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12/05/2025

Cerca de 3 mil jornalistas encontram Papa Leão XIV no Vaticano, inclusive brasileiros

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Filipe Domingues, especialista brasileiro em Vaticano, doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Gregoriana e diretor do Lay Centre em Roma foi um dos sorteados para cumprimentar o Papa Leão XIV na audiência para a imprensa internacional na Sala Paulo VI: “foi pura sorte mesmo, porque houve um sorteio entre os jornalistas credenciados por língua”. O jornalista descreveu Leão XIV como “tranquilo e amigável”; “sempre achei que ele seria um ótimo candidato para ser o Papa”.

A imprensa internacional, que encontrou o Papa Leão XIV na manhã desta segunda-feira (12/05) na Sala Paulo VI, no Vaticano, tem se mobilizado em Roma desde o início de internação de Francisco em 14 de fevereiro. Equipes têm se revezado com correspondentes e enviados especiais de lá até hoje: já são quase 3 meses de cobertura ininterrupta entre os 38 dias de boletins diários sobre a saúde de Bergoglio no Hospital Gemelli devido a uma pneumonia bilateral, o período de convalescença na Casa Santa Marta, o falecimento de Francisco em 21 de abril até a missa das exéquias em 26 de abril, o período dos Novendiali de luto e oração pelo Pontífice falecido com as congregações gerais dos cardeais, o Conclave e a fumaça branca que elegeu Leão XIV como novo Papa.

Usar a palavra de forma desarmada e desarmante

“Agradeço o trabalho que realizaram e realizam neste tempo que, para a Igreja, é essencialmente um tempo de Graça”, disse logo no início do discurso Leão XIV. Uma mensagem que também foi um convite aos jornalistas para levar adiante “o serviço à verdade” com uma comunicação que saiba escutar e com “palavras desarmantes” “para desarmar a terra”, como salientou Filipe Domingues, especialista brasileiro em Vaticano, doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Gregoriana e diretor do Lay Centre em Roma:

“Ele falou um pouco sobre a informação, a busca da verdade, o jornalismo que não se deixa levar por essa a disputa de ideias. Ele falou para usar a palavra bem, de forma desarmada e desarmante. Assim como essa expressão ele usou também outro dia para falar da paz: uma paz desarmada e desarmante. Lembrou também os jornalistas perseguidos pela sua profissão e foi muito aplaudido nesse momento. Agradeceu também os jornalistas pelo trabalho durante o Conclave, tentando estimular essa informação à comunicação ponderada, que olha para a realidade com atenção à complexidade, não simplificando demais as coisas.”

“Foi pura sorte mesmo”, conta brasileiro que saudou o Papa

Filipe Domingues conseguiu cumprimentar o Papa Leão XIV na Sala Paulo VI, entre os 3 mil jornalistas presentes, e trocar algumas palavras com o novo Pontífice, como conta à Rádio Vaticano – Vatican News:

“Desta vez foi pura sorte mesmo, porque houve um sorteio entre os jornalistas credenciados por língua. Eu, junto com a Aura Miguel, de Portugal, fomos sorteados. Então, tivemos a chance de, já nesse primeiro encontro, conhecer o Papa Leão. Ele sempre o mesmo, sempre tranquilo, amigável, porque eu já tinha encontrado ele antes no meu trabalho do Lay Centre, uma residência universitária aqui em Roma. Ele já veio celebrar conosco. E aí eu lembrei disso e disse: a gente já se conheceu aquela vez. E ele: ‘sim, sim’. Eu disse: olha, se a gente puder ajudar em alguma coisa, estamos à disposição. Aí ele agradeceu e foi só isso. Foi muito rápido.”

Um momento rápido, mas que já deixa muita esperança para este início de pontificado, comenta Filipe:

“Muita esperança, muita alegria. Sempre achei que ele seria um ótimo candidato para ser o Papa. Embora fosse americano, a gente tinha um pouco de dúvida se ele ia conseguir ser eleito, mas acho que agora está mostrando que vai sim ser uma figura de unidade, do jeito dele com seu carisma vai conseguir trazer a gente para prestar atenção nos temas do mundo de hoje e o papel da Igreja na sociedade.”

