• Início
  • /
  • Notícias
  • /
  • 3º dia do tríduo: “Viver a missão de presbítero é optar sempre pela simplicidade”

Notícias

11/10/2025

3º dia do tríduo: “Viver a missão de presbítero é optar sempre pela simplicidade”

Compartilhar:

Paz e Bem.

A Semana Missionária em preparação para a Ordenação Presbiteral do Frei Felipe Medeiros Carretta chegou ao seu terceiro dia, nesta sexta-feira (10), com o encerramento do tríduo na histórica Igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada no sítio histórico da Prainha, em Vila Velha-ES. Missionários, frades, fiéis da comunidade paroquial e amigos do diácono transitório, cantaram louvores de ação de graças pela vida e testemunho do filho da terra.

A Igreja do Rosário é a mais antiga em funcionamento e em atividade litúrgica no Brasil, com data de fundação de 1535. O local guarda inúmeras memórias e já testemunhou acontecimentos importantes na história da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, além de ser um marco importante para a identidade cultural, histórica, religiosa e geográfica do estado do Espírito Santo. Agora ela também é testemunha da fidelidade de um filho devoto, pois foi diante da Virgem do Rosário e dos fiéis que Frei Felipe reafirmou seu compromisso de ser fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo e da Santa Igreja.

“Te amarei, Senhor! Te amarei, Senhor! Eu só encontro a paz e a alegria, bem perto de Ti”. Foi entoando esse cântico de comprometimento com o Senhor, que teve início a Celebração da Eucaristia. O tema da reflexão foi a Vocação Presbiteral, um convite a confirmar a decisão “para sempre seguir-Te, não voltar atrás”, parafraseando a canção. No “juramento de fidelidade”, o jovem frade se compromete a seguir a Cristo com todas suas exigências e necessidades.

Frei Fábio Vasconcelos, OFM, da Custódia São Benedito da Amazônia (Santarém, Pará), presidiu a Missa. Os frades da Província também estiveram presentes, inclusive o Ministro Provincial, Frei Paulo Roberto Pereira, que possui uma proximidade muito grande com a cidade canela-verde, já que foi pároco da Paróquia do Rosário e Guardião do Convento da Penha. Além disso, ele também foi um dos frades que inspiraram Frei Felipe ao chamado da vida religiosa consagrada franciscana.

Ao iniciar a homilia, Frei Fábio destacou que ao abraçar a vocação presbiteral, Frei Felipe também abraça a vocação de cada um, pois “é no coração das comunidades onde nascem as vocações”. E continuou: “E nesses três dias nós tivemos a oportunidade de percorrer todo esse itinerário, desde a vocação batismal, esse grande chamado ao seguimento de Cristo, a vocação à vida religiosa e hoje a vocação presbiteral. Nós recordamos que seguir Cristo é sempre colocar-se a caminho. Então, um jovem que viu todo aquele movimento, corre ao encontro de Jesus, ele não quer perder a oportunidade, tem pressa e vai ao encontro do Senhor, porque sabe que nele pode encontrar uma proposta de vida, um itinerário missionário e vocacional, mas o Evangelho nos mostra que, ao serem apresentadas as exigências desse caminho, o jovem não dá o passo seguinte, não dá o passo mais profundo de entregar-se totalmente, de deixar para trás suas certezas, suas seguranças, as seguranças que muitas das vezes nós depositamos no dinheiro, no status, até mesmo, como ele próprio diz, nas boas ações que ele realizava. Não basta as boas ações, não bastam as boas ações, não basta, nós precisamos viver o caminho de Cristo, viver acompanhando o Senhor no seu discipulado. Esse caminho que fez também Francisco de Assis”, explicou.

“Então, viver a missão de presbítero, a vocação presbiteral, dentro de uma dinâmica franciscana, é optar sempre pela simplicidade, é optar sempre pelo Cristo como a nossa referência. Quando nós escutamos hoje também a Carta aos Hebreus, nós vemos que Cristo é o modelo por excelência, a referência do sacerdócio. Ele, como nós rezamos na oração eucarística, é o sacerdote verdadeiro, Ele é que é o sacerdote. E nós, na nossa missão, na nossa caminhada, buscamos nos configurar a Ele, a ser sinais de esperança. E o próprio Cristo, em muitas das passagens, percorre os caminhos observando as pessoas, observando suas dores, tendo compaixão de uma multidão e convidando outros para esse seguimento do reino. Ele próprio sabe que a messe é grande, que o trabalho é enorme, mas poucos os trabalhadores, poucos os que se dispõem a seguir, a caminhar com Ele”, comentou Frei Fábio.

Ainda no contexto da Carta aos Hebreus, o frade lembrou que “o sacerdócio de Cristo que não é simplesmente um sacerdócio ritual, ritualístico, cultural, não, é um sacerdócio vivencial. Cristo fez da sua própria vida uma liturgia e Ele próprio se fez sacerdote na cruz, sendo também a vítima, a oferta, sendo também Ele o sacrifício para os outros. Tantas vezes na celebração, nós dizemos o meu e o vosso sacrifício e quantos são também os sacrifícios que nós precisamos fazer, quantas abnegações precisamos realizar para o seguimento de Cristo, não só os ministros ordenados, mas todos nós, nessa comunidade sinodal, nessa comunidade que quer caminhar junto com o Senhor, nessa comunidade toda ela vocacionada ao reino”.

