Bispos da Arquidiocese do Rio de Janeiro fazem visita ao Convento

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Paz e Bem!

A fraternidade franciscana do Convento da Penha, em Vila Velha-ES, acolheu na tarde desta segunda-feira (6) três bispos auxiliares da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dom Juarez Delorto Secco, Dom Célio da Silveira Calixto Filho e Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, foram recebidos pelo anfitrião e amigo, Dom Frei Dario Campos, o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Vitória. Além da visita ao principal monumento turístico e religioso do Espírito Santo, os bispos celebraram a Santa Missa das 15h.

A comitiva dos bispos chegou ao Santuário por volta das 14h30 e já no Campinho se encantaram com a vista e o clima bem característico de uma montanha sagrada. O sol estava com menor intensidade, o que favoreceu ainda mais a visita bem como a celebração. Às 15h, Frei Pedro de Oliveira Rodrigues ficou responsável por acolher os devotos presentes no Convento e os que rezavam pela internet, espalhados em diversas partes do mundo, inclusive dezenas de fiéis do estado do Rio de Janeiro.

O franciscano capixaba falou da alegria da visita dos bispos. “Hoje o Convento se alegra com a presença dos irmãos bispos que hoje vêm celebrar aos pés da Virgem da Penha, Padroeira do Espírito Santo, junto com nosso arcebispo Dom Frei Dario. E quem vai presidir a Celebração Eucarística é Dom Juarez que foi pároco da Paróquia São Pedro, Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (e também nasceu na mesma cidade)”, comentou Frei Pedro de Oliveira.

Ao iniciar a Missa, Dom Juarez agradeceu a acolhida. “Agradeço a Dom Dario pela acolhida, os irmãos franciscanos que cuidam do Convento, é uma grande graça estarmos juntos celebrando aqui no nosso Convento da Penha. Alegria estarmos reunidos no amor de Cristo para celebrar a Eucaristia, fonte da nossa vida, alimento sagrado que nos sustenta na caminhada da fé”, disse.

Na homilia, o bispo auxiliar, ao refletir a Liturgia da Palavra, comentou o sobre o trecho da Carta de São Paulo aos Colossenses: “‘alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja’. Alegria e sofrimento. Paulo é uma pessoa profundamente dedicada ao anúncio da Palavra, um exímio apóstolo que vai com toda as suas forças anunciar o Evangelho… Ele anuncia o próprio Cristo como todo tesouro, como toda graça, e pede a comunidade que acolha essa Palavra. Todo seu empenho, tudo aquilo que ele tem, ele coloca à serviço de Deus para anunciar a Palavra”.

“No Evangelho (Lc 6,6-11) Jesus está na sinagoga e começa a ensinar, quando encontra um homem cuja mão direita era seca, e sob a observação dos fariseus, para criticá-lo, julgá-lo, para acusá-lo de algum modo, porque era dia de sábado, no entanto Ele não se importa com essas acusações com essas pessoas que o observavam para o criticar. Ele se importa com aquele homem que sofria. Jesus tem compaixão com aquele que sofre, Ele quer dar vida, veio para dar vida as pessoas. Ele cura aquele homem, que estava à margem da sociedade e Jesus chama para colocá-lo na sociedade, insere a pessoa em sua dignidade humana, dá uma nova vida para o homem – e continua Dom Juarez -, que cada um de nós, possamos colocar em prática a Palavra de Deus, que este mês da bíblia seja tempo fecundo para meditação, aprofundamento da Palavra de Deus em nosso coração e nos ensine a viver bem, fazer o bem às pessoas”, afirmou Dom Juarez Delorto.

Ao final, em entrevista à equipe de comunicação do Convento, Dom Juarez relembrou que por muitas ocasiões subiu ao Santuário de Nossa Senhora da Penha, especialmente na Romaria da Diocese de Cachoeiro que acontece no sábado do Oitavário da Festa da Penha (a maior festa religiosa do Espírito Santo e a terceira maior festa mariana do Brasil). “Retorno ao Convento com muita alegria, eu que tive a oportunidade de estar aqui muitas vezes com a Diocese que fui pároco. Minha família mora em Cachoeiro e sempre que venho ao Espírito Santo venho ao Convento da Penha, para estar com os freis, que é uma riqueza grande para o estado”.

Ele ainda falou da amizade que tem com Dom Dario e por fim, deixou uma mensagem ao povo, especialmente por ocasião do dia 7 de setembro. “Vamos rezar pelo Brasil, pela nossa unidade, pela comunhão para sermos felizes nesta terra. Que possamos sempre buscar viver a bondade, o amor e a paz”, concluiu Dom Juarez.

A visita

Após a Missa, os bispos subiram até a residência franciscana onde tomaram café da tarde com os freis, em seguida, acompanhados pelo Vigário da Casa, Frei Paulo César Ferreira e pelo confrade Frei Valdir, conheceram as dependências do local e chegaram até o alto da Capela. Se encantaram com a majestosa vista a partir da sacada do coro. Ali permaneceram por alguns minutos, registraram com fotos e esclareceram algumas curiosidades, já que apenas Dom Juarez já havia subido ao Convento.

Dom Célio ainda brincou quando percebeu que as obras artísticas no corredor lateral do Convento são de Benedicto Calixto, “um sobrenome familiar”, já que o bispo também tem Calixto no nome. Ainda em tom descontraído, ele perguntou sobre a cidade de Vila Velha, sobre a localização de Guarapari e sobre os outros pontos visitados no Espírito Santo.

Já Dom Paulo Celso também elogiou bastante o visual fantástico da Penha. Para ele, é um privilégio viver num lugar tão bonito, no entanto, ressalta que o Rio de Janeiro é bem parecido com o estado capixaba, talvez até mesmo pela proximidade dos dois.

Antes da despedida, uma pausa para oração e mais fotos no interior da Capela. Os olhares ficaram bem atentos aos detalhes da construção, fundada há mais de quatro séculos e meio. Foi ali que Frei Paulo César explicou a figura de Frei Pedro Palácios, o frade espanhol que fundou o Convento da Penha, desde 1558. Outro encanto foi a contemplação do quadro de Nossa Senhora das Alegrias, uma verdadeira obra magnífica e conservada por tanto tempo.

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