Paróquia de Afonso Cláudio realiza peregrinação ao Convento

Paz e Bem.

No final da manhã deste sábado, feriado da Proclamação da República, o Campinho do Convento da Penha recebeu peregrinos da Paróquia São Sebastião de Alto Guandu, Afonso Cláudio, região Serrana do Espírito Santo, para a Peregrinação Jubilar por ocasião dos 2025 anos de nascimento de Jesus Cristo. Os fiéis viajaram em 9 ônibus, percorrendo mais de 160km.

A Missa das 11 horas foi presidida pelo Padre Rodrigo Chagas, pároco e coordenador da Comissão para a Liturgia e Ministérios da Arquidiocese de Vitória. Os vigários paroquiais, Padre Márcio Ghil e Padre Robson Lemos, concelebraram a Eucaristia aos pés da Virgem da Penha, Padroeira dos capixabas.

Além dos romeiros, outros caminhantes da Paróquia São Pedro, Vila Rubim, Vitória-ES, também realizaram procissão ao Convento. A 27ª edição da Caminhada pela União e Paz percorreu cerca de 13km e rezou pelo fim da violência, recordando o apelo de paz do Papa Leão XIV, desde o início de seu pontificado.

Na homilia, Padre Rodrigo destacou a importância de peregrinar a um Santuário ou a uma Igreja Jubilar, e que mesmo a Igreja Matriz da paróquia sendo um dos locais escolhidos para lucrar a Indulgência Plenária, ele fez questão de convocar seus paroquianos para a peregrinação ao Convento. “Estamos aqui com as 36 comunidades da paróquia e tem pessoas que nunca tinham vindo ao Convento. E é sempre bom estarmos na Casa da Mãe. E, de maneira especial, a Virgem Maria ela se deixa usar como uma armadilha para que a gente possa chegar perto de Jesus. Maria nunca está só, ela sempre aponta a cada um de nós o caminho para o Coração Sagrado de Jesus. Por isso que, lá nas bodas de Caná, no primeiro milagre, o primeiro sinal que o Nosso Senhor fez para mostrar o Seu poder e mostrar que Ele era Deus, Maria, então, olhou para os serventes e disse: ‘fazei tudo o que Ele vos disser’. Nossa Senhora nos aponta, então, para Jesus. A imagem que nós temos tão querida pelo povo capixaba, da Virgem da Penha, Nossa Senhora traz em seus braços o Menino Jesus para poder apresentar a cada um de nós. Os nossos irmãos separados que não conseguem entender essa devoção, esse amor, esse carinho que nós temos pela Virgem Maria, porque não entendem que Maria, ela não é uma Deus e nem quer ser. Na verdade, ela quer se diminuir para que possamos chegar até o Seu Filho Jesus”, iniciou o Padre.

“E Maria para nós, na simplicidade, que devemos seguir a Deus para chegar até o céu. Maria, quando se colocou a serviço para a sua aparenta Isabel, ela saiu de uma casa montanhosa para lá ajudar aquela que estava grávida, nos últimos meses de gravidez. E quando chegou, Jesus estava no seu ventre, encheu aquela casa do Espírito de Deus, tanto que João Batista estremeceu no ventre da Virgem Maria e Nossa Senhora começou a servir. Servir como? Como que Maria se colocou a serviço? Como que Maria evangelizou? Como que Maria levou a presença de Deus para aquela casa de Isabel e Zacarias? Na simplicidade do dia a dia. Nada mais Nossa Senhora fez do que lavar as vasilhas, fazer comida, lavar roupa, limpar a casa. E aí, na simplicidade daquele dia, ela foi santificando aquela família. Ela foi mostrando um grande exemplo para nós, como intercessora, que ela possa, então, estar conosco, para que a gente, na simplicidade do dia a dia, ao caminhar, subindo para o convento, ao ir trabalhar, no supermercado, aonde estivermos, que nós possamos, então, ali mostrar o poder de Deus com o nosso dia a dia, com o nosso jeito de ser. Nossa Senhora nos ensina como seguir Jesus, sendo nós mesmos, e estando diante do Senhor. E hoje, de maneira especial, nós celebramos, então, a paróquia São Sebastião, celebramos essa peregrinação do ano jubilar”, explicou o sacerdote.