Frei Fábio fez uma correlação entre o tema do primeiro dia do tríduo, ou seja, entre a vocação batismal com a vocação presbiteral. “Nós precisamos abraçar também esse sacerdócio que é comum de todos os fiéis, todo batizado, toda batizada é um sacerdote também nesse reino, é a pessoa que eleva a Deus preces, súplicas, como o próprio Cristo fez, como o próprio Cristo fez. Então nós nos tornamos imagens desse Cristo orante, desse Cristo que se entrega para que uns aos outros nos ajudemos, tanto os ministros ordenados, quanto os fiéis leigos e leigas, que nós possamos caminhar para o único sacerdócio, é o Cristo que preside, que nos preside, é Ele quem celebra, Ele que nos encaminha, Ele que é o sentido do nosso viver. E também, nós escutamos no Evangelho, Cristo que tem compaixão, que olha para os sofredores”, observou.

“A missão do presbítero é também essa, de levar conforto, consolação, perceber da realidade. E a formação vocacional com Jesus, não é uma formação simplesmente escolar, não é uma formação intelectual, não, é uma formação do fazer e do viver no meio do povo. É nesse viver, é nesse aproximar-se que nós temos tantos critérios do discernimento do nosso serviço ao povo, na forma como nós dialogamos, na forma como nós testemunhamos, como também nós temos a apresentação desse caminho, é o caminho de serviço”, explanou.

Por fim, Frei Fábio afirmou que o presbiterato é uma vocação de serviço ao outro. “Não do serviço a si próprio, não do serviço aos próprios interesses. Um serviço ao outro, um serviço que nos arranca do ‘autorreferencialismo’, que nos arranca do desejo de vivermos em função de nós mesmos, é isso que Cristo nos apresenta. Então, que nós rezemos pelo Frei Felipe, rezemos pela sua família, que nos doa, que doa a igreja esse irmão, rezemos por todos nós, para que nós encontremos e vivamos essa vocação do bom mestre, do Senhor, com quem nós queremos para sempre caminhar”, concluiu.

Após a reflexão, Frei Gabriel Dellandrea auxiliou no rito de “juramento de fidelidade”, onde Frei Felipe colocou suas mãos na Sagrada Escritura, afirmando que “ao assumir a função de Presbítero, prometo conservar sempre a comunhão com a Igreja Católica, seja nas palavras, seja no modo de agir. Desempenharei, com grande diligência e fidelidade, os deveres a que estou obrigado para com a Igreja, tanto universal como particular, na qual, segundo as normas do direito, fui chamado a prestar o meu serviço”, diz o trecho inicial.

Esse momento expressou a realidade em que a vocação presbiteral não se constrói sozinho, mas com os fiéis, com a comunidade e principalmente com a fraternidade. Frei Felipe professou sua entrega total a Jesus Cristo e à Igreja. Assim que fez a leitura confirmando seu juramento, Frei Felipe apresentou o documento à assembleia e entregou para ser arquivado no centro de documentação da Província.

Na sequência, com o Ritual de Bênçãos, o presidente da Celebração Frei Fábio, abençoou as vestes do neossacerdote (estola e casula) e os objetos eucarísticos, patena e cálice, onde Frei Felipe, a partir de sua ordenação, vai consagrar pão e vinho, se tornando Corpo e Sangue de Cristo. O ato é carregado de importância, porque no momento da Ordenação, o bispo ordenante vai entregar nas mãos do diácono dizendo-lhe: “Recebe a oferenda do povo para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que vais celebrar, conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”.

Antes da Bênção Final, os freis impuseram as mãos sobre Frei Felipe invocando bênçãos, rezando por sua vida e pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Depois, cantaram o refrão do hino de Nossa Senhora da Penha. Os familiares do frade capixaba participaram e também receberam as bênçãos no fim.

Frei Felipe Carretta será ordenado neste sábado, dia 11 de outubro, às 18 horas, no Santuário Divino Espírito Santo, Vila Velha, pela imposição das mãos de Dom Andherson Franklin Lustoza de Souza, bispo auxiliar de Vitória. A Celebração também será transmitida pela TvFranciscanos, no YouTube (clique aqui para assistir)


NOTÍCIAS

Paz e Bem. Na tarde deste 1º de novembro, a Capela do Convento da Penha acolheu fiéis para a celebração da Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus,

Paz e Bem. Neste domingo, dia 2 de novembro, a Igreja celebra a Comemoração dos Fiéis Defuntos, é o Dia de Finados. Uma celebração em que os cristãos recordam com

Paz e Bem. A tarde desta quarta-feira (29) foi marcada pela tradicional Missa da Saúde, celebrada no Campinho do Convento da Penha e presidida por Frei Gabriel Dellandrea, OFM. Reunidos

Paz e Bem. Na manhã deste domingo (26), o Campinho do Convento da Penha acolheu fiéis para a Santa Missa das 9h, a tradicional celebração que reúne devotos, romeiros e