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02/05/2025

455 anos da morte de Frei Pedro Palácios, apóstolo fundador do Convento

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Paz e Bem.

Neste dia 2 de maio, os franciscanos do Convento recordam os 455 anos da partida de Frei Pedro Palácios ao céu.

Em 1500, acompanhando Pedro Álvares Cabral, os franciscanos – entre eles Frei Henrique Soares de Coimbra -, foram os primeiros evangelizadores da nova terra. Segundo a história, até a chegada dos jesuítas, em 1549, foram os únicos missionários.

Depois da chegada dos jesuítas ao Brasil, certamente o mais célebre missionário franciscano foi o irmão leigo Frei Pedro Palácios, em 1558. Ele dedicou-se, em primeiro lugar, à vida contemplativa. Mas a interrompia, periodicamente, para implantar a fé cristã entre os indígenas e conservá-la entre os europeus residentes no Brasil. Doze anos de vida exemplar e de marcada influência religiosa sobre os filhos da terra e os imigrantes da região de Vila Velha foram suficientes para perpetuar a sua figura de apóstolo pelos séculos afora.

Frei Pedro Palácios deve ter nascido nos anos de 1500, em Medina do Rio Seco, na província de Valladolid, comunidade de Castilha e Leon, na Espanha. A respeito de sua origem familiar, não há dados exatos. Ingressou na Província Franciscana de São José de Castela. Mais tarde incorporou-se na da Arrábida, de Portugal, que também aderiu à reforma de São Pedro de Alcântara. Os religiosos da Arrábida se entregavam, de preferência, à vida de penitência em eremitérios.

Os franciscanos da Arrábida estavam encarregados dos cuidados do hospital Real de Lisboa, ou seja da Santa Casa de Misericórdia. Lá Frei Pedro se dedicou por vários anos à assistência aos doentes. Mais tarde, a seu pedido, e com a permissão do Custódio Frei Damião da Torre, viajou para o Brasil, na qualidade de missionário, onde pretendia pôr em prática os ideais de São Pedro de Alcântara, vivendo como eremita e trabalhando como missionário.

Trouxe consigo um artístico painel de Nossa Senhora dos Prazeres. O ano exato e as circunstâncias da sua travessia do Atlântico continuam desconhecidos. Frei Pedro desembarcou em Salvador da Bahia onde iniciou a sua atividade missionária. O agora São José de Anchieta, grande admirador de Frei Pedro, refere a sua estadia e a sua atividade em Salvador, como também depois em Vila Velha, na Capitania do Espírito Santo.

Maria Stella de Novaes, a notável historiadora do Espírito Santo, tem uma outra posição sobre a devoção a Nossa Senhora da Penha. Segundo ela, trata-se da mesma devoção a Nossa Senhora da Penha de França, iniciada no Puy, “no antiquíssimo templo da Notre Dame de France, a quem Luís XIII consagrou sua Pátria”. Afirma que “Puy” significa montanha, lugar elevado; “Penha” vem do céltico “Pen”, penhasco, que se tornou “Pena” em castelhano e “Penha”, em português, e não “Pena”, sinônimo de “amargura”, “mágoa”, “sofrimento”. E deve estar certa, pois o quadro trazido por Frei Pedro Palácios é o de Nossa Senhora das Alegrias, equivalente ao de Nossa Senhora da Penha, como cantam os seus devotos, até hoje:

“Mãe da Penha e das Alegrias,
Mãe de todos os nomes és, ó Maria,
A esperança, porto sempre seguro,
um amor verdadeiro e tão puro.
Tens, ó mãe, no olhar um brilho divino,
conheces a fé dos teus peregrinos.
Mãe do amor, tão sensível mulher,
a ti meu canto de amor, louvor e fé”.

(Egnalda Rocha Pereira, letra e Clelione M. da Silva, música)

Estatua de Frei Pedro Palácios – IBGE

A literatura existente, de acordo com uma publicação bem recente, do ano de 2003, conta que há indícios que alguns milagres ocorreram durante e após a morte de Frei Pedro Palácios. Na própria viagem de Frei Pedro, a embarcação foi acometida de furiosa tempestade, correndo perigo de naufragar. Nesse grande aperto, lembram-se os navegantes do religioso, companheiro de viagem, cujas santas virtudes já frequentemente tiveram ensejo de admirar. Recomendaram-se às suas orações e um tomou-lhe o manto e com ele tocou as furiosas ondas do mar, que imediatamente se acalmaram, permitindo próspera travessia. Desde então, Frei Pedro Palácios só era chamado de santo frade.

Em 1609, foi realizada a trasladação dos restos mortais de Frei Pedro Palácios para o Convento de São Francisco, em Vitória, ES. Quisera Deus, Nosso Senhor, alertar o povo para a real santidade de seu servo, deixando visível a prova quando foi aberta a sua sepultura, que foram retiradas veneráveis relíquias: os ossos limpos; a calvaria com seus miolos inteiros e secos, sem corrupção alguma, um pedaço do cordão e outro do hábito franciscano. Rapidamente a notícia se espalhou e várias pessoas que estavam acometidas de graves enfermidades, recorriam à intercessão de Frei Pedro, assim sendo, ao tocarem em seus ossos, recebiam a graça da cura.

Frei Pedro Palácios, que tanto desejou celebrar a festa da Mãe de Deus, com insistência rezava para que Deus não o levasse antes de celebrá-la pelo menos uma vez. E foi atendido. Na quarta-feira depois da festa, no dia 2 de maio de 1570, foi encontrado morto na Capela São Francisco, de joelhos, encostado no altar, mãos postas como em devota oração.

Frei Fidêncio Vanboemmel, define esta tradição: “A espiritualidade mariana vivida por São Francisco de Assis e por ele implantada como parte da mística franciscana, no coração dos seus frades, a partir de Frei Pedro Palácios, encontrou eco no coração do povo capixaba e, hoje, é cantado por todos os peregrinos nesta devoção especial a Nossa Penha da Penha”.

Secundando os desejos das autoridades eclesiásticas, Frei Vicente do Salvador, superior da Custódia de Santo Antônio, iniciou em 1616 o processo informativo sobre a vida e as virtudes de Frei Pedro Palácios. Mas, com o término do mandato de Frei Vicente, em 1617, cessaram as inquirições de testemunhas, e as atas já feitas desapareceram sem deixar pista.

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA DA PENHA

Oh! Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, Senhora da Penha, sois a Mãe feliz das sete alegrias, Nossa Senhora da Páscoa. Reunidos em comunidade como Igreja de vosso Filho Jesus, vos consagramos nossa vida e nossa caminhada na fé. Acolhei nossa oferta, queremos ser vossos filhos devotos. Ajudai-nos a ser fiéis ao Evangelho de vosso Filho Jesus e sempre trabalhar pelo Reino, como servidores da Paz e da Justiça e como construtores da fraternidade.
Oh! Mãe querida, protegei todo o Estado do Espírito Santo, os governantes e todos os habitantes e trabalhadores desta terra. Abençoai nossa comunidade e toda a nossa Igreja, com seus pastores e ministros. Fortalecei nossas famílias no diálogo e na comunhão. Que as famílias sejam Igrejas domésticas e ambientes de fé. Fazei que um dia participemos todos juntos, ao vosso lado, das alegrias eternas do Reino da Vida. Amém.

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