Vila Velha, 483 anos de história e fé

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Paz e Bem!

O município de Vila Velha comemora hoje, 23 de maio, 483 anos de uma riquíssima história. Fundada pelo donatário português Vasco Fernandes Coutinho, a então Capitania do Espírito Santo, é a cidade mais antiga do Estado do Espírito Santo e uma das mais antigas do Brasil. O Sítio Histórico da Prainha, recepcionou Vasco Coutinho a bordo da Caravela Glória e as demais caravelas portuguesas que vieram para colonizar terras espirito-santenses. Como era domingo de Pentecostes, Celebração do Divino Espírito Santo, eles deram à cidade o título de “Vila do Espírito Santo”

Os portugueses trouxeram também a fé católica e os costumes da Igreja, catequizando os habitantes da Vila. Realizaram construções importantes que permanecem até os dias de hoje, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja mais antiga do Brasil ainda em atividade, o Forte São Francisco Xavier, o Farol de Santa Luzia. A  Gruta do Frei Pedro Palácios e o Convento de Nossa Senhora da Penha, de construção dos Franciscanos, anos mais tardes.

Vila Velha possui grande importância para Brasil. Abriga o mais antigo Santuário Mariano do Brasil, o Convento. É realizado no município, a terceira maior festa Mariana do país, atrás apenas do Círio de Nazaré, em Belém, PA, e da Festa da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Vila Velha possui diversas praias, que enchem de beleza e encanto o Estado. Possui ainda uma das maiores fábricas de chocolates da América Latina. A Mata Atlântica, no entorno do Convento, 100% preservada. E não para por aí, a história marcada por conquistas faz parte do DNA dos “Vilavelhenses” ou “Canelas-verdes”. Uma história rica em fé e amor à Padroeira, Nossa Senhora da Penha

Conheça mais a história do Convento da Penha

Num penhasco – de 154 metros de altitude e localização privilegiada a 500 metros do mar – que ostenta no seu entorno imponente fragmento da mata atlântica, está edificado o Santuário de Nossa Senhora da Penha, fundado por Frei Pedro Palácios, que aqui chegou em 1558, trazendo consigo o Painel de Nossa Senhora das Alegrias.

O monumento arquitetônico, peculiar na singeleza e sobriedade, apresenta em sua trajetória histórica muitas reconstruções como a excepcional concepção arquitetônica do Convento, inscrustado na rocha do morro, abrindo as janelas de suas celas para o magnífico panorama da barra de Vitória e do oceano Atlântico, enquanto de sua fachada se tem bela vista panorâmica de Vila Velha.

De cima para baixo, pinturas de Benedito Calixto: Chegada de Frei Pedro Palacios; a gruta do franciscano; invasão dos holandeses e o milagre da seca.

No seu início, Frei Pedro Palácios encontrou abrigo numa gruta de pedra, atualmente denominada Gruta de Frei Pedro Palácios, que tem ao lado o oratório de construção anterior a sua chegado ao Espírito Santo, que abriga uma réplica do Painel de Nossa Senhora das Alegrias.

Em 1562, construiu uma Capela dedicada a São Francisco de Assis, no local hoje denominado largo do Convento (Campinho), e em 1568, foi edificada, no cume do penhasco, a Capela que recebeu a imagem de Nossa Senhora da Penha, vinda de Portugal em 1569.

A Capela de Nossa Senhora da Penha sofreu várias ampliações, e anexo, foi construído, em várias etapas, o Convento da Penha, juntamente com o prédio do museu que é a histórica ex-“Casa dos Romeiros”; residência de hóspedes e as ruínas das antigas senzalas, cuja pedra fundamental data de 1650.

No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com sua preciosa Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente com madeira em cedro, entalhada com motivos fitomorfos, executada pelo escultor português José Fernandes Pereira, nos anos de 1874 a 1879, inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi reformado.

No Altar Mor da Igreja, remodelado em 1910, há mais de 200 peças de 19 tipos diferentes de mármore que adornam o retábulo e colunas. Possui cuidadosa talha de madeira dourada do escultor italiano Carlo Crepaz, adotando a caligrafia de ornamental do ecletismo pontuada por capitéis, coríntios, festões, guirlandas com elementos vegetalistas, medalhões, anjos e frontão, datando do século XIX.

No centro do retábulo, o nicho de Nossa Senhora, que abriga a Imagem da Virgem da Penha, de origem portuguesa, de 1569. A imagem é ladeada por anjos e querubins e honrada com as imagens dos maiores santos franciscanos: São Francisco de Assis e Santo Antônio de Lisboa e de Pádua.

Enobrecem as paredes da capela as primorosas obras paisagísticas do Convento da Penha, realizadas por Vitor Meireles, encomendadas por Frei João Costa, entregues em 1877, e as obras sacras de Pedrina Calixto, que assinou as mesmas nos anos de 1926 a 1927.

Este santuário testemunha, desde os primórdios do povoamento da terra capixaba, a trajetória histórica evangelizadora dos religiosos da Ordem dos Frades Menores da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e, também, a devoção a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado do Espírito Santo, que ultrapassa as barreiras do Estado, pois milhares de romeiros e devotos chegam ao Santuário para visita-lo, render graças e apresentar suas homenagens e pedidos.

Hoje o Santuário da Penha abrange uma área de 632.226 m2. No seu interior abriga séculos e séculos de história, de fé e esperança, de devoção e coragem e é sem dúvida considerado o maior atrativo turístico e religioso do Estado do Espírito Santo.

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