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29/09/2025

Frei Robson: “Diante de Deus somos todos irmãos”

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Paz e Bem.

Frei Robson de Castro Guimarães presidiu a tradicional Missa Campal, nove da manhã deste domingo (28), dia da 34ª edição das 10 Milhas Garoto, uma corrida que levou milhares de atletas às ruas, e, no início da tarde, alguns desses atletas subiram ao Convento.

Na homilia, Frei Robson iniciou com um exemplo pessoal para explicar o tema da liturgia da Palavra, em que muitas pessoas procuram videntes, cartomantes para “saber o futuro”, porém, nas palavras do frade, “o futuro pertence a Deus”. Depois, explicou que é necessário sim olhar para o futuro. “Então, o olhar que nós temos que ter não é o de preocupação com o futuro, mas o nosso olhar tem que estar voltado para a pessoa do Senhor Jesus, principalmente de Jesus crucificado, porque ali na cruz nos é revelado e nos é dito de uma maneira explícita todo o amor com que Deus ama toda a humanidade ou, quisermos dizer, a cada um de nós. Ele não poupou até mesmo a vida do seu filho para que, assumindo a paixão à morte, pudesse resgatar a nós no nosso relacionamento que antes nós havíamos perdido com Deus. Então, a entrega de Jesus no Calvário é essa declaração de amor que Deus tem para com cada um de nós. Portanto, ao olharmos a pessoa de Jesus crucificado, ali deveríamos meditar a paixão do Senhor e também nos sentirmos extremamente amados. Como o próprio Jesus nos diz no Evangelho de São João, não há maior amor, prova de amor, do que aquele que dá a vida pelos seus amigos. Então, Jesus doou a vida dele para quê? Para que esta união entre Deus e nós pudesse permanecer. Quem cuida da nossa vida, quem vem até nós, quem nos protege, quem abre os caminhos, quem abre as portas, quem nos garante um futuro é o próprio Deus e não simplesmente o nosso desejo de queremos controlar aquilo que não nos é permitido. Então, Deus tem que ser o centro e o Senhor da nossa existência. Se estamos unidos a Deus diariamente, se Ele se torna o centro da nossa existência, não temos o que temer com relação ao futuro da nossa vida”, comentou. .

Na sequência, Frei Robson afirmou que, “se na Primeira Leitura (Amós 6,1.4-7) fala Deus tem que ser o centro da nossa existência, pai e mãe, ao corrigir os seus filhos que não querem ouvir o não, que não querem ser colocados limites, que não aceitam uma correção, invoquem o Santíssimo nome do Senhor, antes de começar uma conversa com eles, dizendo Senhor Jesus esteja a minha frente, nesta conversa séria que eu tenho que ter para com os meus filhos e as minhas filhas ou para com os meus netos e as minhas netas”, no Evangelho (Lucas 16,19-31), Jesus conta uma parábola com o intuito de “iluminar a nossa vida e mostrar para nós que nós viemos a este mundo não para adquirir fortunas e bens, mas nós viemos a este mundo para evoluirmos espiritualmente, junto com Ele e com as pessoas as quais também nos cercam”.

“Claro que o uso dos bens materiais fazem parte da nossa existência, mas não podem ser a centralidade, sempre haverá alguém à porta de nossa casa, ou mediante os nossos olhos, ou junto à porta do nosso coração, que necessita de uma ajuda ou de um auxílio, não me refiro só a dar dinheiro, estou falando de uma atenção, um aperto de mão, um carinho, uma palavra positiva, um abraço, um bom dia, um perguntar como você está, tudo isso faz parte do nosso relacionamento com as outras pessoas. Numa sociedade em que nós passamos perante as pessoas e cumprimentamos a elas dando bom dia, e elas nos olham com cara feia, é porque alguma coisa está muito errada no nosso modo de ser como cristãos. Temos que rever isso. Então Jesus vai mostrando que a vida é mais do que os benefícios que os bens materiais podem nos propor. A vida, ela é primeiramente uma maneira de nos relacionarmos uns com os outros, buscarmos como cristãos, não ostentarmos poder, não mostrarmos que somos superiores às outras pessoas, porque mediante a Deus isso não existe, e é um pecado gravíssimo, mas mostrarmos que somos todos irmãos. De que maneira? Tratar todo mundo, todos, não importa a classe social, tratar a todos da mesma maneira”, afirmou Frei Robson.

Por fim citou um exemplo: “Lembrem-se, até o final dos anos 90, vocês vão lembrar disso, nos prédios das capitais do nosso país, havia sempre um elevador de serviço e um elevador social, em que os funcionários do prédio, aqueles que eram funcionários dos proprietários dos apartamentos, não podiam entrar dentro do elevador social, porque eram de uma classe inferior àqueles que eram os proprietários. Isso é uma vergonha para nós. Foi uma vergonha isso.  Graças a Deus esse exemplo que eu estou dando, isso praticamente deixou de existir, mas nos nossos relacionamentos interpessoais, será que ainda também não nos comportamos da mesma maneira? Temos que pensar isso, para terminar aquilo que Jesus, na parábola, vai dizer, quando o homem rico, lá na sua condenação, vai dizer, vai, Abraão, peça para que alguém vá lá e converse com os da minha família para que não venha para esse tormento. E aí Jesus vai dizer na parábola, não, eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam. Se não ouvirem Moisés e os profetas, também não ouvirão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”, finalizou.

Antes da Bênção, Frei Pedro Engel, assistente da Ordem Franciscana Secular, falou sobre a importância da fraternidade para leigos casados, solteiros e viúvos. A OFS é para aqueles que desejam viver o Evangelho de Cristo através das pegadas de São Francisco de Assis. Por isso, a iniciação na Ordem é um tempo de graça, de aprofundamento da vida cristã, do maior conhecimento aos ensinamentos do Seráfico Pai e da mudança de vida na dimensão pessoal, profissional e eclesial.


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