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08/10/2025

Começa a Semana Missionária em preparação para a ordenação presbiteral do Frei Felipe Carretta

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Paz e Bem.

Teve início nesta terça-feira (7), memória de Nossa Senhora do Rosário, a Semana Missionária com Tríduo Vocacional em preparação para a ordenação presbiteral do Frei Felipe Carretta. O frade é capixaba e teve sua caminhada de fé trilhada no Santuário Divino Espírito Santo, Paróquia do Rosário, em Vila Velha-ES. Sua vida franciscana tem especial devoção à Virgem Maria, principalmente porque o discernimento vocacional se deu a partir de experiências na Festa da Penha.

Frei Felipe cultivou no coração um carinho pela Mãe da Penha de uma maneira semelhante a de Francisco de Assis, por isso, decidiu encantar-se pelo carisma franciscano, se tornando um anunciador da paz e do bem, um continuador da missão iniciada desde 1558, quando Frei Pedro Palácios chega em solo espírito-santense trazendo consigo a estampa de Nossa Senhora das Alegrias.

Dentro do carisma de São Francisco, o essencial para o frade menor é justamente a minoridade, ou seja, ser seguidor de Jesus Cristo a modo do Seráfico Pai. Ser irmão menor, ser irmão em fraternidade já é “completude” para o itinerário franciscano, no entanto, há frades que também sentem no coração o desejo do sacerdócio no ministério presbiteral. Desta forma, além de viverem a simplicidade das pegadas de Francisco, os frades presidem celebrações sacramentais.

Missa com presença do Frei Felipe

A tarde, a Missa das três horas foi especial. Na Liturgia, os fiéis celebraram a memória de Nossa Senhora do Rosário, a Padroeira da Cidade de Vila Velha. O dia também marcou ação de graças pelo dom da vida do Frei Gabriel Dellandrea, Guardião da Penha. Participaram da Eucaristia na Capela, o Frei Augusto Luiz Gabriel, da Fraternidade de Pato Branco (PR) e o Frei Felipe Carretta.

Na homilia, Frei Gabriel destacou que o Rosário não é uma oração repetitiva como muitas pessoas acham. “Quando rezamos o rosário repetimos o pedido à Virgem que olhe por nós, que nos ajude. Quantas vezes rezamos o ‘rosário do perdão’? Mesmo que o nosso coração esteja amargurado e não queremos perdoar rezamos o ‘rosário do perdão’ repetindo o perdão, repetindo o perdão, até que perdoar se torne uma coisa natural. Quantas vezes rezamos o ‘rosário da compreensão’? Embora o mundo todo nos convide a olhar só para nós mesmos e os nossos interesses, rezamos o ‘rosário de sair do nosso egoísmo’ e treinamos todos os dias repetindo, repetindo, repetindo até que aprendamos a sermos compreensivos, a sermos generosos, a sermos capazes de sair daquele egoísmo e ir ao encontro do outro. Quantas vezes repetimos também o ‘rosário do começar de novo’? Erra, tenta de novo. Erra, tenta de novo! Erra, começa de novo!”

“Em cada Ave Maria que rezamos no rosário, desde a Batalha de Lepanto, quando essa devoção se consolida na Igreja, nós pedimos a Virgem Maria que nos ajude meditando os mistérios da salvação no rosário. Nós queremos também, de tanto meditar, entender que esses mistérios acontecem no nosso dia a dia e repetindo essa conversa com o Senhor, repetimos tanto até o dia que essa conversa ficará face a face, e de tanto repetirmos, um dia conversaremos com Nossa Senhora lá no céu, frente a frente, porque a amizade também é repetição, porque nós, nas amizades repetimos o perdão, repetimos a conversa, repetimos o diálogo, repetimos a correção, repetimos a alegria nos momentos felizes e repetimos também as lágrimas na hora da dificuldade e em cada rosário que rezamos, em cada terço que rezamos. Aprimoramos a nossa amizade com Deus e com a Virgem Maria e nos tornamos próximos até o dia que eles nos acolherão lá no céu depois de tanta repetição de céu nessa terra. Depois de rezarmos tanto o ‘rosário do céu’ seremos convidados a estar naquele ‘rosário eterno’ da contemplação de Deus face a face”, afirmou Frei Gabriel.

