“A verdadeira liberdade nasce da obediência amorosa a Deus”, afirma Frei Robson

Paz e Bem.

Durante a Missa da Saúde celebrada na tarde desta quarta-feira (22), no Campinho do Convento da Penha, o Frei Robson de Castro refletiu sobre a mensagem de São Paulo aos Romanos (6,12-18) e o Evangelho do dia (Evangelho: Lucas 12,39-48), destacando que “a verdadeira liberdade não está em fazer o que queremos, mas em amar a Deus e ao próximo com um coração obediente e livre do pecado”.

O frade explicou que o pecado é, antes de tudo, uma “desobediência filial”, ou seja, uma falta de amor e confiança no Pai. “Deus não pede nada por imposição, mas por amor. Quando desobedecemos, não ferimos apenas a nós mesmos, mas também as pessoas ao nosso redor”, afirmou. Frei Robson exemplificou com situações cotidianas, como pequenos atos de desonestidade ou a infidelidade conjugal, lembrando que “todo pecado tem consequências coletivas, porque rompe o elo de amor que nos une a Deus e aos outros”.

Segundo ele, Jesus veio para libertar o ser humano dessa escravidão do pecado, que se manifesta na busca desordenada por prazer, poder e status. “O corpo do outro não é propriedade minha, nem o meu corpo pertence ao outro. Somos templos do Espírito Santo. Então, São Paulo vai dizendo aqui que eles que viviam dentro da sociedade eram escravos, escravos do prazer, escravos da bebida, escravos da comida, escravos de uma ideia de que uma classe social era inferior à outra. Ele diz, então, não são pessoas livres. O pecado faz com que nós nos tornemos escravos e que também prejudicamos os outros. Portanto, por isso o sacramento da reconciliação é importante para nós. Reconhecermos os nossos erros, pedirmos perdão a Deus para recomeçarmos a nossa caminhada nesta existência e no relacionamento interpessoal. Jesus vem nos apresentar o caminho da santidade para nos tornarmos pessoas livres. Mas livres para quê? É a grande pergunta. Não é mais para fazer o que eu acho, mas é a liberdade para amar a Deus e amar o próximo e viver dentro desta verdade que é fazermos a vontade do Pai”, destacou o frade, reforçando o chamado ao respeito e à igualdade entre as pessoas.

Frei Robson também compartilhou a história de uma mulher doente que, na véspera de sua morte, reuniu familiares e amigos para uma grande festa. “Ela celebrou a vida até o fim, despedindo-se com alegria e gratidão. Isso é santidade. É enxergar a vida com os olhos de Deus. Era uma maneira que ela encontrou de se despedir dessa existência, celebrando com as pessoas as quais ela amava. E que ela imaginava que também era amada por aquelas pessoas. Então, a vida dela foi uma vida de uma celebração, de uma alegria, de contentamento. Isso é liberdade. Não é escravidão de tristeza, de desânimo, de luto. Eu achei aquilo, para mim, essa mulher, ela me conhecia desde que eu estava no ventre de mamãe, para mim, isso é um caminho da santidade, dessa alegria, de ter podido participar desta existência e partir deste mundo fazendo festa”, comentou o frade.

Ao final, o pregador convidou os fiéis à vigilância espiritual e à oração pessoal, que descreveu como um “encontro face a face com Deus”. “Muitos acham que rezar é sentir algo, mas oração não é emoção, é fé. Deus age no tempo do nosso coração. Primeiro Ele acalma, depois age. No momento em que me proponho a rezar, eu já estou diante do Senhor. A verdadeira liberdade é obedecer a Deus e amar as pessoas que Ele nos confiou. Essa é a santidade que nos faz viver em paz e esperança”, concluiu.


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