Paz e Bem.
Na tarde deste 1º de novembro, a Capela do Convento da Penha acolheu fiéis para a celebração da Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus, presidida por Frei Claudino Dal’Mago, OFM. A Missa, marcada por um clima de oração e devoção, contou também com a presença do Rosário com Maria, um movimento de fé que reúne mulheres todo primeiro sábado do mês para rezar pelos filhos, famílias e pela paz.
Na homilia, Frei Claudino destacou que a festa de Todos os Santos é um convite a reconhecer que a santidade não é um ideal distante, mas um caminho para todos os batizados. “Esta Solenidade lembra aqueles que já estão nos céus e aqueles que estão presentes, todos nós, de uma ou de outra forma, somos santos, sim, pelo nosso batismo. Em nosso coração foi colocada a sementinha da santidade, porque Deus é santo. Nosso Senhor, um dia, fez esse apelo, ser de santos como o vosso Pai Celeste é santo, ou ser de perfeitos como o vosso Pai do Céu é perfeito”, disse o frade.
“Todos os santos e santas tiveram como direção na vida a força para caminhar, bebendo na mesma fonte. O ideal de santidade está aqui. Todos bebem, beberam e nós continuamos bebendo da mesma fonte. Cristo é a pedra fundamental de todo o edifício”, afirmou.
Frei Claudino convidou os fiéis a compreenderem que ser santo é ser fiel aos valores do Evangelho, especialmente na simplicidade do cotidiano. “Simplicidade vem do latim simplex, que significa ‘folha aberta’. Nossa vida diante de Deus deve ser simples, como uma página aberta sobre a qual incide a luz da santidade. Vivenciar as bem-aventuranças é o nosso programa de vida”, explicou.
Comentando sobre o Evangelho das Bem-Aventuranças (Mateus 5,1-12), o frade destacou que a verdadeira felicidade nasce da confiança plena em Deus. “Bem-Aventurados os pobres, porque deles é o Reino dos Céus. Pobre é aquele que se coloca totalmente à disposição do Senhor, que não se basta a si mesmo, que precisa da bondade de Deus. Os que sofrem são consolados pelo Senhor. Felizes somos nós se fizermos o que o Senhor nos propõe e se guardarmos em nós a fé, a maior graça que Ele nos dá. Somos felizes se fizermos o que o Senhor nos propõe, no nosso dia-a-dia, e felizes porque trazemos em nós o dom que Ele mesmo, o Senhor, nos dá, a maior graça, a fé. Então, seguindo pelo próprio exemplo do Cristo, nós vamos cultivando esse ideal de santidade, a felicidade, o amor, a fé. Se o orgulhoso, ao orgulhoso Deus olha de longe, o humilde de espírito é amparado por Ele. Se o mundo causa aflição e tristeza, o Senhor consola e fortalece. Se a violência pretende se impor, a mansidão conquista toda a terra. A justiça, a bondade de Deus, afasta a vingança e sacia a sede de quem a pratica”, comentou Frei Claudino.
Ele também lembrou a importância de promover a paz e exercer a misericórdia, sinais concretos de santidade no mundo. “Felizes os que promovem a paz, a paz verdadeira, fruto do perdão, a paz desarmada, sem muralhas, construída por pontes. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Graças à misericórdia infinita de Deus, somos chamados também a viver misericordiosos para com os outros”, citou.
Ao final da homilia, Frei Claudino convidou todos a viverem a fé com os “olhos fixos no Senhor e os pés firmes no chão”, lembrando que a santidade se constrói na vida simples e cotidiana.
“Os santos e santas beberam da fonte da sabedoria, da paz e do amor de Deus. Essa é a nossa fonte também, esse é o ideal de santidade, somos também então, santos e santas, peregrinos, peregrinas, vamos construindo o nosso dia a dia, a paz e o bem, em nossa família, na sociedade, no mundo que vivemos, pela nossa profissão, por todo o trabalho que nós fazemos, realizamos. Irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que Ele continue olhando por nós, na Sua bondade, na Sua misericórdia, na força que Ele nos dá, para que nos mantenhamos assim, olhos fixos nele e os pés firmes no chão, porque esse é o caminho daqueles a quem Nosso Senhor pede, sede santos como o Vosso Pai do Céu é santo e perfeito”, concluiu.
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