Ao final da celebração, Frei Felipe fez um convite aos devotos da Virgem da Penha para que participem da Ordenação Presbiteral no Santuário Divino Espírito Santo. Também teve parabéns para o Frei Gabriel e uma palavra do Frei Augusto, sobre as muitas missões da Província. “A nossa instituição, chamada de Província da Imaculada Conceição do Brasil, ela está presente em Santa Catarina, no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e aqui no Espírito Santo. E é com alegria que nós, aqui estamos, nós comungamos e partilhamos desta vida, desta vocação franciscana que nos realiza e cada dia nos desafia a evangelizarmos por meio da nossa vida, por meio do carisma franciscano”, disse Frei Augusto.



Toda Terça Tem Terço

A noite a tradicional meditação do terço com os freis pelas redes sociais do Convento contou com a participação da Ordem Franciscana Secular (Fraternidade Nossa Senhora da Penha), dos freis provenientes de várias fraternidades da Província da Imaculada Conceição e do Frei Felipe Carretta, juntamente com sua família (sua mãe Kátia, sua irmã, cunhado e sobrinha).

O momento de oração das noites de terça-feira foi apresentado pelos freis Paulo César Ferreira e Jorge Lázaro, com cantos do voluntário Jaime Soares e nos intervalos de cada mistério foram citadas as intenções dos devotos, as preces que os visitantes apresentaram e também a intenção principal: pela Ordenação do Frei Felipe.

Rezar o Terço é uma das mais singelas formas de chegar ao coração de Deus. Por meio da repetição das Ave Marias, os fiéis elevam a prece sincera que brota do coração. Não é apenas uma oração repetitiva, pelo contrário, ela faz seus devotos meditarem desde o Anúncio do Anjo a Maria até ressurreição de Jesus. Como lembra o santo que primeiro chamou a família de “Igreja Doméstica”, São João Paulo II, “o rosário nos acompanha nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei (confiemos) tantas preocupações; nele encontrei (encontremos) sempre conforto”.

Ao final da oração do terço, Frei Gabriel conduziu uma entrevista para conhecer mais sobre a vida de Frei Felipe, sua caminhada vocacional, sua vida familiar, etc. Leia abaixo:

FREI GABRIEL: Frei Filipe, você é da paróquia Nossa Senhora do Rosário, mas tem uma grande devoção à Nossa Senhora da Penha, e você mora na paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, mas vai ser ordenado no dia de Nossa Senhora Aparecida. Quatro títulos marianos comprovam a sua devoção à Maria, e não é coincidência, com certeza é intercessão de Nossa Senhora. Queremos ouvir de você como que é para você essa experiência de poder contar com a intercessão da Virgem Maria, com essa proximidade com o Convento da Penha?

FREI FELIPE: Paz e Bem! É uma alegria estar hoje aqui iniciando os preparativos, iniciando a semana missionária para a ordenação presbiteral. A ordenação não é minha, mas a ordenação é da Igreja, da nossa província. Eu me coloco na disposição de melhor servir a nossa província, a nossa igreja, e também para bem servir, e melhor servir o nosso povo de Deus. Eu acredito que a presença de Maria, de Nossa Senhora, ela é fundamental nesta minha história de vida, e neste meu servir. Eu espelho este meu servir no sim que Maria deu. o Evangelho de hoje já nos diz sobre este ‘sim’ que Maria deu, gratuito, alegre, de servir, de servir a Deus. E é nesta disposição e disponibilidade deste sim de Maria que eu também me coloco. Eu sou natural aqui de Vila Velha, da paróquia Nossa Senhora do Rosário, uma paróquia que é atendida pelos frades da nossa província.

