Ano Mariano – 300 anos de bênçãos!

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Por misericórdia de Deus e ajudados pela sua Divina Providência, a Igreja no Brasil, caminha rumo ao tricentenário (1717 – 2017) do encontro da Imagem bendita de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, tirada das águas do Rio Paraíba do Sul nas redes de três pescadores daquela região. Entre eles estavam: Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso.

É motivo de júbilo e alegria celebrar com grande magnitude e solenidade tão distinto acontecimento em nossa pátria. A história do encontro da milagrosa Imagem de Aparecida se entrelaça com a história do Brasil, com a nossa tradição, com a nossa cultura e com nossos costumes e crença.

A Igreja no Brasil está em festa! Por ocasião do Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano, que teve início em 12 de outubro de 2016, Solenidade da Padroeira do Brasil, concluindo-se no dia 11 de outubro de 2017. É um tempo favorável para contemplar Maria como modelo de fé e seguimento do Cristo

Muitas dioceses e paróquias do Brasil, desde o ano de 2014, se preparam para o grande Jubileu dos 300 anos. A imagem peregrina da Senhora Aparecida percorre o nosso imenso solo brasileiro, levando a todos o amor e a misericórdia de Deus. Por onde passa a milagrosa imagem da Mãe do Redentor, o povo aclama, saúda e homenageia a sua bendita padroeira, que por sua intercessão, lança sobre a nossa Pátria inúmeros benefícios, como também, copiosas e generosas graças do Céus.

O Brasil é abençoado pela sua Rainha e Padroeira, que desde o seu Santuário Basílica, olha com misericórdia os seus filhos e filhas, que acorrem à proteção do seu manto bendito.
Imagem de Aparecida: sinal da misericórdia de Deus

Ao contemplar a pequenina Imagem da Senhora dos brasileiros, venerada no Santuário Nacional, em Aparecida, interior paulista, mergulhamos no amor infinito de Deus, pois quis Ele nos oferecer Sua própria Mãe. Somos filhos de Maria, e com ela participamos do Plano Divino da Copiosa Redenção.

A imagem, que desde o seu trono, impera e reina como soberana Rainha dos brasileiros, foi recolhida das águas do Rio Paraíba do Sul, que quer dizer “rio inútil”, por três pescadores, na segunda quinzena de outubro de 1717, de acordo com os escritos e documentos citados pelos historiadores da época.

A pequena e singela imagem é de barro “terracota”. Ao ser recolhida pelos pescadores, não tinha cabeça, essa fora achada depois e unida ao corpo. Sua tonalidade é castanho-escuro, lembrando a cor negra dos escravos. Isso se deve pelo fato de ser retirada do fundo do rio e ainda pelo picumã das velas acesas, quando venerada pelas famílias que rezavam e pediam sua proteção.

Ao olharmos a querida imagem da Senhora Aparecida nos deparamos com uma primeira mensagem: sinais de uma mulher grávida. Nesse detalhe podemos mergulhar no infinito amor de Deus pela humanidade, pois o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Deparamo-nos com o mistério da Encarnação de Jesus. “O Espírito Santo, que era estéril em Deus, isto é, não produzia outra pessoa divina, tornou-se fecundo em Maria” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria). Contemplamos assim o amor de Deus por cada um de nós, que no seio materno de Maria nos comunicou a primeira vinda de Jesus.

Outro aspecto apresentado pela imagem é sua cor negra. Maria se fez igual aos mais simples e humildes. Ela nos indica que a Redenção realizada por Jesus Cristo é universal, não se pode excluir ninguém, todos são filhos e filhas de Deus, vale para todas as pessoas. Somos convidados a contemplar e almejar a vida eterna, como nos ensina o Apóstolo e Evangelista João.

O leve sorriso presente na Imagem reflete o carinho e a alegria de Deus por cada um de nós.

Everton Vieira da Silva – everton@rmater.org.br
Portal A12

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