pelo olhar.

Vinícius Antunes / 13ª Procissão Fotográfica – FAESA

A Romaria das Pessoas com Deficiência é talvez a mais motivadora e emocionante. Seja no passo desacelerado, nos olhares simples, nos sorrisos francos e largos, na singeleza de cada romeiro, cada um na sua limitação, não encontram na fé limites, não esbarram na desigualdade, nem desanimam nos desafios da luta por direitos sociais. Homens, crianças, mulheres, jovens, dentro de sua emoção e em sua devoção, louvam à Virgem protetora, guia, refúgio.

No trajeto de pouco mais de 1km, as pessoas com deficiência e seus tutores, auxiliares ou familiares, enxergam futuro. Cada uma no seu momento, na sua experiência, no seu tempo. Essa ocasião é aquela que nos faz refletir: qual é mesmo o meu problema? Por que eu reclamo tanto da vida?

Bom, já foi possível notar que são taaantos momentos marcantes na história da Festa da Penha… Uma história bastante curiosa ocorre no Oitavário, especialmente na quinta-feira. Em tempos normais, as áreas pastorais participariam. Sempre que a Área Benevente participava, chovia. Há até uma brincadeira que os fiéis vem de Anchieta, Alfredo Chaves e a região, e trazem a chuva. O que dizer então da área Cariacica / Viana, que em sua organização impecável são os primeiros a trazerem os famosos lenços coloridos, embelezando ainda mais a festa.

No fim de semana da Festa, a gente sabe que tem as romarias vindas do interior e não é porque vimos na programação, mas a característica das pessoas muda. São, em sua maioria, pomeranos, descendentes de imigrantes italianos, etc. Eles vem com roupas tipicamente tradicionais em suas culturas.

No dia da Padroeira, as pastorais sociais sobem ao Campinho com reinvindicações necessaríssimas ao nosso tempo e fazem do Convento um espaço de luta, engajamento, esforço em prol do diálogo, da igualdade e de políticas públicas em favor dos mais pobres.

Foto: Lorenzo Savergnini – Procissão Fotográfica | Faesa

“Iaiá você vai à Penha? Me leva ô, me leva!”. Não tem como ler essa frase sem cantar. A Romaria dos Conguistas é, junto com a manifestação dos motociclistas, a mais “barulhenta”, não que seja um sentido pejorativo, muito pelo contrário, no rufo da casaca, na batida do tambor, no som do chocalho, elevam louvores à Maria. Essa característica da Festa é marcante demais, porque prova, mais uma vez, que a Festa da Penha, além de religiosa, é cultural, folclórica e histórica, da nossa gente.

Foto: Zanete Dadalto / 13ª Procissão Fotográfica – Faesa

Caracteriza pela longevidade, distância, horário e condições, a mais esperada de todas as romarias, a Romaria dos Homens é o principal evento dentro da Festa da Penha. No sábado que antecede o dia da Padroeira, homens, mulheres, famílias, saem da Catedral Metropolitana de Vitória, Igreja Mãe da nossa Arquidiocese de Vitória, rumo ao Parque da Prainha, aos pés do Convento da Penha. São 14km de uma bela manifestação de fé e amor à Nossa Senhora. A Romaria dos Homens acontece há mais de 60 anos.

Em toda a programação da Festa, um momento se repete e a cada vez traz um novo olhar, uma nova emoção. A entrada da Imagem de Nossa Senhora da Penha. Ver a Mãe passando no meu dos seus filhos, como que abençoando a todos, é o ‘momento chave’ de todo o Oitavário. Nesse momento, todo o foco se volta à ela. Nas transmissões, todas as câmeras captam de vários ângulos essa emoção.

São muuuitos momentos especiais que marcam bastante a Festa em louvor à Maria Santíssima, sob o título de Nossa Senhora da Penha. Como é bom recordar! E você, tem algum momento especial que viveu na Festa da Penha? Mande uma mensagem e conta pra gente. (27) 99919-4997

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