Paz e Bem.
O segundo dia do Encontro Nacional de Reitores de Santuários do Brasil, que acontece em Vitória, Espírito Santo, começou com a Celebração Eucarística presidida pelo Frei Djalmo Fuck e concelebrada pelos mais de cem presbíteros que participam do evento.
Logo após o café, a primeira palestra do dia foi ministrada pelo professor Sérgio Alejandro Ribaric com o tema: “Fortes no amor. A ida à casa do Senhor!”. O palestrante enfatizou a importância do sacramento da reconciliação como uma forma de acolhida. “O sacramento da reconciliação é de suma importância principalmente no santuário e a presença mais importante dentro de um santuário, mais propícia à conversão, é o lugar onde acontecem as confissões, a reconciliação. O peregrino, a pessoa que busca um santuário, ela sente a falta, a presença de Deus, portanto, ele busca a reconciliação. É o momento onde o homem se ajolha diante de Deus e quer não apenas o perdão, mas é o momento em que ele encontra a Deus, é o momento mais sublime da confissão, quando o padre diz: eu te perdoo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, afirmou.
O professor também refletiu sobre o tempo que a Igreja vive, em meio às preparações para o jubileu de 2025. “O encontro do peregrino com Deus se faz no santuário, porque o peregrino está disposto a ir ao santuário se ajoelhar, rezar, encontrar Deus para ouvir Dele um afago na alma, principalmente para aquela dor que ele sente. E o caminhar juntos que propõe o jubileu é isso, celebrar o encontro”.
Frei Vitório Mazzuco palestrou em seguida, falando sobre “a identidade do Santuário como lugar de acolhida e evangelização sob a ótica da esperança”. Para ele, “o lugar religioso, o santuário é o espaço sagrado que mostra a unidade espiritual entre o divino e o humano, lugar onde céu e terra se encontram, espírito e matéria, o lugar celebrativo do ‘ser religioso’. Ali, a fé é uma verdade absoluta que transcende o mundo, sem sair do mundo. O santuário é o lugar do cuidado do espírito. Também somos da natureza humano, portanto, precisamos ser profundamente humanos para entendermos o que é viver divinamente no mundo e temos uma natureza biológia, isto é, estar ao lado da vida”, destacou.
“O Ano Santo da Esperança quer mostrar aos fiéis que esperança é o princípio da fé. O melhor modo de acolher é acreditar na pessoa. Deus tem uma fé profunda na pessoa porque nos ama incondicionalmente, então o melhor modo do santuário se se preparar é falar do ano santo, – aquilo que não é falado não existe, o que não se apresenta, não se sabe o que é -, e que se fale muito da esperança e o Papa Francisco pediu que este ano de preparação fosse o ano da oração. O fiel que visita um santuário quer se sentir filho e filha de Deus, quer ser acolhido como um lugar da esperança”, contextualizou Frei Vitório.
A tarde houve uma mesa redonda com apresentação de considerações e questionamentos. Alguns participantes destacaram as reflexões a partir do tema principal: “Da Misericórdia à Esperança: Santuários do Brasil a caminho do Ano Jubilar”.