Então, a presença dos frades também sempre foi muito forte na minha vida e na minha história, na minha formação eclesial. Nós podemos destacar alguns nomes. O Frei Aurélio Stulzer, que eu não conheci em vida, mas sempre escutei o grande trabalho que ele realizou aqui em Vila Velha e também na nossa paróquia. O Frei Ladir Antoniazzi, uma grande referência do frade, que foi para mim também. O Frei Clarêncio Neotti, o Frei Paulo Roberto Pereira, o nosso provincial; o Frei Florival, grandes frades que me animaram e mostraram que é possível seguir o Evangelho na fraternidade, ao modo de São Francisco de Assis. Então, tendo essas bases, essas boas influências, se assim eu posso dizer, eu decidi, primeiro, ser frade menor, ser irmão e depois assumir com disponibilidade a causa do reino sendo presbítero.

FREI GABRIEL: Quando você lembrou o Evangelho de hoje, nós vimos que o ‘sim’ de Maria não foi dado no início já da conversa com o anjo Gabriel, mas ela fez perguntas. Acredito que todo chamado, uma pessoa que tem consciência da grandeza do chamado que recebe, ele desperta antes, talvez, de um sim perguntas. Eu gostaria que você falasse desse seu momento de discernimento vocacional. Como é que você percebeu, quis dar esse passo, você tinha dúvidas e depois você esclareceu, você entrou com todas as certezas, como que foi para você esse momento, desse passo e que, com certeza, foi envolto também dessa intercessão de Nossa Senhora.

FREI FELIPE: Então, o ano era 2012, mas antes, em 2011, o Frei Paulo já havia feito convite para entrar no processo formativo da província e a resposta foi um não, não é? Foi um não! Mas a pergunta, o convite, ficou martelando na nossa cabeça. Então, depois, teve uma ordenação presbiteral do Frei Vanderley Grassi, no ano de 2012, e ali, sim, eu pude perceber o chamado de Deus não é isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu vou fazer de todo o coração, parafraseando São Francisco de Assis, não é? Então, foi nesse meio, nesse momento da ordenação, em que eu percebi claramente, não, o Senhor está me chamando, eu preciso dar uma resposta. E ali, sim, eu dei a minha resposta. Mas as dúvidas, elas sempre, sempre foram presentes. A gente nunca tem certeza absoluta de nada.

Mas, à medida que nós vamos caminhando, nós vamos entendendo os mistérios de Deus na nossa vida, o modo como Ele age em nossa vida, Ele vai nos chamando, aí nós vamos tendo um pouco mais de clareza e vamos percebendo que é isso mesmo que o Senhor quer para a minha vida.

FREI GABRIEL: Nós estamos aqui com uma fraternidade ampla de frades que vieram para a sua ordenação. A Ordem Franciscana Secular também se fez presente nesse momento devocional. E eu sei que na nossa proximidade, você sempre se dedicou muito aos estudos dessa devoção à Nossa Senhora da Penha, especialmente da festa. E tem uma figura que eu acho que é importante também ser lembrado e eu gostaria que você dissesse o que que essa figura traz para você, que é do Frei Pedro Palácios, o grande idealizador do nosso Convento da Penha, um homem sonhador que trouxe de baixo do braço o desejo de viver uma festa para Nossa Senhora das Alegrias, construir para ela um convento. E depois que ele resolveu tudo isso partiu para o céu. Eu queria que você deixasse assim, o que que essa figura do Frei Pedro Palácios e essa história franciscana que acontece aqui no solo do Capixaba falam para você?

FREI FELIPE: Frei Pedro Palácios é esse exemplo de serviço. Se nós pegarmos a história, não tem muito escrito sobre ele, mas o que se tem escrito nós podemos observar esse grande desejo de servir o próximo. Pedro Palácios não foi um frade presbítero dos ministérios ordenados, mas ele foi um grande evangelizador. Ele tinha essa gana de evangelizar e ajudar o outro. Antes de vir para o Espírito Santo, Pedro Palácios cuidava de um hospital na arrábida de Portugal e sempre os relatos que se tem é que eles estavam com os mais doentes, aqueles que não tinham mais quase chances de se curar. Então ele queria estar neste meio.

