A celebração do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro

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O Papa presidiu a celebração deste domingo (24), o último antes da Páscoa, na Praça São Pedro. A comemoração da entrada festiva do Senhor em Jerusalém precedeu a missa, cujo trecho do Evangelho narrou a história da sua Paixão. No final da liturgia, Francisco recitou o Angelus.

Em uma Praça de São Pedro lotada, cerca de 60 mil fiéis, sob um céu em que os raios de sol se alternavam com as nuvens, a celebração do Domingo de Ramos, presidida pelo Papa Francisco, foi aberta com a comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, da qual se lê o relato do evangelista Marcos, que precedeu a celebração da missa. O Papa abençoou e aspergiu com água benta os ramos de oliveira, o símbolo deste domingo (24), que os presentes seguravam na mão. Em seguida, foi realizada uma procissão com mais de 400 pessoas que levavam os ramos, que se dirigiram do centro da praça para o sagrado. Os cardeais, bispos e sacerdotes concelebrantes tomaram seus lugares ao lado do altar.

A Paixão de Cristo

A mudança de cena foi radical: a Liturgia da Palavra da celebração eucarística incluiu a leitura cantada da Paixão de Jesus, extraída novamente do Evangelho segundo Marcos. Por meio das palavras do evangelista, as passagens do sofrimento de Cristo foram revividas. A reencenação da Paixão foi seguida por um momento de silêncio. Um sofrimento, o de Cristo, que contém as dores de todos os tempos e de toda a humanidade; e a humanidade, com suas fragilidades, foi apresentada ao Senhor na oração universal dos fiéis que concluiu a Liturgia da Palavra. Foram feitas orações pela Igreja, para que “busque sempre a unidade, a reconciliação e a comunhão”; pelos governantes “chamados a cultivar a paz e o bem dos povos”; por todos os homens e mulheres que sofrem; pelos cristãos perseguidos; por toda comunidade cristã, para que “seja testemunha de sua própria fé, na oração e na caridade”.

Ao final da celebração, diretamente do sagrado da Basílica, Francisco pronunciou o Angelus, antes de dar a bênção e fazer um amplo percurso em seu papamóvel para saudar os fiéis e peregrinos que o aplaudiam na praça.

Francisco reza pelas vítimas do “abominável atentado terrorista” em Moscou

O Papa reza pelas vítimas do “abominável atentado terrorista” em Moscou. No final da celebração do Domingo de Ramos, Francisco expressou tristeza pelo que aconteceu na Rússia há dois dias, pedindo a Deus que acolha as vítimas “na sua paz”, conforte as famílias e converta “os corações daqueles que planejam, organizam e realizam essas ações desumanas, que ofendem a Deus, que ordenou: ‘não matarás’ (Ex 20,13)”.

A oração pela Ucrânia, Gaza e todos os lugares de guerra

Francisco, lembrando que neste Domingo de Ramos, “Jesus entrou em Jerusalém como Rei humilde e pacífico”, pediu aos fiéis para abrir os corações a Ele, porque “somente Ele pode nos libertar da inimizade, do ódio, da violência, porque Ele é a misericórdia e o perdão dos pecados”.

O pensamento do Pontífice se dirigiu, então, ao pedido de orações por aqueles que estão sofrendo por causa da guerra, “em modo especial na martirizada Ucrânia, onde tantas pessoas se encontram sem eletricidade por causa dos intensos ataques contra as estruturas que, além de causar morte e sofrimento, trazem o risco de uma catástrofe humanitária ainda maior”: “por favor, não esqueçamos da martirizada Ucrânia”, repetiu o Papa. O olhar de Francisco se deteve também a Gaza, “que sofre tanto e a tantos outros lugares de guerra”.

As vítimas na Colômbia

O pensamento do Papa, no início do Angelus deste domingo (24), foi para a Colômbia, para a comunidade de paz de San José de Apartadó, onde nos últimos dias foram mortos uma mulher e um jovem, esposa e irmão de um dos líderes da comunidade que, lembrou Francisco, “em 2018 foi premiada como exemplo de comprometimento pela economia solidária, pela paz e os direitos humanos”.

Fonte: Vatican News – Vatican Media

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