Cerca de 3 mil jornalistas encontram Papa Leão XIV no Vaticano, inclusive  brasileiros - Vatican News
Jornalista capixaba Anna Ferreira e sua filha Taís

Um cachecol de alpaca dos Andes peruanos, uma foto ao lado de uma jornalista em um terno branco quase “papal”, o presente de uma relíquia do Papa Luciani, a proposta de uma partida de tênis (um de seus esportes favoritos), a pergunta sobre uma possível viagem a Niceia e a Fátima que ele gostaria de ter feito quando cardeal. Esperava-se o beijo mão, em fila, um por um, mas, em vez disso, o Papa Leão XIV desceu os degraus do palco da Sala Paulo VI e foi pessoalmente cumprimentar as primeiras filas de jornalistas – representando a mídia de todo o mundo – recebidos em audiência, nesta segunda-feira (12/05), em sinal de agradecimento pelo excelente trabalho de cobertura realizado desde a morte do Papa Francisco até o Conclave e sua eleição.

Uma partida de tênis?

Fotos, presentes, autógrafos e bênçãos durante o longo giro do Pontífice entre os vaticanistas de várias línguas e jornais, e também algumas frases engraçadas. Como por exemplo, sobre uma possível partida de tênis beneficente, proposta por Inés San Martin, responsável de comunicação das Pontifícias Obras Missionárias: “Seria bom ter uma partida, eu organizo!” “Ah, sim, é realmente uma boa ideia. Só não me tragam o Sinner”, respondeu o Papa, insinuando que “teme” o talento do campeão italiano.

A bandeira do Peru num computador
A bandeira do Peru num computador   (@Vatican Media)

Um presente em memória do Papa Luciani

Com gratidão, Leão XIV aceitou o presente de Stefania Falasca, editorialista do jornal “Avvenire” e postuladora da causa de canonização de João Paulo I, que doou uma pequena relíquia do Beato Luciani, que tomou para si o “Sermo humilis” de Santo Agostinho para que a mensagem da salvação pudesse chegar a todos. Luciani, que aspirava a ser jornalista na juventude, disse: “Mesmo com a caneta, pode-se fazer o bem”.

Fotos e presentes

Numerosas cartas e bilhetes foram entregues ao Papa, que provocou uma exclamação espontânea na multidão ao repetir a saudação em linguagem de sinais feita pela irmã Verônica Donatello, responsável pelo Serviço Pastoral para as Pessoas com Deficiência da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Por alguns instantes, o Papa Prevost se deteve com a correspondente da TV2000, Cristiana Caricato, que brincou sobre seu terno branco e sapatos vermelhos: “Tenho um terno branco, mas não tenho ambições de ser papisa”. “Bonito”, disse Leão, pedindo para tirar uma foto ao lado da vaticanista. E fez o mesmo com a jornalista Paola Ugaz, conhecida no Peru por sua enquete sobre o movimento Sodalício, que lhe presenteou com uma chalina, um cachecol multicolorido de lã de alpaca, proveniente dos Andes. As mesmas terras onde o Pontífice foi missionário por cerca de vinte anos. O Papa Prevost colocou-o no pescoço para tirar a foto e depois cumprimentou um grupo de peruanos que lhe mostravam sua bandeira no computador.

Irmã Donatello cumprimenta o Papa em linguagem de sinais
Irmã Donatello cumprimenta o Papa em linguagem de sinais   (@Vatican Media)

EUA, Fátima, Niceia

E se ao colega estadunidense que perguntou se uma viagem aos EUA estava planejada “em breve”, Leão XIV respondeu “não em breve”, enquanto a jornalista portuguesa Aura Miguél, que lembrou a festa de Nossa Senhora de Fátima amanhã, 13 de maio, o Papa respondeu: “Sim, o cardeal Prevost tinha planejado ir (a Fátima), mas os planos mudaram”. Ainda sobre o tema das viagens, alguns jornalistas perguntaram ao Pontífice se será realizada a famosa viagem a Niceia, na Turquia, para os 1700 anos do Concílio, um desejo do Papa Francisco, que muitas vezes e em diversas ocasiões expressou o desejo de viver este evento. Leão XIV mostrou-se aberto à possibilidade.

“Companheiros de viagem”

Por fim, alguns repórteres expressaram suas intenções: “Não somos seus inimigos, mas queremos ser seus aliados e companheiros de viagem e, se um dia ele quiser, gostaríamos que nos ouvisse.”

Fonte: Vatican News (Andressa Collet e Salvatore Cernuzio)

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