E para mim também, eu trago como exemplo, como inspiração ser como o Pedro Palácios, estar próximo daqueles que mais precisam. E depois que ele vem para o Brasil, aquela gana de evangelizar e de salvar almas que havia no Novo Mundo, o Brasil, então ele vem e traz consigo este painel de Nossa Senhora, uma grande devoção pessoal dele e também da nossa ordem franciscana, contemplar as alegrias de Nossa Senhora. Então, aqui estamos no Convento da Penha, dedicado à Mãe das Alegrias, que ele trouxe seu painel e radiou toda essa história franciscana e que tem grandes legados. É impossível um capixaba não se emocionar, não ficar alegre quando diz, vamos à Penha, não é? Vamos rezar à Penha, vamos subir à Penha Sagrada. E eu também trago esse desejo comigo, essa inspiração. Ah, vamos à Penha. Isso traz não só palavra, mas traz sentimento, traz amor, traz afeto. ‘Nós vamos à Penha, nós estamos na Penha’. Então isso também, muito me encanta e isso também me inspira e me inspirou a fazer o meu trabalho de conclusão de curso sobre esta festa, sobre esta devoção, sobre este sentimento que brota no coração de todo o capixaba quando fala, Festa da Penha, ‘vamos à Penha’, vamos à casa da Mãe das Alegrias.

FREI GABRIEL: E ‘completar a obra começada’, essa é a inspiração que você tem procurado viver nesse momento da sua ordenação presbiteral. Como é que você se preparou para esse momento? Qual é o sentimento que traz, que vem à mente agora nesse período em que você se prepara para que essa obra continue agora com esse ministério?

FREI FELIPE: Este versículo do Salmo 137 ele me diz muito, ele me acompanha muito tempo na minha caminhada formativa, religiosa. Então me coloco na dimensão, na humildade de que eu não me basto, eu não consigo completar a obra, mas sim é o Senhor que completa a obra em mim e completa em cada um de nós. No convite de ordenação nós escolhemos um retrato, um quadro da Estigmatização de São Francisco. São Francisco está diante do crucificado sendo Estigmatizado. Ali eu encontrei um pouco na arte o que quer dizer completar a obra. Francisco olhando para o Senhor, ele se coloca nesse dinamismo da humildade. É o Senhor que agora completa a obra, não é? Francisco doou-se até aquele momento e agora é o Senhor que completa, o Senhor que realiza a obra. Então nesse sentido também eu me preparo para a minha ordenação.

FREI GABRIEL: Para lembrar a programação dessa semana, nós vamos ter então o início desse momento do Terço Vocacional o início do Tríduo. Então nos próximos três dias algumas comunidades da paróquia Nossa Senhora do Rosário serão visitadas pelos frades missionários fazendo especialmente a visita nas casas e depois à noite a celebração do Tríduo. Nesta quarta-feira, o primeiro dia às 19 horas, o nosso Tríduo Vocacional vai refletir sobre a nossa vocação batismal lembrando também desta vocação do Frei Filipe que abraça o batismo como a sua vocação e que depois se desenvolve nesse Ministério Presbiteral e também na sua vocação religiosa. Então amanhã na comunidade Jesus Ressuscitado, a famosa comunidade da pedra, nós iremos lá para petrificar a nossa fé, firmar a nossa fé nessa certeza de como batizados queremos ser missionários do Senhor.

Depois do segundo dia do Tríduo será na comunidade Santa Clara também às 19 horas refletindo sobre a vocação franciscana de Frei Filipe e no terceiro dia, vamos refletir sobre a vocação presbiteral também às 19 horas, sempre às 19 horas na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, aqui na Prainha bem perto do Convento da Penha. Você pode participar dessas celebrações, rezar conosco viver esse momento de fé.

FREI FELIPE: Convido a todos a participarem comigo da minha ordenação presbiteral que vai ser no Santuário do Divino Espírito Santo, a minha comunidade de origem, onde lá comecei toda a minha, e tive toda a minha formação eclesial e ali serei ordenado presbítero pela imposição de mãos do nosso Bispo Auxiliar Dom Anderson Franklin, às 18 horas, sábado dia 11. E assim a primeira Missa também ali no Santuário, no dia 12, às 11 horas. A outra Missa não poderia ser em outro lugar, senão aqui no Altar da Penha, no próximo dia 13, segunda-feira, às 15 horas, no Convento.



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