Paz e Bem.
Mesmo sob forte chuva, fiéis subiram ao Convento da Penha para a celebração, onde Frei Claudino refletiu sobre a fidelidade a Deus, o uso dos dons recebidos e o compromisso cristão com a prática do bem. A tarde chuvosa desta quarta-feira (19) não impediu que devotos participassem da tradicional Missa da Saúde, celebrada no Campinho do Convento da Penha pelo Frei Claudino Dal’Mago. Com capas, guarda-chuvas e um profundo espírito de fé, os fiéis acompanharam uma homilia, um convite à confiança em Deus, ao testemunho corajoso e ao uso responsável das graças que cada cristão recebe.
Na primeira leitura, Frei Claudino destacou a figura de uma mãe que, diante da perseguição e da crueldade de um rei tirano, encoraja seu filho a permanecer fiel a Deus. Segundo o frade, esse testemunho expressa “uma coragem e uma dignidade que só podem brotar de quem confia no Criador do mundo, que em sua misericórdia dá novamente o espírito e a vida. A cena bíblica é apresentada como exemplo de perseverança e fidelidade, virtudes essenciais para a vida cristã”.
A partir da parábola das moedas, Frei Claudino lembrou que cada pessoa recebe de Deus dons que devem ser colocados em prática. “O cristão é responsável pelos dons e pelas capacidades que o Senhor lhe confiou”, afirmou. Não se trata apenas de esforço humano, explicou ele, mas de colaboração com Deus, confiando plenamente em sua ação. Assim como os empregados da parábola que receberam mil moedas, os fiéis são chamados a multiplicar os bens recebidos — não apenas materiais, mas espirituais e humanos — produzindo frutos na fé e no amor ao próximo.
O frade recordou que Jesus conta essa parábola quando está a caminho de Jerusalém, consciente da paixão que enfrentaria. A recompensa de quem colabora com Ele, afirmou Frei Claudino, supera quaisquer riquezas deste mundo: “A vida eterna é o bem maior reservado àqueles que colocam em prática sua palavra”. Ele reforçou que a fé precisa se traduzir em atitudes concretas: “a prática é tudo. Se não coloco em prática o que tenho, posso perder até mesmo o pouco que tenho.”
Ao final da homilia, o sacerdote convidou todos a renovarem o compromisso cotidiano com o amor a Deus e ao próximo, vivendo a graça da fé na simplicidade e na perseverança.



