Ainda sobre o Jubileu, Padre Rodrigo explicou porque celebrar a Esperança que não decepciona. “De 25 em 25 anos, a Igreja proclama para celebrarmos o nascimento do novo Salvador. Por isso, nós estamos aqui, para celebrar Jesus que vem para poder nos salvar, para abrir o céu novamente para nós. Essa é a importância de que a Igreja dê esse ano jubilar, para que a gente possa estar sempre unido a Cristo e celebrar esse ano de graça. Essas leituras que foram escolhidas hoje, na verdade, pela Igreja, para que a gente celebrasse esse jubileu, de maneira especial, a primeira leitura traz aquele que é o tema central do nosso ano jubilar, a esperança. E aí, Paulo, diz aos romanos, e diz a nós também. E quanto nós sabemos disso, meus irmãos e minhas irmãs, nesse mundo, nessa vida tão corrida que nós temos que fazer, não conseguimos olhar para os nossos familiares, não conseguimos estar com quem nós amamos, só pensamos em trabalho, só pensamos em ter, em ter, em ter, mas ainda temos a esperança de mudar o mundo. Ainda temos a esperança de estar junto com Deus, de sentir a presença de Deus. E quanto nós sentimos a presença de Deus, desde as quatro horas da manhã, que nos reunimos lá na Praça de Afonso Cláudio, diante da Matriz, para estarmos até aqui. Entre irmãos e irmãs, a grande família da Virginia Maria, Senhora da Penha, a esperança não decepciona”.

“Meus irmãos e minhas irmãs, esse ano de graça do Senhor, esse ano jubilar, só se vai fazer completo, 100%, quando a gente conseguir chegar nesse reino de Deus. Quando a gente conseguir fazer com que os pobres realmente encontrem o seu lugar. Mas não simplesmente os pobres financeiros, também, mas principalmente, assim como nosso querido Papa Leão, vem apontando para nós, os pobres de espírito. Aqueles que não têm a presença de Deus. E quantas são as pessoas que já ouviram falar em Jesus, mas que não têm Jesus ainda no coração. Quantas são as pessoas que encontraram o amor de Cristo, que ainda não sentiram a presença de Deus e que nós possamos então fazer que isso se realize, porque Cristo veio, Cristo subiu ao céu, morreu, e deixou para nós, enquanto igreja, para que possa se fazer real, essa sua missão, de proclamar o ano de graça, trazendo uma vida melhor para todo o povo de Deus. O céu começa aqui, podemos fazer que esse céu se torne real aqui. As nossas próprias construções nos levaram para o céu. Quando entramos numa igreja, a gente se sente bem, porque estamos entrando ali no lugar que representa o céu”, enfatizou.

Por fim, falou que é preciso um coração de criança. “A nossa igreja pede o testemunho, que nós possamos então testemunhar essa graça do Senhor, testemunhar que nós estamos aqui, porque o Senhor nos ama e que Ele abriu o céu de novo para chegar junto dEle, junto a Deus em Maria. E ter um coração como o de criança. Não tem maior receita, melhor receita do que essa que Jesus deixou pra nós. Tenha o coração como o coração de uma criança. A criança é muito sincera. A criança é verdadeira. A criança, se ela ama, ela demonstra isso. Mas também, se não gosta, ela deixa claro que ela não gosta. Que nós possamos ser assim com o Senhor, puros de coração, como uma criança. E todos nós, quando criança, um dia, voltamos para a Nossa Senhora e cantamos aquela musiquinha, da Mãezinha do Céu. Isso nos faz lembrar da nossa infância e nos faz também querer estar no colo da mãe. Quando escolhi estar aqui, nesta casa, neste lugar, no lugar, na casa principal dos capixabas, justamente para que a gente pudesse sentir esse amor de mãe. A Virgem Maria que de braços abertos nos acolhe no alto desta montanha para nos abençoar e trazer a bênção do Seu Filho Jesus. Que nós possamos, então, aquele coração de criança louvar a Deus por tudo aquilo que Ele tem nos feito, tudo aquilo que Ele tem nos dado. Que esse ano de graça se multiplique ainda mais em nossa vida. Que esse ano jubilar seja realmente uma presença viva de Deus em nosso dia a dia”, finalizou.


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