#TBT > Papa Francisco: “Amazônia sofre com mentalidade cega e destruidora”

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Foto: Bruno Kelly/Reuters

Paz e Bem!

O Brasil está vivendo um capítulo triste e angustiante, talvez o mais desastroso da história. Estamos acompanhando nos telejornais, nos sites de notícias, nos meios digitais e etc, a situação crítica da Floresta Amazônica. A irresponsabilidade, a ganância e a falta de cuidado pelo Governo, provocam as intensas e incontroláveis queimadas. No primeiro #tbt de hoje, vamos recordar a fala do Papa Francisco do dia 06 de julho deste ano, em uma mensagem aos participantes do 2º Fórum das Comunidades Laudato Si’, que ocorreu em Amatrice, cidade italiana do Lácio, perto de Roma.

No texto do Pontífice, o incentivo a novos estilos de vida, seguindo as orientações da Encíclica e através três palavras: doxologia, eucaristia e ascese. O Papa, porém, reflete novamente a sua preocupação com “a grave e já insustentável situação da Amazônia e dos povos que moram lá”:

“o homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio”.

O movimento do Fórum das Comunidades, também é formado por pessoas que contribuem com o trabalho ambientalista pelo ponto de vista da “ecologia integral” e da conexão estreita pelo respeito à Casa Comum e à justiça social.

A já INSUSTENTÁVEL situação da Amazônia

Francisco então lembrou do tema enfrentado no ano passado pelo Fórum – “do plástico que sufoca o planeta” – para dar seguimento à reflexão de hoje sobre “a grave e já insustentável situação da Amazônia e dos povos que moram lá”. “Planeta Amazônia” é uma inspiração oriunda do Sínodo dos Bispos de outubro deste ano que irá analisar a realidade amazônica.

“A situação da Amazônia é um triste paradigma do que está acontecendo em muitas partes do planeta: uma mentalidade cega e destruidora que favorece o lucro à justiça; coloca em evidência a conduta predatória com a qual o homem se relaciona com a natureza. Por favor, não esqueçam que justiça social e ecologia estão profundamente interligadas!”

“Aquilo que está acontecendo na Amazônia terá repercussões em nível planetário, mas prostrou milhares de homens e mulheres roubados do seu território, que se tornaram estrangeiros na própria terra, depauperados da própria cultura e das próprias tradições, quebrando o equilíbrio milenar que unia aqueles povos à sua terra. O homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja deve ficar em silêncio: o grito dos pobres deve ressoar da sua boca, como já indicava São Paulo VI na sua Encíclica Populorum progressio.”

Na mensagem, Francisco também deu a sua indicação, na perspectiva pragmática de favorecer novos estilos de vida, seguindo as orientações da Laudato si’ e através de três palavras: doxologia, eucaristia e ascese.

A doxologia

O Pontífice começou tratando da doxologia ao incentivar uma postura de louvor “diante do bem da criação e, sobretudo, do bem do homem que é o ápice da criação, mas também guardião”. Perante tanta beleza e com olhos de criança, “devemos ser capazes de apreciar a beleza que nos circunda”. Afinal, explicou Francisco:

“ O louvor é fruto da contemplação, a contemplação e o louvor levam ao respeito, o respeito torna-se quase veneração diante dos bens da criação e do seu Criador. ”

A eucaristia

Sobre a postura eucarística perante o mundo, o Papa comentou da importância de identificar o dom que cada um carrega consigo, já que tudo nos é dado gratuitamente. Dessa forma, “não é para ser depredado e ocupado”, mas para ser “compartilhado, um presente a ser dado para que a alegria seja de todos e, portanto, seja maior”.

A ascese

O Papa finalizou a mensagem indicando a terceira palavra: ascese. “Toda forma de respeito nasce de uma atitude ascética, isto é, da capacidade de saber renunciar a algo por um bem maior, por um bem dos outros. A ascese nos ajuda a converter a atitude predatória, sempre à espreita, para assumir a forma de compartilhamento, de relacionamento ecológico, respeitoso e educado”, disse Francisco, ao desejar que as Comunidades Laudato si’ possam ser “a semente de um modo renovado de viver o mundo para lhe dar futuro, para preservar a beleza e a integridade pelo bem de todos os seres vivos”.

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